terça-feira, 26 de novembro de 2019

Agressividade


O que é a agressividade? Quais as suas formas de expressão? Existe a agressividade oculta? Por que um indivíduo é agressivo? Qual a sua causa fundamental, segundo os postulados espíritas? É possível educá-la? Como conseguir o abrandamento dos impulsos agressivos?


Entre os grandes desafios sociais destaca-se o dos relacionamentos entre os indivíduos.

Essencial para uma existência harmônica, a maneira de conviver com o próximo define os rumos saudáveis para a execução das atividades que devem ser desenvolvidas durante a jornada terrestre.

A forma gentil de comunicar-se propicia um agradável clima de alegria e de bem-estar, tornando-se cada vez mais aprazível, a fim de que o êxito se instale nos empreendimentos encetados.

Uma pessoa de temperamento irascível, instável e agressivo, sempre defrontará dificuldades para conseguir amizades duradouras, portadoras de enriquecimento emocional e espiritual, porquanto as mudanças de conduta gerarão inamistosas reações naqueles com os quais convive.

(...) Essa pessoa de difícil convivência é sempre orgulhosa, acreditando possuir os meios próprios para impor a sua vontade até o momento que defronta outros do mesmo ou pior quilate com os quais entra em luta infeliz, num campeonato injustificável de insensatez.

Embora essa aparência ríspida e agressiva, oculta demasiadas aflições internas que teme sejam descobertas, o que a humilharia, levando-a a situação deplorável.

(...) A sua enfermidade espiritual á mais grave do que se pensa, tornando-se cada vez mais inquietadora.

(...) Sem dúvida, necessita de ajuda psicológica e de tratamento espiritual em razão dos hábitos malsãos que se lhe instalaram em reencarnações transatas.

Incapaz de gerenciar conflitos, quase sempre nega-se a receber o socorro especializado, que lhe facultaria uma existência menos problemática.

(...) Quando te sintas envolto por pessoas portadoras desses conflitos, que buscam relacionar-te contigo, evita qualquer tipo de apego, mantendo-se fraterno e amigo, sem que te deixes dominar pelos seus caprichos.

Se te deparas envolvido emocionalmente com alguém que apresenta esse distúrbio de comportamento, insiste para que receba tratamento conveniente quanto antes.

À medida que o tempo transcorre e a comunhão se torna mais íntima, o indivíduo, havendo perdido o respeito por si mesmo, passa a desconsiderar a pessoa ao seu lado, agredindo-a, malsinando-lhe a existência, atormentando-a seguidamente.

Ama sempre, mas não te permitas relacionamentos conflituosos sob a justificativa de que tem a missão de salvar o outro, porque ninguém é capaz de tornar feliz aquele que a si mesmo se recusa a alegria de ser pleno. [1]

A agressividade trata-se de uma forma de desequilíbrio que uma pessoa manifesta contra outras criaturas – humana ou animal –, contra a natureza ou contra qualquer coisa ou objeto, com o intuito de humilhar, prejudicar ou destruir.

O agressivo é, portanto, aquele que, diante das ofensas, contrariedades ou perdas, exageradamente se enfurece, não conseguindo controlar os próprios impulsos. E tais ímpetos podem expressar-se tanto através de ataques físicos, como também na contínua necessidade de manipular outras pessoas, no assédio ofensivo e insultuoso, na forma arrogante de se comportar, na maneira irônica de se comunicar, na indiferença para com os sentimentos alheios, nas constantes exigências que faz, na omissão de ajuda...

Muitos acreditam que a pessoa não agressiva é aquela “boazinha”, “incapaz de fazer mal a uma mosca”. Nesse caso, a agressividade estaria sendo avaliada exclusivamente pelo comportamento manifesto do indivíduo. Mas existem criaturas aparentemente tranquilas, que ocultam sentimentos de hostilidade, porque seus pensamentos encontram-se contaminados pela raiva, vingança, inveja ou pelos ressentimentos, ódio e ciúme. Na prática, existe uma forma de agressividade que se mantém oculta no íntimo de cada um, e outra que se exprime na realização de maus atos. Há agressividade, por exemplo, no uso de uma palavra suave, mas que está insinuando algum tipo de aversão. Quando, por exemplo, nos sentimos separados de outras pessoas pelo preconceito, pela nacionalidade ou religião, pela situação econômica e social, estamos, de fato, demonstrando uma forma oculta de agressividade. Outras vezes, nos comovemos com as agressões que ocorrem com os nossos semelhantes, mas alegramo-nos, intimamente, quando os malfeitores são severamente punidos. Ou seja, a agressividade não se caracteriza unicamente pela humilhação, constrangimento ou destruição do outro.

Em razão de a agressividade se manifestar já nos primeiros dias da vida infantil, a educação e os mecanismos da tradição social buscam sua disciplina, com o intuito de criar hábitos salutares na criança, corrigindo-lhe o comportamento. Assim, desde pequeno, o ser humano aprende a reprimir e a não expressá-la de modo descontrolado, através do processo de socialização, no qual, espera-se que, a partir de vínculos significativos que estabeleça com os outros, ele passe a internalizar esses controles. Então, deixa de ser necessário o controle externo, pois os controles já fazem parte de sua personalidade.

Todavia, a presença do comportamento agressivo continua aumentando em nossa sociedade. Há quem defenda a ideia de que as dificuldades econômicas e sociais seriam as grandes responsáveis por esse crescimento, e justificam-no afirmando que, aqueles que se encontram segregados nas prisões, em sua maioria, foram levados a apelarem para a violência porque não tiveram oportunidades para prover a própria sobrevivência. Podemos afirmar que as más condições de vida têm sua influência, mas não devem ser consideradas de forma preponderante. E, em decorrência dessa realidade, as pessoas vivem atormentadas pelo medo de assaltos, de roubos, de maldades, de sequestros, enfim, medo do próprio homem.

A contínua exposição a comportamentos hostis por meio da mídia também tem sido apontado como fator de grande relevância para o intensificar desse impulso inato. Crianças pequenas geralmente imitam a agressão observada, porque as pessoas na TV e nos videogames são associadas com modelos de adultos. Na sua imaturidade, os pequenos acreditam que tal ação de violência é justificada porque “gente grande” a está cometendo. Esse seria, então, o modo mais acertado de fazer com que “o bem prevalecesse sobre o mal”.

Outros, entretanto, atribuem tais dificuldades à condição do planeta em que vivemos, um mundo de expiações e de provações. Na realidade, se a Terra ainda carrega grande cota de agressividade em suas mais variadas modalidades, é porque os seres humanos que nela habitam são imperfeitos. Nesse sentido, o espírito Emmanuel comenta: 

O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.

A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.

De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente. Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham. Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimorá-lo, combatendo o mal que está em nós. [2]

***

Seguindo a linha de raciocínio registrada por Emmanuel, por que uma pessoa é agressiva?

Comumente justificamos nossos desequilíbrios com as alegações de que nos encontramos cercados de pessoas de difícil convivência, que enfrentamos problemas de grande gravidade, que nossa família é complicada, que os vizinhos são inquietos, que, em nosso trabalho, o nível de competitividade e de exigência é extremamente elevado, que constantemente temos de nos deparar com as mais diversas perturbações...

Dessa forma, sempre que nos sentimos agredidos ou violados em nossos desejos e direitos, tendemos a bloquear nossa capacidade de raciocínio, reagindo ao estímulo externo de maneira instintiva e agressiva.

