Em O Livro
dos Espíritos,
Kardec pergunta aos Espíritos:
459. “Influem os
espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?”
“Muito mais
do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de
ordinário, são eles que vos dirigem”.
Coloca ainda o
Codificador:
“Essa
influência é permanente e os que não se
preocupam com os Espíritos, ou nem mesmo creem na
sua existência, estão expostos a ela como os outros,
e até mais do que os outros, por não disporem de
meios de defesa”
(LM, item 244).
“Seria errado
pensar que é necessário ser médium para atrair os
seres do mundo invisível. Eles povoam o espaço,
estão constantemente ao nosso redor, nos acompanham,
nos veem e observam, intrometem-se nas nossas
reuniões, procuram-nos ou evitam-nos, conforme os
atrairmos ou repelirmos”
(LM item 232).
Assim, todos nós,
de uma maneira ou de outra, estamos sujeitos à
influência dos Espíritos desencarnados.
Classificação:
Influência
Espiritual
(pelos efeitos)
Influência Espiritual Positiva
Influência Espiritual Negativa
-
Influência Espiritual Positiva: Espíritos superiores: os bons e os propensos ao bem.
-
Influência Espiritual Negativa: Espíritos inferiores: os malfazejos e ignorantes do bem.
Influência
Espiritual Positiva
Podemos colocar
nessa categoria todas as influências de Espíritos
bons, dos propensos ao bem e daqueles que querem, de
alguma sorte, nos ajudar em nosso progresso
espiritual. Como exemplo, podemos citar o nosso
anjo da guarda, cuja missão é amparar-nos em nossa
jornada evolutiva.
Influência
Espiritual Negativa
Classificação:
Influência
Espiritual Negativa
Natural Obsessão
-
Natural: Espíritos ignorantes de sua situação no mundo espiritual agindo sobre o encarnado sem intenção de prejudicá-lo.
-
Obsessão: Espíritos inferiores atuando deliberadamente sobre outro Espírito - encarnado ou não - querendo prejudicá-lo de alguma forma.
Natural
Muitos
Espíritos, por ainda não estarem plenamente
conscientes de sua situação no mundo espiritual,
inclusive, alguns ainda julgando estarem vivos,
acabam influenciando os encarnados mesmo sem terem
algum interesse específico em prejudicá-los; ao se
aproximarem dos que se encontram presos à matéria
sentem um certo alívio, como se dividissem com eles
suas dores e sofrimentos.
Acreditamos que
alguns lugares especiais favorecem esse tipo de
sintonia, como aqueles nos quais ocorrem mortes
ou nos que há ou lidam com pessoas mortas, tais
como: hospitais, funerárias, velórios, cemitérios,
etc.
Obsessão
Definição:
Pululam em torno da
Terra os maus Espíritos, em consequência da
inferioridade moral de seus habitantes. A ação
malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos
flagelos com que a Humanidade se vê abraços neste
mundo. A obsessão que é um dos efeitos de
semelhante ação, como as enfermidades e todas
as atribulações da vida, deve, pois, ser
considerada como provação ou expiação e aceita
com esse caráter.
Chama-se
obsessão à ação persistente que um Espírito mau
exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde
a simples influência moral, sem perceptíveis sinais
exteriores, até a perturbação completa do organismo
e das faculdades mentais. [...]. (KARDEC, A
Gênese, p. 347).
(Houaiss:
pulular: existir, ser ou concorrer em grande
número; abundar, sobejar, fervilhar, formigar)
“A obsessão é
uma espécie de enfermidade de ordem psíquica e
emocional, que consiste num constrangimento das
atividades de um Espírito pela ação de um outro”.
“A influência
maléfica de um Espírito obsessor pode afetar a
vida mental de uma pessoa, alterando suas
emoções e raciocínios, chegando até mesmo a atingir
seu corpo físico”.
“A influência
espiritual só é qualificada como obsessão quando se
observa uma perturbação constante. Se a
influência verificada é apenas esporádica, ela não
se caracterizará como uma obsessão. Somente os
Espíritos maus e imperfeitos provocam obsessões,
interferindo na vontade do indivíduo, fazendo com
que ele tenha ações contrárias ao seu desejo
natural”.
• Na visão do
espírito Manuel Philomeno de Miranda:
“A obsessão, sob
qualquer modalidade que se apresente, é
enfermidade de longo curso, exigindo terapia
especializada, de segura aplicação e de
resultados que não se fazem sentir apressadamente.”
