terça-feira, 30 de setembro de 2014

Ambições psicológicas e transtornos de conduta Joanna de Ângelis (espírito) Divaldo P. Franco

Infelizmente, o ser humano atual renasce num contexto cultural imediatista, utilitarista, em que os valores reais são postos em plano secundário e é-lhe exigida a conquista daqueles que são de efêmera duração, porque pertencemos ao carreiro material.

A formação cultural e educacional centra-se especialmente na meta em que se destacam os triunfos de fora, as conquistas dos recursos que exaltam o ego, que o alienam, que entorpecem os melhores sentimentos de beleza e de amor, substituídos pelo poder e pelo ter, através de cujos significados acredita-se em vitória e triunfo social, econômico, político, religioso ou de outras denominações.

Raramente se pensa na construção interior saudável do ser que (re) inicia a jornada carnal, incutindo-lhe as propostas nobres da auto realização pelo bem, pelo reto cumprimento do dever, pelas aspirações da beleza, da harmonia e da imortalidade.

Todos como de significação modesta, que se os podem reservar para a velhice ou para quando se instalem as doenças, tal filosofia da comodidade suplanta a busca do equilíbrio emocional e moral, porquanto se mantém no patamar dos prazeres sensoriais.

Perante esse comportamento, o egoísmo assinala o percurso da preparação do ser jovem, insculpindo-lhe na mente a necessidade de destacar-se na comunidade a qualquer preço, o que o perturba nesse período de formação da personalidade e da própria identidade, tomando como modelo o que chama a atenção: os comportamentos exóticos, alienantes, as paixões de imediatos efeitos, sem que os sentimentos educados possam fixar-se nos painéis dos hábitos para a construção da conduta do futuro.

Ressumam as culpas que lhe dormem no inconsciente e ressurgem as qualidades negativas, que deveriam ser corrigidas, mas que encontram campo para se expressar através da irresponsabilidade moral e comportamental em uma sociedade leniente, que tudo aceita, desde que esteja nos padrões do exibicionismo, da fama, da fortuna, da transitória mocidade do corpo e da sua estética.

Paralelamente, apresentam-se os vícios sociais como forma de participação dos grupos em que se movimenta, iniciando-se pelo tabaco, a seguir pelo álcool, quando não se apresentam simultaneamente, abrindo espaço para as drogas alucinógenas e de poder destrutivo dos neurônios, do discernimento, da saúde orgânica, emocional e mental.

Nessa conceituação, o importante é o prazer, e tudo se aceita como natural, normal, alegre, mesmo que seja à custa de substâncias químicas devastadoras e de comprometimentos sexuais desgastantes.

A cultura jaz permissiva e cruel, na qual a ética e a moral são tidas como amolecimento do caráter, debilidade mental, conflito de inferioridade com disfarces de pureza, em lamentável ironia contra os tesouros espirituais, únicos a proporcionarem saúde real e equilíbrio.

Lentamente, o exibicionismo do crime que se torna legal estimula ao desrespeito às leis da vida, quando os multiplicadores de opinião e pessoas ditas famosas, mais pela exuberância do desequilíbrio do que pela construção edificante, apresentam-se na mídia para narrar as experiências dolorosas dos abortos praticados, das traições conjugais, das mudanças de parceria em adultérios chocantes ou relacionamentos múltiplos e promíscuos, como sendo os novos padrões de conduta.

Marchando para a decrepitude que não demora para se lhes instalar no organismo gasto nas futilidades e na corrupção,subitamente se dão conta de que se encontram no exílio, ao abandono, no esquecimento, graças ao surgimento de outros biótipos mais ousados e paranóicos, experimentando remorso e fazendo lamentáveis quadros de depressão tardiamente.

A medida que a velhice lhes devora a vitalidade orgânica e a morte se lhes avizinha, quando os não surpreende nos bacanais, nas overdoses, na luxúria e no despautério, desesperam-se e buscam novos escândalos para serem notícias que desapareceram da mídia que os explorou e consumiu, logo se apagando no silêncio do anonimato ou sendo estigmatizados pelos novos deuses de ocasião.