Mas, se somos criaturas racionais, por que não conseguimos controlar a própria revolta e fúria, fazendo mais uso do instinto do que da razão no trato com os semelhantes? Por que muitos praticam mais o mal, mesmo que o retorno dessa ação lhes traga grande sofrimento? A resposta encontra-se na conjuntura espiritual de cada indivíduo, ou seja, o ser humano falha em face de sua imperfeição moral e de sua ignorância espiritual.

Na obra O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, Allan Kardec alega: “O bem e o mal que se faz são o produto das boas e das más qualidades que se possui. Não fazer o bem que se poderia fazer é, pois, o resultado de uma imperfeição.” [3]

Contudo, em O Evangelho segundo o Espiritismo, o codificador registra a mensagem de um Espírito protetor, na qual este pondera sobre as causas do comportamento colérico:

O orgulho leva a vos crer mais do que sois; a não poder sofrer uma comparação que possa vos rebaixar; a vos considerar, ao contrário, de tal modo acima dos vossos irmãos, seja como espírito, seja como posição social, seja mesmo como superioridade pessoal, que o menor paralelo vos irrita e vos fere; e o que ocorre então? Entregai-vos à cólera.

Procurais a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham aos animais, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; procurais e encontrareis, quase sempre, por base, o orgulho ferido. Não é orgulho ferido, por uma contradição, que vos faz rejeitar as observações justas, que vos faz repelir com cólera os mais sábios conselhos? As próprias impaciências que causam as contrariedades, frequentemente pueris, prendem-se à importância que se atribui à própria personalidade diante da qual se crê que tudo deve se dobrar.

Em seu frenesi, o homem colérico ataca a tudo: a natureza bruta, os objetos inanimados, que quebra, porque não lhe obedecem. Ah! Se nesses momentos pudesse se ver com sangue-frio, teria medo de si, ou se acharia ridículo! Que julgue por si a impressão que deve produzir sobre os outros. Quando não fosse senão por respeito a si mesmo, deveria esforçar-se por vencer uma tendência que faz dele objeto de piedade.

Se imaginasse que a cólera não resolve nada, altera sua saúde, compromete-lhe a vida, veria que é sua primeira vítima; mas uma outra consideração deveria, sobretudo, detê-lo: o pensamento de que torna infelizes todos aqueles que o cercam; se tem coração, não terá remorso em fazer sofrer os seres que mais ama? E que desgosto mortal se, num acesso desatinado, cometesse um ato de que tivesse que se censurar por toda a sua vida!

Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede de fazer muito bem, e pode levar a fazer muito mal; isso deve bastar para motivar esforços por dominá-la. O espírita, por outro lado, é solicitado por um outro motivo: ela é contrária à caridade e à humildade cristãs. [4]

***

Em conformidade com os postulados espíritas, temos que a causa fundamental da agressividade reside no pensamento, atributo da alma imortal. As almas elevadas elaboram pensamentos sublimados, altruístas, de bondade e de solidariedade humana. As almas que ainda se encontram em faixas mais atrasadas de evolução, produzem pensamentos voltados para o mal, para a dor e o sofrimento.

O Salmo 34, em seu versículo 14, sugere: “Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te em alcançá-la” [5]

Para o abrandamento das tendências agressivas torna-se imprescindível o aprendizado da vivência dos pensamentos de paz, para que a expressão de nossos pontos de vista e necessidades ocorra de forma clara e pacífica. O processo de autocontrole consiste, portanto, na administração do próprio temperamento e na prática da tolerância, aquela mesma que sempre esperamos que os outros nos dediquem quando erramos, quando nos equivocamos.

Assim, em cada situação complexa, em cada momento de nosso cotidiano, esforcemo-nos por agir mais brandamente, concentrando-nos no equilíbrio que precisamos desenvolver. Que procuremos, desse modo, começar o dia visualizando-o da maneira que gostaríamos que ele transcorresse. Vejamo-nos lidando com cada uma das responsabilidades de maneira tranquila e eficaz. No entanto, confiemos que, mesmo que os resultados esperados não se mostrem imediatamente, eles, mais cedo ou mais tarde, ocorrerão. Vejamo-nos, durante o dia, com um sorriso no rosto e com o coração alegre. Imaginemos que as outras pessoas reagirão às nossas disposições internas da mesma forma! Se, porventura, durante os nossos intercâmbios pessoais, acontecer algo que provoque nossa raiva ou nosso medo, oremos imediatamente, solicitando aos amigos espirituais o devido suporte emocional e espiritual. De suma importância, portanto, não acrescentarmos um só pensamento, palavra ou ato a uma situação de conflito. Que tenhamos no íntimo o firme propósito de banir qualquer impulso agressivo, exercitando, para isso, os sentimentos de solidariedade e de respeito para com todas as criaturas, para com a natureza e para com o mundo material que nos rodeia.

Na obra O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, Allan Kardec cita:

O Espírito sofre pelo próprio mal que ele fez, de maneira que, estando a sua atenção incessantemente centrada sobre as consequências desse mal, compreende melhor os seus inconvenientes e está estimulado a dele se corrigir. [6]

O caminho mais eficaz para o controle da agressividade é o da educação íntima. A busca de conhecimentos para o superior entendimento da própria personalidade, bem como o cultivo da religiosidade e da espiritualidade visam um melhor direcionamento dos ímpetos e impulsos e uma maior conscientização de nossas responsabilidades perante a existência.

Com os postulados espíritas, temos que a educação moral-espiritual se destaca, pois seu principal objetivo é o aprimoramento do espírito por meio da conquista de níveis mais elevados de consciência. É, assim, a educação que promove a reforma íntima, porque melhor nos esclarece quanto à nossa realidade imperecível.

Ressaltando a importância da educação íntima como trabalho a ser realizado por cada indivíduo, em seu aprendizado diário, o espírito Joannes enfatiza:

Nada mais comum nas atividades terrenas do que o hábito enraizado das querelas, dos desentendimentos, das chateações.

Nada mais corriqueiro entre os humanos indivíduos.

Como um campo de meninos, onde cada gesto, cada nota, cada menção se torna um bom motivo para contendas e mal-entendidos, também na sociedade dos adultos o mesmo fenômeno ocorre.

Mais do que compreensível é que você, semelhante a um menino de “pavio curto”, libere adrenalina nos episódios cotidianos que desafiem a sua estabilidade emocional.

Compreensível que se agite, que se irrite, que alteie a voz, que afivele ao rosto expressões de diversos e feios matizes.

Em virtude do nível do seu mundo íntimo, tudo é passível de ocorrer.

Contudo, você não veio à Terra para fixar deficiências, mas para tratá-las, angariando saúde.

Você não se acha no mundo para submeter-se aos impulsos irracionais, mas para fazê-los amadurecer para os campos da lúcida razão.

Você não teve acesso ao planeta para se deixar levar pelo destempero, pela irritação, desarticuladora do equilíbrio, mas tem você o dever de educar-se, porque tem na pauta de sua vida o compromisso de cooperar com Deus, à medida que cresça, que amadureça, que se enobreça.

(...) Assim, observe-se, mais; conheça-se no aprendizado do bem, um pouco mais, esforce-se mais por melhorar-se; resista um pouco mais aos impulsos da fera que ainda ronda as suas experiências íntimas; acerque-se um pouco mais dos Guardiães que o amparam.

Perante as perturbações alheias, aprenda a analisar e não repetir.