(Divaldo Pereira Franco – Nos Bastidores da
Obsessão).
Sabemos ser de
longa data esse fenômeno de influência espiritual
negativa, até mesmo na Bíblia vamos encontrar o seu
registro. Vejamos por exemplo:
Mc 5,1-10: “Chegaram
à outra margem do mar, na região dos gerasenos.
Quando desembarcou um homem possesso de um espírito
impuro, saindo dos sepulcros, logo foi ao seu
encontro. Ele morava nos sepulcros e ninguém
conseguia mantê-lo preso, nem mesmo com correntes,
pois muitas vezes lhe haviam algemado os pés e as
mãos e ele, arrebentava as correntes, quebrando as
algemas, e ninguém o dominava. Passava o tempo
inteiro nos sepulcros e sobre os montes, gritando e
ferindo-se com pedras. Quando viu Jesus de longe,
correu e prostrou-se diante dele, e gritou com voz
forte: ‘Que é que tens tu comigo Jesus,
Filho de Deus
Altíssimo? Em nome de Deus não me atormentes!’ É que
Jesus lhe tinha dito: ‘Espírito impuro, sai deste
homem!’ Depois, ele lhe perguntou: ‘Qual é o teu
nome?’ Respondeu-lhe: ‘Meu nome é legião, porque
somos muitos’. Suplicava-lhe então, com insistência,
que não o expulsasse daquela região”.
No Novo Testamento
o termo demônio tem o significado de espírito
impuro; vejamos:
É algo que, também,
podemos encontrar em nosso dia a dia; citamos, como
exemplo, um fato narrado num artigo publicado em
agosto de 1995, pelo jornal Estado de Minas, na
coluna “Um dia no Mundo”:
Fantasma
Um assassino se
suicidou em uma prisão do Cairo para escapar do
fantasma de sua vítima, que vinha assombrá-lo todas
as noites. Mohammad El Kazaz, 30 anos, foi condenado
a 15 anos de prisão por ter assassinado uma mulher
após roubar seu dinheiro.
Sozinho em sua
cela, confessava aos carcereiros que ouvia a voz de
sua vítima, chamando-o para a morte. Não suportando
mais a tortura, improvisou uma corda com suas roupas
e se enforcou nas grades da cela.
Nos processos de
desajustes considerados como provenientes de uma
obsessão, quase sempre vamos encontrar sinais que
podem caracterizar o fenômeno:
- sonhos ruins,
- pesadelos
frequentes,
- indução ao vício,
- mundanismo,
- instintos de
agressividade além do normal,
- desejo de
abandonar a vida social ou familiar,
- ideia de
suicídio,
- ruídos estranhos
à volta do paciente,
- frequente visão
de vultos,
- impressão de
ouvir vozes.
Motivos que
levam um espírito a praticar a obsessão
Kardec,
em O Livro dos
Médiuns, relaciona os motivos que acabam por
desencadear uma obsessão:
• vingança
que um Espírito leva a efeito procurando fazer
justiça pelas próprias mãos.
• desejo de
fazer o mal, pois, como sofre, o obsessor deseja
estender a terceiros o seu padecimento, sentindo um
certo prazer em humilhar o obsidiado.
• sentimento de
inveja de vez que o malfeitor não consegue ficar
indiferente à prosperidade de um dado encarnado,
então passa a hostilizar a vítima, valendo-se de um
momento de fraqueza desta última.
• invigilância
do encarnado, que por seus atos, por suas
palavras, sobretudo por seus pensamentos frívolos,
como que atrai entidades sofredoras para gozar
satisfações sensoriais menos dignas tal como vinham
fazendo quando na carne. O sensual procura o
sensual, depois da morte. O alcoólatra não perde o
seu vício. O bandido permanece bandido.
• obsessão
decorrente da eclosão das faculdades mediúnicas
e o médium, por razões pessoais, se nega a aceitar o
fato que se impõe. Não educando o seu mediunismo,
não sabendo como controlá-lo, como canalizá-lo para
o bem comum, acaba, o médium inexperiente, nas
malhas das influências negativas de entidades
malfazejas.