Nesse ínterim, manifestam-se os transtornos psicológicos, nas áreas da afetividade, da conduta, das emoções. Sem as necessárias resistências morais para os enfretamentos naturaisque ocorrem com todos os seres vivos, apegam-se à negativa, posição cômoda para justificar a falta de valor íntimo, permitindo que a sombra lhes passe a governar os sentimentos angustiados.

Abre-se-lhes, então, a comporta emocional para a fuga psicológica e a transferência de responsabilidade para os outros, variando de algoz e sempre culminando no governo, em Cristo ou mesmo em Deus. Essa conduta resulta da necessidade de realizar a compensação interna, libertando-se do auto enfrentamento para se transformar em vítima da família, da sociedade, da vida.

O significado da existência encontra-se também no transcurso em que se viaja na direção da meta colocada como determinante para o bem-estar. Nesse sentido, é necessário manter-se em atitude receptiva em relação aos donos do existir, retirando os melhores resultados de cada momento, sem angústia nem projeção para o objetivo pelo qual se luta.

Qualquer indivíduo que aspira ao bem e ao amor trabalha-se interiormente e recorre aos relacionamentos afetivos ou não, experimentando satisfação a cada momento, porque a experiência da ambos os sentimentos transforma-se em alegria de viver pelos conteúdos de que se revestem.

Há muita coisa no mundo da ilusão de que não se tem necessidade. Nada obstante, o apego egoico às quinquilharias, às quais se atribui valor, atormentam o ser que as não possui,levando-o a uma permanente inquietação para aumentar a posse, acumulando inutilidades em detrimento dos bens internos que enriquecem a vida.

A preocupação em consumir é contínua, sem valorizar realmente as bênçãos de que se encontra investido na saúde, na lucidez mental, nos movimentos harmônicos, na afetividade compensadora. Seria ideal que cada um que desperta para os bens imateriais possa afirmar, sorrindo: “Quanta coisa eu já não necessito! Agradeço, portanto, a Deus, a dádiva de haver superado essa fase da minha existência.”

Vencendo o conflito e o transtorno psicológico, a emoção gratulatória assoma e a satisfação existencial toma sentido no constructo pessoal. Quando surgem os pródromos da gratidão, mesmo diante do que se considera falta ou insucesso, percebe-se a conquista da normalidade emocional e mental do indivíduo.

Anteriormente, as cidades celebrizavam-se pela presença das suas catedrais, cada qual mais suntuosa, demonstrando o poder e a grandeza da urbe. Na atualidade, aqueles santuários vêm sendo substituídos pelos shoppings centers e pelos motéis atraentes e perversos.

Houve de alguma sorte, a superação da beleza, da arte, da fé religiosa, mesmo que arbitrária anteriormente, para o consumismo, o tormento das aquisições e o relaxamento no prazer sexual de origem duvidosa e de efeitos perturbadores.

Em razão disso, surgem as crises, cada uma delas mais vigorosa,até o momento em que o indivíduo desperta para a mudança interior, agradecendo aquilo que lhe constituiu desventura e o despertou para a realidade.

Pessoas que tiveram morte clínica e retornaram, que estiveram a um passo da desencarnação por acidentes, que foram vítimas de ocorrências danosas, de perdas significativas, logo superado o período de aflição, mudam de conceituação a respeito da vida e dos seus valores. Tornam-se agradecidas ao que lhes aconteceu.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Lei de Causa e Efeito x Lei de Ação e Reação Revista Internacional de Espiritismo Rodrigo Machado Tavares

Todos nós vivemos neste universo infinito, criado por Deus, o nosso Pai. Conseqüentemente, tudo e todos estão sujeitos às Leis de Deus (ou como ainda falam alguns: às leis da natureza).