Diante da insurreição de alguém, analise e retire a lição para que não faça o mesmo.

Notando a explosão violenta de alguém, reflita nas conseqüências danosas, a fim de não o imitar.

Cada esforço que você fizer por emendar-se, por educar-se, será secundado pela ajuda de luminosos Imortais que estão, em todo tempo, investindo no seu progresso, para que, pouco a pouco, mas sempre, você se alcandore e se ilumine, fazendo-se vitorioso cooperador com a Divindade, tendo superado a si mesmo, transformando suas noites morais em radiosas manhãs de perene formosura. [7]

***

Resposta branda aplaca a ira, palavra ferina atiça a cólera. [8]

O homem prudente é lento para a ira; e se honra em ignorar uma ofensa. [8]

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. [9]

Em nosso viver diário, sempre encontraremos pessoas cujos comportamentos poderão causar-nos chateações, irritações, instigando, dessa forma, nosso lado mais intolerante.

Ademais, a vida também nos impõe competir, em várias situações, principalmente para a aquisição dos meios de subsistência. Embora conscientes de que competir é atividade natural, faz-se necessário competir com solidariedade, valorizando a necessidade do outro.

Em todas essas situações, portanto, tenhamos cuidado com as próprias reações, a fim de não envolvermo-nos em situações de difícil solução. Exercitemo-nos na conquista do bom senso, da serenidade e da prudência, para não sintonizarmos com vibrações desequilibrantes. E se for necessária alguma contestação de nossa parte, que façamo-la sem o sentimento de vingança, mas apenas com o intuito de resgatar nossa dignidade.

Entretanto, se o fato for muito forte para nossa sensibilidade, afastemo-nos, física e mentalmente, buscando os ensinos de Jesus e o amparo de que necessitamos. O agressor é sempre alguém inconsequente, perturbado em si mesmo, e quem responde à agressividade com a mesma moeda, acaba por perder também o próprio eixo.

Seja qual for a perturbação que esteja se formando a nossa volta, mantenhamo-nos em paz. Se obtivermos êxito, sairemos ilesos da doentia energia alheia. Dessa forma, imprescindível se torna o aconselhamento do espírito Joannes:

Ore, policie-se, fale e aja da melhor forma, para que, em pleno incêndio moral no mundo, você se mantenha resguardado pela redoma de paz que vem construindo com seus esforços para uma abençoada passagem planetária. [10]

Nada consegue recompensar a alegria e a paz íntima que sentimos cada vez que conseguimos dominar o próprio íntimo, demonstrando superioridade espiritual pela capacidade de não cedermos às ocorrências de conflito, sejam elas quais forem. Oxalá as palavras do espírito Lacordaire, constantes da obra O Evangelho segundo o Espiritismo, também possam ser as nossas:

Quando vos atinge um motivo de inquietação ou de contrariedade, esforçai-vos por superá-lo, e quando chegardes a dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei-vos com justa satisfação: “Eu fui o mais forte.” [11]


CONVITE À JOVIALIDADE

“Se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes.” (João: 13-17)

A palavra áspera aqui e o conceito azedo ali consubstanciam a aura do desagrado.

O cenho carrancudo em regime de continuidade, deformando a aparência da face, materializa a expressão do tormento íntimo.

A habitual constrição facial, exteriorizando desagrado, produz a possibilidade negativa do intercâmbio fraterno...

Eles passam, os atormentados de toda característica, assinalados pelas marcas fundas dos dramas que ressumam dos painéis perispirituais, gerando deformidades que exteriorizam, desagradáveis.

Indispensável cultivar a jovialidade em qualquer esfera de ação mormente nas tarefas do Cristianismo Redivivo.

Movimentar o bem como quem suporta pesado fardo, significa desfigurar o próprio bem.

Ensinar alegria e confiança entre asperezas, carrancas e severidade para com os outros e sistemática de antipatia representa enunciar palavras belas e viver paisagens sombrias.

Como um semblante vulgarizado por um sorriso de idiotia representa um espírito agrilhoado à expiação, a dureza da face, o verbo cortante constituem as armas de insidiosa enfermidade espiritual.

Jovialidade, portanto.


Um espírito agradável a reproduzir-se numa face amena, não obstante as sombras e as lágrimas que, por vezes, expressam os impositivos da evolução pela dor, gerando simpatia e afabilidade.

Cismando, porém, ameno, carregando a Cruz, todavia, tranquilo, azorragado e humilhado até à extrema e mísera posição, Jesus manteve o alto padrão da jovialidade, em tal monta que mesmo em agonia amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde de hediondez para cantar esperanças aos acompanhantes infelizes, acenando-lhes com a promessa do Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que padeciam intimamente com as estrelas excelsas da paz ditosa. [12]


Silvia Helena Visnadi Pessenda



REFERÊNCIAS

[1] ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Diretrizes para o êxito. 2. ed. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 2004. Cap. 32. p. 141-145.

[2] EMMANUEL (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Caminho, Verdade e Vida. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira. Cap. 30.

[3] KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 9. ed. Araras, SP: IDE, 1991. Cap. 7. p. 79.

[4] KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 9. Item 9. p. 129.

[5] BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Almeida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

[6] KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 9. ed. Araras, SP: IDE, 1991. Cap. 7. p. 79.

[7] JOANES (espírito); TEIXEIRA, José Raul (psicografado por). Para uso diário. 2. ed. Niterói, RJ: Fráter, 2000. Cap. 13.

[8] BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2003.

[9] BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Almeida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

[10] JOANES (espírito); TEIXEIRA, José Raul (psicografado por). Para uso diário. 2. ed. Niterói, RJ: Fráter, 2000. Cap. 14.

[11] KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 5. Item 18. p. 82

[12 ÂNGELIS, Joanna de (espírito); FRANCO, Divaldo Pereira (psicografado por). Convites da vida. Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada. Cap. 29.

BRÓLIO, Roberto. Doenças da alma. 6. Ed. São Paulo: Editora Jornalística Fé, 1997.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Leis Morais

Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. Lei Natural: 4.1. Lei Física; 4.2. Lei Moral; 4.3. Conhecimento da Lei Natural; 4.4. A Casa Mental. 5. Divisão da Lei Natural: 5.1. Pilastradc; 5.2. Síntese das Dez Leis Morais. 6. Modelo ou Guia das Leis Morais: 6.1. Deus; 6.2. Jesus Cristo; 6.3. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 7. Conclusão. 8. Bibliografia. Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é ressaltar a importância do conhecimento das leis morais, a fim de que possamos melhorar a nossa conduta na sociedade.
2. CONCEITO
Lei — Aurélio, no seu Dicionário, anota vários sentidos, entre os quais: norma, preceito, princípio, regra; obrigação imposta pela consciência e pela sociedade.
— Em sentido geral, é a expressão de uma relação causal de caráter necessário, que se estabelece entre dois eventos ou fenômenos.
Lei Natural — O mesmo que lei de Deus. Divide-se em leis físicas (científicas) e leis morais.
Lei Científica — Aquela que estabelece entre os fatos, relações mensuráveis universais e necessárias, permitindo que se realizem previsões. Ex.: "a água ferve a 100º c"; "dois corpos não podem ocupar ao mesmo tempo o mesmo lugar no espaço".
Lei Moral — Conjunto de princípios ou regras relativos à conduta humana.
Lei de Lógica ou do Pensamento — Relativa ao raciocínio. Ex.: princípio de identidade; princípio da contradição etc.
3. HISTÓRICO
As Leis Naturais existem desde sempre: elas são tão velhas quanto o próprio Deus. Na Antigüidade, embora os grandes filósofos não a expressassem textualmente, podemos lê-las nas entrelinhas dos seus discursos. Sócrates e Platão falavam que o homem devia agir de acordo com a sua consciência, ou seja, praticar as virtudes que nada mais é do que escolher com justiça o bem e se apartar do mal. No campo político, Platão falava de um estado ideal, em que os mais sábios deviam governar por serem os mais conhecedores dessas leis da natureza.
A defesa textual desta lei natural começa a tomar corpo, principalmente no campo político, a partir de 1500. Commins no livro The Political Philosophers faz uma síntese das obras políticas de vários autores. Entre tais pensadores, citamos:
Thomas Hobbes (1588-1679) — A República, de acordo o próprio autor, nada mais é do que a aplicação da lei natural, conhecida como lei áurea: "Não fazermos aos outros o que não gostaríamos que fosse feito a nós". Em essência é o contrato celebrado por todos os participantes, em que uns delegam poderes aos outros, considerados mais sábios, a fim de poderem administrar a coisa pública. As pessoas investidas de poder devem visar não os seus interesses particulares, mas os da maioria, ou seja, da república constituída.
John Locke (1632-1704) — Sobre o Governo CivilComeça o seu discurso reportando-se ao estado natural, em que viviam Adão e Eva. Naquela época, a Lei Natural e a Razão eram os elementos necessários para direcionar os atos de cada um. É, pois, sobre a hipótese da existência de uma lei natural, que traça o roteiro do seu livro. Significa dizer que o objetivo central do ser humano é conhecer melhor a Lei Divina, a qual o norteará no relacionamento consigo mesmo e com os demais. A função do um governo civil é por em prática essa lei, auxiliando cada membro a compreendê-la melhor.
John Stuart Mill (1806-1873) — O mais eminente do grupo de filósofos britânicos do século XIX, propôs e desenvolveu a doutrina do utilitarismo. Ele foi um reformador social, um defensor da liberdade tanto política quanto pessoal e um filósofo e lógico de considerável importância. Seu trabalho On Liberty, publicado em 1859, discute os sistemas legais e governamentais. Na introdução do seu ensaio dizia que a única liberdade que merece o nome de liberdade é aquela em que cada um procurando o seu próprio interesse não prejudica o próximo a conquistar o dele. Acha ele que as pessoas devem ser livres, mas muitas vezes acontece que os governos são constituídos de forma arbitrária. É a partir daí que discute todo o problema envolvido entre a autoridade e a liberdade.
Adam Smith (1723-1790) — A Riqueza das Nações não foi uma obra original na acepção da palavra. Na verdade é o esforço que Adam Smith empreendera para juntar num todo as teorias que os outros seus contemporâneos pinçavam aqui e ali. Queria dar uma resposta mais coerente às indagações levantadas na sua Teoria sobre os Sentimentos Morais, ou seja, como o interesse próprio pode gerar o bem-estar da sociedade. Tenta, também, partindo de uma confusão inicial visualizar o todo harmônico.
4. LEI NATURAL
Refere-se tanto à lei física quanto à lei moral. Ela regula todos os acontecimentos no universo. São leis eternas, imutáveis, não estão sujeitas ao tempo, nem à circunstância, embora tenham em si o elemento do progresso.
Mas como o homem faz para conhecê-la? Há dois elementos básicos: unidade e universalidade. A lei matemática em que dois mais dois são quatro existe em todo o lugar do universo. Independe de tempo e espaço.
4.1. LEI FÍSICA
Há vários fenômenos que a ciência deve buscar respostas, pois tudo gira em torno de pressupostos que emanam da mente humana. Assim, ao longo do tempo, muitas ciências apareceram para dar respostas às mais diversas indagações. Aos fenômenos físicos surgiu a física, aos astronômicos, a astronomia, aos psicológicos, a psicologia e assim por diante.
A ciência dedica-se a conhecer os fenômenos universais e necessários, usando sempre instrumentos cada vez mais sofisticados. Contudo, ela é impotente para provar os fenômenos metafísicos, tais como a existência de Deus e a imortalidade da alma. Quando o faz acaba caindo no cientificismo, que é reduzir tudo à comprovação da ciência, tendo-a como salvação da humanidade. É o caso do médico que, ao abrir o cérebro do paciente e não encontrando nada, acabou afirmando que o Espírito não existe.
4.2. LEI MORAL
Paralelamente à lei física, que cabe às ciências particulares buscar as explicações, temos as leis morais. Estas pertencem à alma e concernem às noções do bem e do mal. Cabe ao Espiritismo desvendá-las.
4.3. CONHECIMENTO DA LEI NATURAL
Na pergunta 621 de O Livro dos Espíritos - Onde está escrita a lei de Deus? Os Espíritos respondem que ela está escrita na consciência do ser. E em seguida dizem que há necessidade de sermos lembrados porque a havíamos esquecido.
Como entender que a lei está escrita em nossa consciência? De acordo com os princípios doutrinários, codificados por Allan Kardec, fomos criados simples e ignorantes, sujeitos ao progresso. Nesse sentido, o Espírito André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, explica-nos que no reino mineral recebemos a atração; no reino vegetal sensação; no reino animal instinto; no reino hominal pensamento contínuo, o livre-arbítrio e a razão. São os pródomos da lei moral, cujo objetivo é transformar os homens em "anjos", "arcanjos" e "querubins". É a potencialização das virtualidades de cada ser.
4.4. A CASA MENTAL
O Espírito André Luiz, no livro No Mundo Maior, explica-nos que não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fosse um castelo de três andares:
subconsciente: 1º andar, onde situamos a residência de nossos impulsos automáticos, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados - hábitos e automatismos;
consciente: 2º andar, localizamos o "domínio das conquistas atuais", onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando - esforço e vontade;
superconsciente: 3º andar, temos a "casa das noções superiores", indicando as iminências que nos cumpre atingir - ideal e meta superiores. (Xavier, No Mundo Maior, 1977, p. 47)
5. DIVISÃO DA LEI NATURAL
5.1. PILASTRADC
— Sigla para lembrarmos das dez Leis Naturais. P da Lei do Progresso, da Lei de Igualdade, L da Lei de Liberdade, A da Lei de Adoração, S da Lei de Sociedade, T da Lei do Trabalho, R da Lei de Reprodução, A da Lei de Justiça, Amor e Caridade, D da Lei de Destruição e C da Lei de Conservação.
Na pergunta 648 de O Livro dos Espíritos — Que pensais da divisão da lei natural em dez partes? — "Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e pode abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes segui-la, sem que ela tenha entretanto nada de absoluto, como não o têm os demais sistemas de classificação, que dependem sempre do ponto de vista sob o qual se considera um assunto. A Lei de Justiça, Amor e Caridade é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras".
5.2. SÍNTESE DAS DEZ LEIS MORAIS
Lei de Adoração – Mostra o sentimento inato que todos os viventes possuem da divindade.
Lei do Trabalho – É uma necessidade. A necessidade é a consciência de que os falta algo. Não se deve confundir trabalho com emprego. Alguns trabalham e não têm emprego; outros têm emprego e não trabalham.
Lei de Reprodução – Relativo à reencarnação. Mostra a necessidade de purificação do Espírito.
Lei de Conservação – Depois da vida, todos sentimos intuitivamente a necessidade de progredir e aperfeiçoar.
Lei de Destruição – A destruição é necessária para que novos corpos apareçam, mais inteligentes e mais argutos. É a renovação e melhoria dos seres vivos.
Lei de Sociedade – Todos os indivíduos têm responsabilidade para com os outros seres humanos. Os mais fortes devem ajudar os mais fracos; os mais inteligentes, os menos.
Lei de Progresso – Há uma inexorabilidade. Quer estejamos encarnados ou desencarnados, todos estaremos sujeitos à lei do progresso.
Lei de Igualdade – Embora todos os Espíritos tenham partido de um mesmo ponto, uns progrediram mais do que os outros. A desigualdade refere-se apenas ao mérito.
Lei de Liberdade – Quanto maior for a obediência à lei de Deus, maior a liberdade dos seres humanos.
Lei de JustiçaAmor e Caridade – É a mais importante, porque resume as leis anteriores.
6. MODELO OU GUIA DAS LEIS MORAIS
6.1. DEUS
O nosso ponto de partida é Deus, pois foi Ele quem promulgou todas as leis. Contudo, esse termo encerra uma grande dificuldade, pois além de O tratarmos de forma antropomórfica – dar-Lhe as dimensões humanas –, acabamos também O confundindo com o todo universal (Panteísmo). Embora nos falte um sentido para compreender a divindade, há um elemento primordial que pertence a todos os indivíduos, ou seja, a idéia inata de Deus. Isto porque, sendo todos criados por Ele, Dele devemos necessariamente ter a lembrança. Como há ainda muita distância entre o nossa perfeição e perfeição de Deus, os Espíritos superiores nos indicaram um ser angelical para que servisse de modelo, e fosse objeto de nossa reflexão. O seu nome é Jesus Cristo.
6.2. JESUS CRISTO
Reencarnou entre nós há dois mil anos e nos trouxe o Evangelho, a Boa Nova, as Bem-Aventuranças, estas proferidas na frauda de um monte, por isso chamado Sermão do Monte ou da MONTANHA, em que faz um resumo das leis morais que a humanidade devia seguir. Antes da vinda de Cristo, os fariseus procuraram realizar a santidade da Lei através de uma exatidão escrupulosa. Desprezando a voz interior da consciência, o resultado foi a desumanização da santidade e o abandono dos bens supremos do amor pelas insignificâncias mais meticulosas da antiga Lei.
Já Cristo combate a moral exterior (codificada nos preceitos), e revela o valor íntimo da consciência aberta para o olhar de Deus. É Deus quem julga as intenções ocultas. Para Cristo, a lâmpada do corpo é o olho da intenção. Se esse olho for puro, o será também todo o corpo. Mas, se a luz do homem tornar-se trevas, ele só poderá caminhar rumo à perdição. (Idígoras, 1983)
6.3. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
O Evangelho Segundo o Espiritismo é o Evangelho de Jesus, estudado por Allan Kardec e melhorado pelas comunicações de eminentes Espíritos. O cuidado foi tanto com a questão moral que, das cinco partes contidas nos Evangelhos, Kardec procurou deixar de lado as profeciasas notícias históricasos milagres e as palavras que serviram para a edificação dos dogmas da Igreja, para se dedicar exclusivamente aos ensinamentos morais, pois achava que estes não estavam sujeitos a controvérsias e poderiam ser praticados por qualquer pessoa, em qualquer lugar do globo. Dava-lhe um caráter eminentemente necessário e universal.
7. CONCLUSÃO
Esqueçamo-nos de nós mesmos, das nossas dificuldades, do nosso egoísmo, da nossa limitação e empenhemo-nos na divulgação da Boa Nova. Somente assim conseguiremos construir um mundo novo e evangelizado.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
COMMINS, S. e LINSCOTT, R. N. The World’s Great Thinkers - Man and the State: the Political Philosophers. New York, EUA, Random House, 1947.
IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo, Edições Paulinas, 1983.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, 4. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.