• Obsessão
decorrente do mau emprego das faculdades
supranormais da parte daqueles médiuns que, por
falta de orientação doutrinária, fazem de seus
recursos medianeiros simples fonte de renda, um meio
de vida, ou um modo qualquer de auferir outros
proveitos pessoais na comunidade, com isso abrindo
as portas de seu psiquismo à penetração de entidades
trevosas e infelizes.
Causas que levam
um encarnado a sofrer uma obsessão
“A obsessão só
se instala na mente do paciente quando o obsessor
encontra fraquezas morais que possam ser exploradas.
São pontos fracos que, naturalmente, todos nós
temos, pela imperfeição que nos caracteriza. Deste
modo, conclui-se que todos estamos sujeitos à
obsessão”.
“Basicamente, a
obsessão tem quatro causas: as morais, as
relativas ao passado, as contaminações e as
anímicas”.
a) As causas
morais
As obsessões de
causas morais são aquelas provocadas pela má
conduta do indivíduo na vida cotidiana. Ao
andarmos de mal com a vida e com as pessoas,
estaremos sintonizando nossos pensamentos com os
Espíritos inferiores e atraindo-os para perto de
nós. Desse intercâmbio de influências poderá nascer
uma obsessão.
Vícios mundanos,
como o cigarro, a bebida em excesso, o cultivo do
orgulho, do egoísmo, da maledicência, da violência,
da avareza, da sensualidade doentia e da luxúria
poderão ligar-nos a entidades espirituais infelizes
que, mesmo desencarnadas, não se desapegaram dos
prazeres materiais.
Esses Espíritos
ligam-se aos "vivos" para satisfazerem seus desejos
primitivos, tratando as pessoas como se fossem a
extensão de seus interesses no plano material.
b) As causas
relativas ao passado
As obsessões
relativas ao passado são aquelas provenientes do
processo de evolução a que todos os Espíritos estão
sujeitos. Nas suas experiências reencarnatórias, por
ignorância ou livre arbítrio, uma entidade pode
cometer faltas graves em prejuízo do próximo. Se
a desavença entre eles gerar ódio, o desentendimento
poderá perdurar por encarnações a fio,
despontando nos desafetos, brigas, desejos de
vingança e perseguição. Casos assim podem dar origem
a processos obsessivos tenazes.
Desencarnados,
malfeitor e vítima continuam a alimentar os
sentimentos de rancor de um para com o outro. Se um
encarna,o outro pode persegui-lo, atormentando-o e
vice-versa.
c) As
contaminações
As contaminações
obsessivas geralmente acontecem quando uma pessoa
frequenta ou simplesmente passa por ambientes onde
predomina a influência de Espíritos inferiores.
Seitas estranhas, onde o ritualismo e o misticismo
se fazem presentes; terreiros primitivos, onde se
pratica a baixa magia; benzedeiras e mesmo
centros espíritas mal orientados são focos
onde podem aparecer contaminações obsessivas.
Espíritos atrasados, ligados ao lugar onde a
pessoa frequentou ou visitou, envolvem-se na
sua vida mental, prejudicando-a. Ocorrem também
situações em que as irradiações magnéticas vindas
desses ambientes, causam-lhe transtornos fluídicos.
A gravidade dos casos estará na razão direta da
sintonia que os Espíritos inferiores estabelecerem
com os pacientes.
d) Causa anímica
ou auto-obsessão
As obsessões
anímicas são causadas por uma influência mórbida
residente na mente do próprio paciente. Por
causa de vícios de comportamento, ele cultiva de
forma doentia pensamentos que causam desequilíbrio
em sua área emocional.
Muitas tendências
auto-obsessivas são provenientes de experiências
infelizes ligadas às vidas passadas do enfermo.
Angústia, depressão, mania de perseguição ou
carências inexplicadas podem fazer parte de
processos auto-obsessivos.
O auto-obsediado
costuma fechar-se em seus pensamentos negativos e
não encontra forças para sair dessa situação
constrangedora. Esse posicionamento mental atrai
Espíritos doentios que, sintonizados na mesma faixa
psíquica, agravam sua doença espiritual.
Qual é a fórmula
infalível para não se sofrer obsessão por parte dos
espíritos maus?
Fácil: Aproxime-se
dos bons.