Essa verdade é muito bem explicada pelos ensinamentos espíritas, particularmente, através dos seguintes livros da Codificação Espírita (Pentateuco Espírita), a saber: O Livro dos Espíritos (Livro Primeiro – das Causas) e A Gênese (Capítulo II).

Uma dessas “leis naturais” é a conhecida Lei de Ação e Reação, a famosa terceira lei de Newton. Tal lei nos ensina que: para toda força aplicada de um objeto para outro objeto, existirá outra força de mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto.

Em outras palavras, a Lei de Ação e Reação nos diz que, para cada ação, existirá uma reação oposta e de mesma intensidade.É oportuno salientar que as Leis de Newton são somente aplicáveis para os movimentos nos quais as velocidades dos objetos/corpos em deslocamento são bem menores do que a velocidade da luz.

Por essa razão, a Física Quântica e a Teoria da Relatividadeestão sendo usadas para a compreensão dos movimentos de objetos/corpos nos mundos microcósmico e macrocósmico. Em resumo, a própria Lei de ação e reação não é adequada para descrever certos fenômenos, na esfera material dentro do planeta Terra.

Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil, através da Doutrina Espírita, no século XIX. Essa lei é bem discutida nos livros da Codificação Espírita, sobretudo nos seguintes livros: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno.


O conhecimento da Lei de Causa e Efeito é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus. Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor.

Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeitopode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, conseqüentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.

Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas: A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação, aquela lei de Isaac Newton.

Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Ação e Reação, pois nada é por acaso. Baseados nisso, podemos nos perguntar: 1) essas leis são sinônimas? 2) se são, por que são? 3) se não são, qual é a implicação direta e/ou indireta de se pensar que essas leis são iguais? 4) qual é a relação entre essas duas leis?

Esses tipos de questionamentos podem ser bastante comuns, especialmente quando se está começando a estudar os ensinamentos do Espiritismo. Tendo isso em mente, nósdevemos sempre relembrar o que o Espírito de Verdade nos disse: Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.

É interessante observar que o Espírito de Verdade incluiu um segundo mandamento: a instrução, que claramente não é mais importante que o Amor, contudo deve também ser um objetivo de todos nós, espíritas.

Sir Isaac Newton publicou o seu trabalho sobre as Leis do Movimento, em 1687. Já a idéia sobre a Lei de Causa e Efeito nos foi dada no século XIX, com o advento do Espiritismo.

Dessa forma, é razoável pensarmos que a maioria de nós é (ou era) possivelmente mais familiarizada com a Lei de Ação e Reação do que com a Lei de Causa e Efeito. Isso pode ser afirmado, levando-se em consideração que todos nós somos seres imortais e, sendo assim, já ouvimos falar e aprendemos sobre a Lei de Ação e Reação muito mais que sobre a Lei de Causa e Efeito.

Sendo assim, poderíamos dizer que o entendimento da Lei de Causa e Efeito é algo razoavelmente novo, aqui na Terra. Além do mais, o seu conceito é ainda “restrito”, ou melhor, mais e melhor difundido entre nós, espíritas.

Seguindo essa linha de pensamento, muitos de nós, quando iniciamos os nossos estudos espíritas, muito possivelmente, ao aprendermos novos conceitos (incluindo a Lei de Causa e Efeito), fazemos comparações, analogias, associações etc., a fim de que possamos tê-los mais claros, em nossas mentes.


Por exemplo, é muito comum, durante o processo de aprendizagem, usar um objeto de comparação, para poder explicar o objeto de estudo. Seguindo esse pensamento, o objeto de estudo é a Lei de Causa e Efeito, e o objeto de comparação é a Lei de Ação e Reação.

Apesar da associação entre essas duas leis ser feita durante a aprendizagem, não é correto dizer que as mesmas sejam as mesmas leis. Ao dizer que essas duas leis são a mesma coisa, estamos a assumir que o objeto de estudo é a mesma coisa que o objeto de comparação e vice-versa.