Anjos da Guarda Segundo o Espiritismo

Autor: Jeferson Souza 


Quem são os nossos anjos da guarda? Como interagir com eles? Você sabe quem são os seus protetores espirituais?


Na primeira obra da codificação espírita encontramos uma abordagem sobre o tema "Anjo da guarda" (VI - Anjos da Guarda, Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos) que na doutrina espírita denominamos de "Espírito Protetor", pois no Espiritismo, estudamos que os nossos Espíritos protetores são de uma ordem mais elevada que o seu protegido, portanto, não pode ser um Espírito Puro e nenhum Espírito de Santos.

490. Que se deve entender por anjo da guarda?

— O Espírito protetor de uma ordem elevada. 

Os Espíritos protetores têm por missão auxiliar o encarnado, no qual guarda, através da intuição e da inspiração para que este cumpra seus deveres e a missão no qual se voluntariou, para que possa, dessa forma, evoluir e aprimorar-se como Espírito.

A doutrina espírita nos explica que eles se comportam como o pai que quer ajudar a seu filho, educando-o para que seja um bom filho e um cidadão de Bem, conduzindo com conselhos e consolações diante de situações difíceis e de aflição, que deve guardá-lo do nascimento até o desencarne do seu protegido.

491. Qual a missão do Espírito protetor?

— A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida.

492. O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento?

— Desde o nascimento até a morte, e freqüentemente o segue depois da morte, na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.

Muitos de nós, nos perguntamos, como podemos nos comunicar com eles, e a resposta é simples, através do exercício do pensamento. O pensamento é o meio pelo qual podemos conversar com eles e receber inspiração ou intuição.

A oração é outra forma que temos para entrar em contato com os nossos guardiões, e eles estão sempre conosco, mas isso não quer dizer que estejam de prontidão ao nosso lado o tempo todo, pois cumprem tarefas espirituais que devem fazer, dessa forma, mesmo que se afastem do ambiente onde estivermos, mesmo assim, onde estiverem estarão conectados conosco, por pensamento.

Quando somos muito rebeldes e quando não queremos os seus Bons conselhos, estes se afastam de nós, temporariamente, mas não nos abandonam, apenas observam os fatos que vão se desenrolando, para que o seu protegido possa agir por conta própria e desta forma, entender que no Universo não agimos sozinho.

Pois assim como no trabalho, cada funcionário possui o seu papel, e que se todos se completam na missão da empresa, o mesmo funciona com cada Espírito no Universo, seja ele encarnado ou não.

495. O Espírito protetor abandona, às vezes, o protegido, quando este se mostra rebelde às suas advertências?

— Afasta-se quando vê que os seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É o homem quem lhe fecha os ouvidos. Ele volta, logo que chamado...

Normalmente os nossos Espíritos protetores são nossos conhecidos de outras encarnações, podem terem sido amigos, familiares ou simpáticos conosco, porém, vale lembrar e reforçar, não é possível que um parente, amigo ou familiar que tenha desencarnado enquanto estávamos em vida física, venha ser o nosso Espírito protetor, pois estes são Espíritos simpáticos ou familiares.

506. Quando estivermos na vida espírita reconheceremos nosso Espírito protetor?

— Sim, pois freqüentemente o conhecestes antes da vossa encarnação.

É dúvida comum de todos nós, quando se trata de uma obsessão ou assédio espiritual, onde questionamos, "Onde está o nosso Espírito protetor nessas horas?", a resposta é muito simples, eles estão nos observando tentando nos ajudar como podem, mas quando a obsessão ou o assédio espiritual ocorre, é por que o encarnado não deseja ouvir seus protetores, mas gosta das vantagens fornecidas pelos Espíritos inferiores.