Características
da Obsessão
Em O Livro
dos Médiuns,
Kardec trata especificamente do tema relacionado-o à
questão da mediunidade onde coloca que a
obsessão é um dos principais escolhos da
mediunidade. Divide a obsessão em:
• Obsessão simples
• Fascinação
• Subjugação
• Possessão
Obsessão simples
“Obsessão simples
tem lugar quando um Espírito malfazejo se impõe a um
médium, se imiscui, a seu malgrado, nas comunicações
que recebe, lhe impede de se comunicar com outros
Espíritos e se substitui àqueles que são evocados”.
Fascinação
“É uma ilusão
produzida pela ação direta do Espírito sobre o
pensamento do médium, e que paralisa de alguma forma
seu julgamento com respeito às comunicações”.
Subjugação
“É uma opressão que
paralisa a vontade daquele que a sofre, e o faz agir
a seu malgrado.”...
“A subjugação pode
ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado
é solicitado a tomar decisões frequentemente
absurdas e comprometedoras, que por uma espécie de
ilusão, crê sensatas; é uma espécie de fascinação.
No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos
materiais e provoca movimentos involuntários. Ela se
traduz no médium escrevente por uma necessidade
incessante de escrever, mesmo nos momentos mais
inoportunos. […]”.
Possessão
Kardec ressalta que
“antigamente dava-se o nome de possessão ao império
exercido por maus Espíritos, quando a influência
deles ia até à aberração das faculdades da vítima.
A possessão seria, para nós, sinônimo de
subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar
esse termo: primeiro, porque implica a crença de
seres criados para o mal e perpetuamente votados ao
mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos
imperfeitos, os quais todospodem melhorar-se;
segundo, porque implica igualmente a ideia de
assenhoreamento de um corpo por um Espírito
estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que
o que há é apenas constrangimento A
palavra subjugação exprime perfeitamente a
ideia. Assim, para nós, não há possessos, no
sentido vulgar do termo, há somente obsidiados,
subjugados e fascinados”.
Porém, Kardec
muda de opinião; na Revista Espírita,
dez/1863, retifica o seu pensamento anterior, após
ter uma prova de que há possessão física, sim.
Vejamos o que ele narra:
Um caso de
possessão
Senhorita Julie
Dissemos que não
havia possessos no sentido vulgar da palavra, mas
subjugados; retornamos sobre esta afirmação muito
absoluta, porque nos está demonstrado agora que pode
ali haver possessão verdadeira, quer dizer,
substituição, parcial no entanto, de um Espírito
errante ao Espírito encarnado.
Eis um primeiro fato que é a prova disto, e que
apresenta o fenômeno em toda a sua simplicidade.
[…].
[...] Ele [o
espírito] declara que, querendo conversar com seu
antigo amigo, aproveitou de um momento em que o
Espírito da Senhora A..., a sonâmbula, estava
afastado de seu corpo, para se colocar em seu lugar.
[…].
P. Que fez durante
esse tempo o Espírito da senhora A...? – R. Estava
lá, ao lado, me olhava e ria de ver-me nesse
vestuário. (KARDEC, Revista Espírita 1863, p.
373-374).
Kardec volta a essa
questão, agora em definitivo, em A Gênese,
capítulo XIV, Os Fluidos, quando, tratando das
obsessões, diz:
47 - Na obsessão, o
Espírito atua exteriormente, com a ajuda do seu
perispírito, que ele identifica com o do encarnado,
ficando este afinal enlaçado por uma como que teia e
constrangido a proceder contra a sua vontade.
Na possessão, em
vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se
substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado;
toma-lhe o corpo para domicílio, sem que este, no
entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que
isso só se pode dar pela morte.
A possessão,
conseguintemente, é sempre temporária e
intermitente, porque um Espírito desencarnado não
pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado,
pela razão de que a união molecular do perispírito e
do corpo só se pode operar no momento da concepção.
(Cap. XI, nº. 18.)
De posse momentânea
do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como
se seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos
seus olhos, opera com seus braços, conforme o faria
se estivesse vivo. Não é como na mediunidade
falante, em que o Espírito encarnado fala
transmitindo o pensamento de um desencarnado; no
caso da possessão é mesmo o último que fala e obra;
quem o haja conhecido em vida, reconhece-lhe a
linguagem, a voz, os gestos e até a expressão da
fisionomia.
