sexta-feira, 24 de julho de 2015

Uma pessoa com problemas mediúnicos deve ser encaminhada, sem risco, para uma reunião mediúnica?

DIVALDO - A colocação já demonstra que a pessoa tendo problemas deve primeiro equacioná-los, para depois estudar e aprimorar a faculdadeque gera aqueles problemas. Como na mediunidade, os problemas são do Espírito e não da faculdade mediúnica, é necessário que primeiro se moralize o médium.
Abandonando as paixões, mudando a direção mental, criando hábitos salutares para sua vivência, reflexionando no Evangelho de Jesus, aprendendo a orar, ele equaciona, na base, os problemas que inquietam o efeito, que é a faculdade mediúnica. Somente após o quê, é-lhe lícito educar a mediunidade.

No capítulo I de O Livro dos Médiuns o Codificador examina o assunto, na epígrafe: Há Espíritos? Explica Allan Kardec que ninguém deve levar a uma sala de química, por exemplo, alguém que não entenda das fórmulas e das composições químicas. Explico-me: um leigo chega numa sala e vê vários vidros, com água branca e uma anotação que lhe parece cabalística: HN03+ 3HCI (* Água Régia, substância altamente corrosiva). Para ele a anotação não diz nada. Mas, se misturar aqueles líquidos corre perigo. Assim também é necessário primeiro que o indivíduo conheça no laboratório do mundo invisível as soluções que vai manipular, para depois partir para as experiências.

E de bom alvitre, portanto, que alguém, que tenha problemas de mediunidade, seja encaminhado às sessões doutrinárias de estudos, para primeiro evangelizar-se, conhecendo a Doutrina a fim de que, mais tarde, canalize as suas forças mediúnicas num bom direcionamento.

Há uma praxe entre as pessoas pouco esclarecidas a respeito da Codificação Espírita, que induz se leve o indivíduo a uma sala mediúnica para poder equacionar problemas, como quem tira uma coisa incômoda de cima da pessoa.

O problema de que a criatura se vê objeto pode ser o chamamento para mudança de rota moral. A mediunidade que aturde é um apelo para retificação das falhas. E é necessário ir-se às bases para modificar aqueles efeitos perniciosos.

Daí, diante de uma pessoa com problemas mediúnicos, a primeira atitude nossa será encaminhar o necessitado à aprendizagem da Doutrina Espírita, que é a terapêutica para seus problemas. A mediunidade será educada a posteriori como instrumento de exercício para o bem, mediante o qual granjeará títulos para curar o mal de que se é portador. 

Na terapia da desobsessão, é bom que o obsidiado frequente trabalhos mediúnicos?
DIVALDO - O ideal será que ele não participe dos trabalhos mediúnicos. Se estiver no estado em que registra as idéias sadias e as perturbadoras, o trabalho mediúnico pode ser-lhe seriamente pernicioso. Porque, se o obsessor incorporar, poderá ameaçá-la diretamente, criando nele condicionamento que depois vai explorar de Espírito a Espírito. Como a necessidade não é do corpo físico do enfermo, ele pode estar em qualquer lugar e os Mentores trarão as Entidades perturbadoras.

Ao que ele não deve faltar, sim, é às sessões de esclarecimento doutrinário, para que aprenda a libertar-se das agressões dos Espíritos maus e, ao mesmo tempo, crie condições para agir com equilíbrio por si mesmo.

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