Diante desta situação, convém, que eles se afastem de nós e fiquem nos observando, até que o nosso delírio termine ou que recuperemos a lucidez, pois assim como, nós falamos para um filho, não coloque dedo na tomada, não faça isso ou não faça aquilo e este não nos ouve, não podemos fazer mais nada, até que ele experimente o erro e veja o seu equivoco.

497. O Espírito protetor pode deixar o seu protegido à mercê de um Espírito que o quisesse mal?

— Existe a união dos maus Espíritos para neutralizar a ação dos bons, mas, se o protegido quiser, dará toda força ao seu bom Espírito. Esse talvez encontre, em algum lugar, uma boa vontade a ser ajudada, e a aproveita, esperando o momento de voltar junto ao seu protegido.

498. Quando o Espírito protetor deixa o seu protegido se extraviar na vida, é por impotência para enfrentar os Espíritos maléficos?

— Não é por impotência, mas porque ele não o quer: seu protegido sai das provas mais perfeito e instruído, e ele o assiste com os seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas que infelizmente nem sempre são ouvidos. Não é senão a fraqueza, o desleixo ou o orgulho do homem que dão força aos maus Espíritos. Seu poder sobre vós só provém do fato de não lhes opordes resistência.

A importância do Orai e Vigiai

Autor: Jeferson Souza 



Jesus nos adverte ensinando os benefícios da prática cristã do "Orai e Vigiai", consolidemos praticando esta máxima no nosso dia a dia.


Orar e vigiar sempre, nos adverte Jesus, o Seu ensinamento nos proporciona a reflexão para mantermos a sintonia com os bons Espíritos, elevando os nossos pensamentos e exemplificando através de nossas ações e atitudes no Bem.

Quando entramos no centro espírita, seja para ouvir ou para trabalhar, precisamos nos recordar deste ensinamento, pois é muito importante a elevação de nossos pensamentos para auxiliarmos os Espíritos amigos na realização de suas atividades em benefício dos encarnados e desencarnados.

São muitos benefícios conquistados por nós, quando entramos em conexão vibratória com Eles, pois deixamos de ser ouvintes e trabalhadores para sermos Cooperadores do Cristo.

Vale lembrar que somos responsáveis por todas posturas e pensamentos que emitimos dentro e fora do centro espírita, no entanto, por exemplo, um mau pensamento dentro da casa espírita poderá dificultar e até mesmo prejudicar o trabalho do mundo espiritual na casa.

Por isso é tão importante nos manter em sintonia com o mundo espiritual: fazermos prece enquanto aguardamos o início das atividades espíritas, estarmos atentos diante da exposição do palestrante, ser receptivos aos fluidos magnéticos do passe e do trabalho mediúnico.

O silêncio dentro da casa espírita é um ato de caridade e de fraternidade, pois com esta postura cristã nos faz mais receptivos e nos ajuda cooperar com a harmonização do ambiente.

O trabalho dos Espíritos amigos está muito necessitado de Cooperadores do Bem e do Cristo, por isso, façamos a nossa parte quando estivermos dentro do Centro Espírita, pois somos elos importantes para que os trabalhos de cura espiritual, de desobsessão e dentre outras atividades espirituais sejam realizados com eficácia, e isso nos beneficia também.

Lembremo-nos: "Todo o Bem que recebemos é medida no Bem que pudermos oferecer", portanto, contribuamos com a casa de Deus, nos propondo a conduta fraternal e de respeito com os nossos irmãos encarnados e desencarnados, nos colocando a disposição para doação de bons fluidos que poderão aliviar as dores daqueles que estão enfermos no Espírito.

Por fim, é tão importante a nossa presença na casa espírita, pois somos convocados a caridade, muitas vezes sem mesmo perceber. É preciso que nos somemos aos Espíritos amigos, nos colocando a disposição para ajudar e ser ajudado, seja através da prece, de Bons pensamentos ou de uma postura fraterna e cristã dentro e fora do Centro.

Pensemos nisso!

Evangelho no Lar



O Evangelho no Lar é uma prática familiar com a finalidade de esclarecimentos para os encarnados e desencarnados baseada na leitura da obra básica “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. É um estudo de capítulo por capítulo, na sequência ou que pode ser aberto ao “acaso”.

A prática constante do Evangelho no Lar traz muitos benefícios para o seu lar e para os envolvidos da mesma, auxiliando na proteção da casa e também no equilíbrio daqueles que dele participam, além de levar esclarecimentos aos Espíritos que ali estejam presentes e que podem se beneficiar desta reunião familiar.

Deve ser dedicado um ou mais dias da semana e definir horário para a reunião no lar, porém, durante a realização do Evangelho no Lar, Espíritos amigos vêm lhe ajudar e com isso Ele estará dedicando-se a vir naquele dia e horário da semana que você estipulou, por isso é muito importante seguir com disciplina de horários e dias, pois os Espíritos estão dispostos a nos ajudar, mas não podem estar ao nosso auxílio a qualquer hora, pois Eles tem compromissos, e se reservam a estar presentes nos dias e horários que você estipulou.

A realização do Evangelho No lar deve durante entre 10 a 20 minutos no máximo, e segue-se as seguintes etapas: Prece Inicial – Leitura do Evangelho – Comentários sobre o Evangelho - Vibrações – Prece Final.

Prece Inicial – Basicamente é realizada uma prece pedindo auxílio do plano espiritual para a realização do Evangelho no Lar, para que os Bons Espíritos venham em auxílio da reunião e que lhes dêem proteção contra ideias erradas, que possam vir auxiliar a todos os Espíritos desencarnados e encarnados que ali estejam. Porém, como o Evangelho no Lar é uma reunião familiar e particular, na prece inicial você pode realizá-la da forma que lhe for própria.

Leitura do Evangelho – Normalmente é indicado que se inicie a leitura do Evangelho da Introdução até o capítulo 27, e que seja uma leitura sequencial, pode ser a cada três parágrafos ou mais, tudo depende da disposição de quem está fazendo a leitura. A leitura deve ser com calma e clara, em voz alta(não é gritando) para que os Espíritos desencarnados que ali estejam também possam ouvir.

Comentários sobre o Evangelho – Deve ser realizado um breve comentário sobre o que você entendeu sobre a leitura realizada, neste comentário, é desnecessário ficar apontando ou identificando erros ou ações de pessoas, se achar necessário aponte apenas os seus.

Vibrações – Neste momento faça uma prece por um familiar doente, ou por um grupo de pessoas, ou por uma nacionalidade. Este é o momento em que você dedica a prece a alguém ou um grupo de pessoas, pode ser de sua família ou não.

Prece Final – Findada as vibrações, o Evangelho no Lar é encerrado com a prece final, agradecendo a presença dos Espíritos amigos, e as lições que aprenderam naquele dia, e também pode ser comentada na prece final qualquer outra palavra que achar necessário, realizar o Pai Nosso, prece de Cáritas, enfim, é uma mensagem sua para com Deus.

É muito importante que no Evangelho no Lar estejam reunidos todos os familiares e amigos que desejarem voluntariamente participar, por isso os horários e os dias devem ser definidos de forma que todos possam estar presentes naquele momento.