48 - Na obsessão há
sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode
tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que,
para causar maior impressão nos ouvintes, toma do
corpo de um encarnado, que voluntariamente lho
empresta, como emprestaria seu fato a outro
encarnado. Isso se verifica sem qualquer
perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o
Espírito encarnado se acha em liberdade, como no
estado de emancipação, conservando-se este último ao
lado do seu substituto para ouvi-lo.
Quando é mau o
Espírito possessor, as coisas se passam de outro
modo. Ele não toma moderadamente o corpo do
encarnado, arrebata-o, se este não possui bastante
força moral para lhe resistir. Fá-lo por maldade
para com este, a quem tortura e martiriza de todas
as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo,
já por estrangulação, já atirando-o ao fogo ou a
outros lugares perigosos. Servindo-se dos órgãos e
dos membros do infeliz paciente, blasfema, injuria e
maltrata os que o cercam; entrega-se a
excentricidades e a atos que apresentam todos os
caracteres da loucura furiosa. (KARDEC, A
Gênese)
Situações
obsessivas
a) encarnado
para encarnado
“Na obsessão
telepática ficam configuradas as ocorrências mais
comuns de influência negativa entre encarnados”. Por
exemplo: uma pessoa que domina a outra, quer pela
situação de força, quer por conhecimento, etc.
b) encarnado
para desencarnado
Normalmente ocorre
quando perdemos algum parente com o qual tivemos
elevada estima. Ficamos a todo o momento “lembrando”
dele, sem deixar com que ele, no mundo espiritual,
possa continuar sua vida como espírito desencarnado.
c) desencarnado
para encarnado
São os casos mais
comuns, onde um Espírito, por motivo de vingança ou
por um outro motivo, persegue de maneira insistente
o encarnado, procurando prejudicá-lo de alguma
forma.
d) desencarnado
para desencarnado
O fato de passarmos
para o plano espiritual não nos coloca em situação
diferente da que tínhamos quando vivos, assim, por
exemplo, duas pessoas que mantiveram relações de
ódio continuam, no outro plano, alimentando esse
sentimento em verdadeira guerra com o seu inimigo.
e) auto-obsessão
“O encarnado pode,
assim, ser perseguido por si mesmo, devido às suas
próprias criações mentais”. Por exemplo: ciúme
exagerado, mania de doença, mania de estar sendo
perseguido, remorso por algo que tenha feito no
passado.
f) Obsessão
recíproca
São situações de
perseguição em que dois Espíritos nutrem ódio um
pelo outro ou são escravos das mesmas paixões.
Alguns casos podem ser classificados como verdadeira
simbiose, onde um se alimenta dos desequilíbrios do
outro. Pode acontecer entre encarnados e
desencarnados.
Tratamento da
obsessão
Kardec: “[...] não
há nenhum procedimento material, sobretudo
nenhuma fórmula, nenhuma palavra sacramental que
tenha o poder de afastar os Espíritos obsessores”.
“As imperfeições
morais do obsidiado, frequentemente, são um
obstáculo à sua libertação”.
“Tendo em vista que
todos os dramas obscuros da obsessão decorrem da
mente enferma, é preciso que o obsediado renda-se
ao bem, com isso, conseguirá a modificação do
tônus mental do adversário, que se verá arrastado à
própria renovação pelos seus exemplos de compreensão
e renúncia, humildade e fé”.
André Luiz: “toda
obsessão tem alicerces na reciprocidade”.
“A obsessão, como
todas as enfermidades, pode ser curada através de
tratamentos especializados. Para se tratar essa
enfermidade espiritual, são necessários alguns
procedimentos terapêuticos”:
1 – Quanto ao
encarnado a) Conscientização
Deve-se
conscientizar o paciente da situação de enfermo em
que se encontra, para que, com sua força de vontade,
possa ajudar-se na cura. Nenhum tratamento surtirá
efeito se não contar com a vontade de quem precisa
dele.
b) Reeducação
É preciso orientar
o assistido sobre a necessidade de melhoria de sua
conduta na vida diária. Que se esforce para evitar
os vícios mais grosseiros e que procure controlar
suas más tendências. Sem essa mudança de postura e
de visão, dificilmente ficará livre das más
influências, que predispõem aos processos
obsessivos. Importante lembrar que os bons exemplos
vindos de quem ministra a instrução é uma das
grandes armas na luta contra a obsessão.