Tal afirmativa pode nos levar a perceber a sentença “nada é por acaso”, de forma incorreta. Como consequência disso,existe uma possibilidade de se criar uma “teoria de fatalismo divino”, a qual não tem nada a ver com os ensinamentos espíritas. É recomendável a leitura do Capítulo 10 (Lei de Liberdade), de O Livro dos Espíritos.
Por essa razão, é correto afirmar que a Lei de Causa e Efeitonão é a Lei de Ação e Reação. Claramente, tais leis têm um princípio semelhante: entretanto são leis diferentes.

A semelhança entre essas leis se baseia no fundamento de que,para cada ação, existirá uma reação; e para cada causa, tem-se um efeito. Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida; entretanto, as maneiras como a Lei de Causa e Efeito e a Lei de ação e reação se processam são completamente diferentes.

Lei de Ação e Reação: Natureza: Binária; Característica: Lei física; Processo: Não Complexo; Predictabilidade: Determinado; Aplicabilidade: Corpos/objetos dentro de certas condições, no mundo material, no planeta Terra; Dependência do tempo: Imediata; Fatores de dependência: Limitada.

Lei de Causa e efeito: Natureza: não Binária; Característica: Lei moral (lei não-física); Processo: Complexo; Predictabilidade: Variável; Aplicabilidade: Relações intrapessoais e interpessoais, em ambos os mundos, material e espiritual, não só na Terra, como possivelmente no Universo como um todo; Dependência do tempo: Variável; Fatores de dependência: Muitos.

Como é possível observar, as duas leis são completamente diferentes. Sendo assim, nós devemos estar cientes disso. Isso é oportuno de ser dito, porque nada é por acaso, mas cada caso é um caso.

Seguindo, então, essa lógica, nós não devemos tentar“adivinhar” as possíveis causas dos efeitos, sobretudo, quando as circunstâncias são completamente desconhecidas e, em especial, se o conhecimento dessas causas não nos adicionará algo de importante para a nossa evolução.

Por exemplo, nós não devemos conjecturar as causas que geraram as atuais situações (efeitos) as quais nossos irmãos estão a vivenciar.

De outra maneira, estaríamos a julgá-los, e isso seria contra os ensinamentos do nosso Mestre Jesus (Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados – Lucas 6,37).

Nós não devemos – nem tampouco nos punir – através dos sentimentos de culpa pelas decisões menos sábias as quais tomamos e/ou pelos “sofrimentos” pelos quais passamos.

Contudo, devemos, sim, evitar cometer os mesmos erros do passado, buscando sempre refletir, antes de quaisquer de nossas ações (o que inclui também os nossos pensamentos).

Nós não devemos “culpar” Deus, nem o governo, nem nossos familiares ou amigos pelos nossos erros ou sofrimentos”, em nossas atuais existências. Se agirmos assim, estamos, de forma indireta, afirmando que a Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação.

E, ao afirmarmos que tais leis são a mesma coisa, é promover, de forma inconsciente, a doutrina ilógica do fatalismo.
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave.

Nós devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o nosso próximo. Essa é a forma de se amar a Deus, tão bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra, e, agora, tão bem explicada pelo Espiritismo.

Esta matéria foi publicada, em inglês, na The Spiritist Magazine (TSM) - (http://www.thespiritistmagazine.com/). O autor, em Londres, Inglaterra, participa do Sir Willian Crookes Spiritist Society.

domingo, 28 de setembro de 2014

Colônias Espirituais Gilberto Schoereder Revista Espiritismo e Ciência

Um dos temas mais interessantes e complexos do Espiritismo é o das colônias espirituais. É um assunto que antecede o Espiritismo em milhares de anos, mas que ganhou uma amplitude inédita após as narrativas do livro “Nosso lar”.

O conceito de que nosso mundo é composto por várias e diferentes camadas de realidades não é novo. As mais antigas civilizações do planeta já se referiram a isso de diversas maneiras, com descrições que variavam de acordo com as crenças e as culturas que as elaboraram.