Cada etapa do Evangelho deve ser realizada por pessoas diferentes, onde que todos possam participar, e assim vão se revezando na prática, caso você esteja fazendo sozinho deve seguir todas as etapas sendo realizadas em voz alta.

Caso você more em uma casa onde todos não aceitam a prática do Evangelho no Lar, pode então, neste caso, ser realizado em seu quarto, antes de dormir ou após os moradores do lar não estiverem mais presentes no local ou dormindo, para que você possa realizá-lo sem ter problemas com eles, dessa maneira, não sofrendo com os pensamentos e ideias de repúdio ou raiva que pode atrapalhar você durante a prática.

Você pode estar pensando, mas ninguém quer fazer comigo, devo fazer sozinho? É fundamental que realize sozinho, quando não há aprovação dos outros, pois o Evangelho no Lar, estará te auxiliando, ajudando quem mora com você e também todos os Espíritos que por ventura estejam presentes ai em seu lar.

Muitos Espíritos inferiores são beneficiados pela pratica do Evangelho no Lar, pois ao ouvirem o esclarecimento da mesma, mais cedo ou mais tarde, são auxiliados por Espíritos amigos que os recolhem até as colônias ou outros lugares de apoio espiritual. O Evangelho no Lar é uma forma de você ajudar no resgate de Espíritos.

É muito importante que durante a realização do Evangelho no Lar não haja manifestação espiritual, pois este não é o intuito desta reunião, que foi instituída para a realização familiar, do lar, e não para a prática da mediunidade.

Outra consideração importante é que pelo menos uma hora antes e após a realização da reunião evite todo tipo de energia negativa possível: pensamentos, ações, televisão, internet, etc. tudo que traga energia ruim para o seu lar, pois assim como nas reuniões mediúnicas requer um preparo que antecede a mesma por parte dos médiuns, devemos cumprir o mesmo rigor para as reuniões em família.

E finalizamos dizendo que se você têm filhos pequenos, e se estas forem muito ativas ou agitadas, talvez tenha que se dedicar a prática do Evangelho em horários em que elas estejam dormindo ou que não possam estar distraindo você. É essencial que crie um horário e dia dedicado ao Evangelho no Lar com elas, onde você pode realizar a reunião com elas através de livros espíritas para crianças.

Caso pessoas de outra religião queiram participar e não queiram ler “O Evangelho Segundo o Espiritismo” faça a leitura do Evangelho você e depois convide-a a ler uma passagem ou pequeno trecho de seu livro sagrado e fazer o comentário ou você faz o comentário do que entendeu, uma vez que, todas as obras sagradas de todas as religiões se complementam e têm similaridades, não há nada de errado em deixar um familiar judeu ler o Antigo Testamento, ou um muçulmano ler o Alcorão, um budista ler Tripitaka, etc... não há problema nenhum, todos amam a Deus e querem até Ele chegar, é melhor tê-los participando do que se sentirem excluídos e ficarem tristes, chateados ou achar que Espiritismo é exclusivos aos espíritas, mas lembre-se deve-se manter o respeito e a boa vibração, se houver embates ou discordâncias, o melhor é fazer sozinho.

Como afastar os maus Espíritos?

Autor: Jeferson Souza

Você sabe o que fazer para afastar os maus Espíritos de sua vida? Neste artigo comentaremos o que será preciso fazer.


Você sabia que é possível afastar de sua vida os maus Espíritos sem a necessidade da intervenção de um médium ou centro espírita? Não sabia? Então, leia até o final e você entenderá como o Espiritismo poderá ajudá-lo.

Porém antes de abordamos o tema principal de nosso artigo necessitamos comentar como atraímos estes Espíritos. 

Nós estamos nos relacionando o tempo todo com Espíritos encarnados e desencarnados, no entanto, nós temos aqueles que apreciamos a sua companhia que são conhecidos como Espíritos simpáticos, mas temos também aqueles não temos qualquer tipo de simpátia e, às vezes, sentimos até repulsa, estes são conhecidos com os Espíritos antipáticos.

Mas é importante esclarecer que antipátia, não quer dizer que aqueles Espíritos encarnados ou desencarnados são pessoas arrogantes, esnobes, etc..., existem os que são, mas antipátia aqui abordado pelo Espiritismo, quer dizer, são aquelas pessoas que não temos qualquer tipo de vínculo afetivo ou relacional, ou seja, são pessoas que não temos nenhuma afinidade.

* Estudar "O Livro dos Espíritos, cap. VII - Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos – Metades Eternas"

Já que sabemos que podemos ter em nossas vidas dois grupos de relacionamentos (Simpáticos e Antipáticos) é necessário compreender que temos por amigos, por exemplo, aqueles que tenhamos uma estima, um apreço, uma igualdade ou semelhanças de ideias e atitudes; os seguimos e gostamos de sua companhia.

Mas torna, chato, monótono ou até entediante estar ao lado e fazer parte daquele grupo onde não tenhamos qualquer tipo de afinidade, e disso podem surgir reações de repulsa as atitudes e ideias por elas abordadas ou vivenciadas, e por isso, é comum que queiramos distância.

Compreendendo estes conceitos básicos do relacionamento, podemos nos aprofundar mais no tema. Assim como há pessoas encarnadas que se aproximam de nós por apreço as nossas atitudes e ideias, há Espíritos que também se afinizam conosco e que nos inspiram e induzem em nossas ações, pensamentos, atitudes e ideias.

Se somos pessoas mesquinhas e futeis, é normal que pessoas e Espíritos que possuem as mesmas características morais que a gente se aproximem e criem um relacionamento conosco, pois os bons não se simpatizaram conosco, o mesmo sucede se nós somos Boas pessoas, aqueles que não são bons ou que são bons, mas possuem ideias divergentes não compactuarão conosco.

No plano espiritual, os desencarnados se aproximam da gente, de acordo com o nosso estado de Espírito, se estamos tristes, a Lei de Sintonia, trará para perto de nós, pessoas e Espíritos de mesma ordem, se estamos felizes esta Lei universal também agirá, pois, é tudo questão de saber sintonizar-se, pois querendo ou não, somos como um rádio que emite frequências e são captadas por aqueles que a ela se sintonizam, e nós nos sintonizamos com aqueles que emitem a mesma frequência que nós vibramos.

Mas, afinal, como fazer para afastar os maus Espíritos? Allan Kardec faz alguns questionamentos sobre o tema, mas separamos para vocês 5 questionamentos e as respostas que os Espíritos nos oferecem são magníficas.

"467 – Pode-se se libertar da influência dos Espíritos que nos solicitam ao mal?
– Sim, porque eles não se ligam senão aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.

468 – Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade, renunciam às suas tentativas?
– Que queres tu que eles façam? Quando não há nada a fazer, eles cedem o lugar; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita o rato.

469 – Por que meios se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores, e destruís o império que eles querem tomar sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos, sopram a discórdia entre vós e vos excitam todas as más paixões. Desconfiai, sobretudo, daqueles que exaltam vosso orgulho porque vos tomam por vossa fraqueza. Eis porque Jesus nos faz dizer na oração dominical: “Senhor! não nos deixeis sucumbir à tentação, mas livrai-nos do mal”.

"475 – Pode-se, por si mesmo, afastar os maus Espíritos e se libertar de sua dominação?
– Pode-se sempre sacudir um jugo, quando se tem vontade firme."

