terça-feira, 15 de setembro de 2015

Auto-Libertação

“… Nada trouxemos para este mundoe manifesto é que nada podemos levardele.” ─ Paulo. (I Timpóteo, 6, 7)

Se desejasemancipar a alma das grilhetas escuras do “eu”, começa o teu curso deauto-libertação, aprendendo a viver “como possuindo tudo e nadatendo”, “com todos e sem ninguém”.
Se chegaste àTerra na condição de um peregrino necessitado de aconchego e socorro e se sabesque te retirarás dela sozinho, resigna-te a viver contigo mesmo, servindo atodos, em favor do teu crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembra-te deque, por força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estarána solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da auto-libertação.
Consagra-te aobem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de tudo, por amor ao próprio bem.
Realmentegrande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a vida infinita.
Não teimponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia;  não dispensarás oconcurso alheio na execução de tua tarefa.
Jamais suponhaque a sua dor seja maior que a do vizinho ou que as situações do teu agradosejam as que devam agradar aos que te seguem. Aquilo que te encoraja podeespantar a muitos e o material de tua alegria pode ser um veneno para teuirmão.
Sobretudo, combatea tendência ao melindre pessoal com a mesma persistência empregada no serviçode higiene do leito em que repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil aocoração. Guardar sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivarespinhos alheios em nossa casa?
Desanuvia a tuamente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de que acertaremos as nossascontas com Quem nos emprestou a vida e não com os homens que a malbaratam.
Deixa que arealidade te auxilie a visão e encontrarás a divina felicidade do anjo anônimo,que se confunde na glória do bem comum.
Aprende a sersó, para seres mais livre no desempenho do dever que te une a todos, e, depensamento voltado para o Amigo Celeste, que esposou o caminho estreito dacruz, não nos esqueçamos da advertência de Paulo, quando nos diz que, comalusão a quaisquer patrimônios de ordem material, “nada trouxemos paraeste mundo e manifesto é que nada podemos levar dele”.
Site:  Centro Espirita Seara dos Pobres
Francisco Cândido Xavier

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