“... a renovação
moral dos pacientes é condição fundamental para a
melhoria efetiva dessa patologia da alma”.
c) Evangelização
Enfatizar sempre ao
enfermo a necessidade de observar os ensinos morais
do Evangelho de Jesus, roteiro seguro para
libertação dos males do Espírito. Orientar a
necessidade da frequência regular à casa espírita,
até que sua enfermidade seja curada ou esteja sob
controle. Estimular o hábito da prece, o mais
poderoso auxílio no tratamento de obsedados.
d) Fluidoterapia
Submeter o paciente
portador da obsessão a um tratamento
fluídico-energético, através do passe espírita. São
momentos em que as energias perdidas pela ação da
enfermidade espiritual, poderão ser repostas e o
obsediado, ficando livre dos fluidos malsãos de que
estava impregnado, poderá pensar e tomar decisões
com maior liberdade.
e) Água
fluidificada
De grande
importância no reequilíbrio do Ser, considerando que
nela são introduzidos fluidos benéficos que
prestarão sua contribuição.
f) Reequilíbrio
familiar
Sempre que
possível, a equipe responsável pelo tratamento do
enfermo deverá orientar moralmente sua família que,
em muitos casos, está envolvida direta ou
indiretamente na problemática obsessiva. Além disso,
o apoio e a compreensão dos familiares no processo
de cura desta grave enfermidade espiritual é
fundamental.
g) Tratamento
médico
Nos casos em que o
processo obsessivo apresentar-se com grave
comprometimento psíquico, o paciente deverá receber
assistência de um profissional habilitado, que lhe
despenderá os cuidados necessários.
É importante
enfatizar que não podemos interferir nas prescrições
médicas, tampouco suspender medicamentos por conta
própria.
2 – Quanto ao
desencarnado a) Intercâmbio espiritual
Orientar moralmente
o Espírito obsessor nas reuniões mediúnicas,
evocando-o em médiuns preparados para esta tarefa,
aconselhando-o a seguir outro caminho que não o da
vingança, da mentira ou dos prazeres inferiores.
Este trabalho de esclarecimento deve ser feito por
pessoas com experiência e conhecimento da ciência
espírita, a fim de atingir os resultados esperados.
b) Ascendência
moral
Para se conseguir
bons resultados nas tarefas de desobsessão, é
preciso que a equipe de atendimento tenha
ascendência moral sobre o Espírito obsessor e isso
só é possível cultivando uma vida moral sadia. O
falar sem exemplificação transforma-se em letra
morta. Jesus expulsava os maus Espíritos apenas com
o uso de sua autoridade moral. Disse que poderíamos
fazer o mesmo.
Reuniões
Mediúnicas
Objetivo:
esclarecer os Espíritos de uma forma geral,
incluindo os obsessores.
Plano físico:
Coordenador da reunião, médiuns de psicofonia,
médiuns vibracionais e orientador(es).
Plano espiritual:
Espírito mentor da reunião, espíritos que irão
realizar os trabalhos e os espíritos que serão
ajudados.
Paulo da
Silva Neto Sobrinho
Referência bibliográfica
O
Livro dos Médiuns,
Allan Kardec, IDE, 27ª ed., 1993.
O
Livro dos Médiuns,
Allan Kardec, Lake, 24ª ed., 2006.
O
Livro dos Espíritos,
Allan Kardec, FEB, 90ª ed., 2007.
A Gênese,
Allan Kardec, IDE, 4ª ed., 1993.
A
Obsessão e seu Tratamento Espírita,
Celso Martins, Edicel, 4ª ed., 1987.
Sessões Práticas e Doutrinárias do Espiritismo,
Aurélio A. Valente, FEB, 6ª ed., 1987.
Estudando a Mediunidade,
Martins Peralva, FEB, 12ª ed. 1987.
A
Obsessão e suas Máscaras,
Marlene R. S. Nobre, Fé, 5ª ed. 1998.
Estudos Espíritas do Evangelho,
Therezinha Oliveira, EME, 1ª ed. 1997.
Possessão Espiritual,
Dra. Edith Fiore, Pensamento, 9ª ed. 1995.
A
Bíblia à Moda da Casa,
Paulo Neto, Rede Visão, 1ª ed. 2002.
Internet: Vários textos do Grupo Espírita Bezerra de
Menezes
Influência dos Espíritos em Nossa Vida
Acesse o conteúdo completo em: http://www.stum.com.br/clube/c.asp?id=38492
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