"478 – Há pessoas animadas de boas intenções e que não são menos obsedadas; qual é o melhor meio de se livrar dos Espíritos obsessores?
– Cansar sua paciência, não tomar conhecimento de suas sugestões, mostrar-lhes que perdem seu tempo; então, quando vêem que não têm nada a fazer, eles se vão."

Poderíamos abordar outras questões levantadas por Allan Kardec, mas seria nos alongar no tema. Podemos perceber nas questões e nas respostas oferecidas pelos Espíritos, que nos é possível afastar os Espíritos, de forma voluntária, sem a necessidade de tercerizar uma intervenção, desde que tenhamos disciplina de atitudes e pensamentos, vontade firme em fazer o Bem, e tudo é regido pela sinceridade das nossas intenções.

Pois é a intenção que demonstra o que somos na realidade. Dar coisas, por exemplo, é fácil dissimular nesta boa ação, uma intenção oposta a ação, portanto, a intenção por detrás de todo trabalho no Bem é fundamental para que possamos de fato buscar o equilibrio essencial para o nosso Espírito.

Divaldo Pereira Franco, nos solicita que saibamos educar o nossos pensamentos, que possamos não repelir os maus pensamentos e as más tendências, mas que saíbamos trocar este pensamento ou está ideia por outra melhor, e dar continuidade neste trabalho de mudança de polaridade, e desta forma, poderemos, com o tempo, tornar este processo automático.

Se queremos sair da sintonia de atração de baixa elevação, é necessário que aprendamos a elevar a nossa própria sintonia, desta forma, mesmo que os Espíritos inferiores tentem conexão conosco, não conseguirão.

Vamos abordar mais uma questão levantada por Kardec:

"479 – A prece é um meio eficaz para curar a obsessão?
– A prece é um poderoso socorro em tudo; mas, crede bem, não basta murmurar algumas palavras para obter o que se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir. É necessário, pois, que o obsidiado faça, a seu turno, aquilo que é necessário para destruir, em si mesmo, a causa que atrai os maus Espíritos."

Nesta última questão que iremos abordar neste artigo, reflete muito bem a nossa necessidade de reforçar que é a vontade firme de mudança em todos os aspectos de nossa vida para que possamos desta forma estar em equilíbrio e por nossa influência espiritual, os Espíritos inferiores possam desistir da obsessão.

Lembremo-nos da profunda mensagem de que a cada novo dia é possível realizar um novo recomeço em nossas vida, basta querermos com firmeza no propósito.

Consequências destrutivas que a pornografia tem sobre as pessoas


26 razões para abandonar pornografia.

A lista abaixo, discorre uma série de consequências sobre as influências negativas que a pornografia tem sobre as pessoas, e principalmente para um seguidor de Jesus.

1. Alienação de Deus. Você não mais se sente próximo de Deus. Você não experimenta o poder de Deus. Você não mais tem a alegria de sua salvação.


2. Cega você para as consequências. Temporariamente te desliga da sua caminhada com Deus, de seus relacionamentos. Te cega sobre o que te acontecerá espiritual, física, emocional, mental, social, vocacional e relacionalmente.

3. Cria expectativas irrealistas. os indivíduos  começam a pensar que toda pessoa deveria se parecer com aquelas e que esse tipo de relação é como seu relacionamento deve ser.

4. Distorce sua visão do sexo. A pornografia te faz acreditar que o sexo é somente para o seu prazer e que outras pessoas são simplesmente objetos a serem usados, ao invés de criações de Deus que devem ser honradas e respeitadas.

5. Nunca é o bastante. A pornografia tem um efeito crescente. Como uma droga, você precisa de mais e mais para satisfazer a lascívia. Ela te leva rapidamente a um caminho de destruição e para bem longe da paz, alegria, e relacionamentos saudáveis.

6. Liberdade sobre o que você pensa e faz é perdida. Você se torna escravo de seus pensamentos excessivamente sensuais que levam a atos excessivamente sensuais.

7. A culpa depois que você vê pornografia. Mas a culpa não é o suficiente para te prevenir de fazer na próxima vez.

8. A sexualidade saudável é obscurecida pela pornografia. Sexo saudável é somente o sexo marital, que inclui sexo regular, sexo altruísta e sexo amoroso.

9. Te isola e faz você se sentir totalmente sozinho e como o único que luta contra a pornografia e a lascívia.

10. Ameaça seu relacionamento casamente ou futuro casamento (se você é solteiro), seu testemunho de Jesus Cristo, e tudo em sua vida que é importante para você. Você põe tudo isso em risco pela pornografia.

11. Te mantém em um ciclo de autodestruição. A pornografia parece medicar a dor em sua vida, mas somente adiciona mais dor à dor. A pornografia te leva a fazer coisas que você nunca pensou que faria. O excesso de sensualisma te levará para mais longe que você gostaria. Ele te manterá mais longe que você gostaria. E te custará mais do que você gostaria de pagar.

12. Lascívia sexual excessiva te leva a atos sexuais excessivos. Pornografia posta em sua mente é como colocar gasolina no fogo do desejo sexual errôneo, resultando em pensamentos e ações destrutivas.

13. Mascara a verdadeira ferida. Você está procurando a cura e torna as coisas piores.

14. Nunca é uma experiência neutra. Você não pode ver pornografia e não ser afetado por isso. Essa experiência é sempre inconsistente com a Palavra de Deus.

15. Objetifica pessoas. A pornografia as transforma em objetos sexuais. Ela sequestra a capacidade de ver uma pessoas mais velhas como uma figura de respeito, uma pessoa da mesma idade como uma irmã ou irmão e uma pessoa mais nova como a figura de um filho ou filha.

16. Traz um prazer muito curto, seguido por dor e mais dor.

17. Abandonar torna-se a luta de uma vida. Uma vez que você permite que a pornografia entre, há uma batalha violenta com os obsessores e com sua velha natureza para se vigiar. Uma vez que você permite que a pornografia entre em sua vida, sempre haverá uma batalha. É uma batalha vencível, mas uma batalha diária.

18. Permanece em sua mente para sempre. Os obsessores mantém aquela imagem repetindo em sua mente para criar um ciclo de luxúria e te levar de volta à pornografia. Você se torna ligado a uma imagem, não a uma pessoa.

19. A vergonha entra em sua vida. Culpa é sentir-se mal por algo que você fez. A vergonha, no entanto, é baseada em sentir-se mal por quem você é. A pornografia traz vergonha. Deus nunca traz vergonha. O mal sempre traz vergonha.

20. A confiança é perdida com as pessoas que você mais ama e respeita.

21. Abre a porta para todo sensualismo. A pornografia é um portal, uma entrada que traz nada de bom e tudo de doloroso, como masturbação compulsiva, desejos, práticas sexuais perigosas, visita a lugares adultos, uso de prostituição, práticas sexuais pervertida e abuso sexual.

22. Viola pessoas. Como? Você está colocando seu selo de aprovação em uma indústria que degrada e desumaniza pessoas.

23. Um convite para olhar para outras pessoas com lascívia.

24. Extingue a verdade. A pornografia promove a mentira. Você mente para os outros, mente para Deus e mente para si mesmo. Você mente mais para cobrir velhas mentiras. Você se torna uma mentira viva.

25. Te liga a uma imagem. Você fica preso e ligado à imagem, ao invés de seu cônjuge  ou futuro cônjuge se você é solteiro.

26. Fecha seus lábios para o louvor a Deus, falar sobre sua fé, contar aos outros como eles podem experimentar Deus.


Fonte: iPródigo