Da mesma forma, também foram diferentes as maneiras pelas quais as descrições de outros planos de existência chegaram até os encarnados: visões, revelações, sonhos, êxtases, encontros com entidades superiores, psicografias, canalizações.Os meios mudam, mas muitas vezes as descrições têm muito em comum.

No Espiritismo, as descrições das colônias espirituais – tais como a mais conhecidas de todas, “Nosso Lar” – têm lugar de destaque em muitas obras, sendo fornecidas pelos Espíritos para os médiuns.

O conhecido divulgador da Doutrina Espírita e autor Richard Simonetti concorda que essa realidade espiritual envolvendo colônias, cidades ou moradias, está presente nas informações prestadas por médiuns em todas as culturas.

Mas, ele diz, sempre de forma nebulosa e fantasiosa. Nunca de forma tão clara e precisa quantos nos ofereceu André Luiz, pela incomparável mediunidade de Chico Xavier.

Marcel Mariano, vice-presidente da FEEB (Federação Espírita do Estado da Bahia), também destaca a importância da obra “Nosso Lar” (1944, FEB). Ele diz que devemos entender as colônias espirituais como os aglomerados urbanos situados fora do plano material no qual se encontram os encarnados.

Esses núcleos estão para os espíritos desencarnados como as grandes cidades estão para nós. Sempre ouvimos essa ou aquela referência a essas colônias, até porque quem nelas esteve e morou quando na erraticidade traz vaga lembrança, desejoso de para ela voltar quando da desencarnação.

Alguns livros do século 19, de natureza mediúnica, já se referiam a tais adensamentos de seres desvestidos do corpo, mas foi tão somente com a obra de “Nosso Lar”, de autoria espiritual de André Luiz, pelo médium Chico Xavier, que o assunto ganhou uma dimensão doutrinária em nosso movimento.

Allan Kardec a elas se referiu sutilmente, conforme se pode observar pela questão proposta por ele aos Espíritos Codificadores, na questão 234 de “O Livro dos Espíritos”. O dirigente baiano também disse que existe diferença entre as colônias espirituais citadas no Espiritismo e cidades espirituais semelhantes mencionadas por outras doutrinas ou religiões.

A diferença existe, diz Mariano, e gira em torno do desdobramento, de onde esta se situa, e como funciona, o que foi feito magistralmente por André Luiz na obra já referida. As muitas citações deixam claro que elas existem, diferindo apenas pelo canal por onde vazam esses informes, que podem ser genéricos ou específicos.

Na questão 234 de “O Livro dos Espíritos”, à qual Marcel Mariano se referiu, Kardec pergunta se existem de fato mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes. A resposta é que eles existem, mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que podem servir-lhes de habitação temporária, campos nos quais possam descansar de uma erraticidade demasiada longa.

São, entre os outros mundos, posições intermediárias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.

O pesquisador, escritor e médium Eurípedes Kuhl entende que pode haver alguma semelhança entre as cidades citadas pelo Espiritismo e aquelas, por exemplo, da Grande Fraternidade Branca. Não posso afirmar categoricamente que as colônias espirituais citadas na literatura espírita sejam as mesmas referidas em outras fontes, diz Kuhl.

No entanto, nada me objeta refletir e deduzir que sim, de alguma forma assemelham-se, em parte, como a citação de esferas (degraus) espirituais, na psicosfera terrena, nas quais habitam espíritos bons e maus.

As diferenças existentes decorrem da diversidade, não só da forma de expressão humana para registrar acontecimentos, quase sempre eivada de animismo, mas principalmente em razão da cultura dos diversos povos, ao longo da história, além dos fundamentos de cada corrente do pensamento religioso.

Via de regra proclamando existência terrena única e “juízo final”, ao passo que a Doutrina dos Espíritos, e não apenas ela, professa a reencarnação – vidas sucessivas – como forma individual (por merecimento) de alcançar o progresso moral e a felicidade.

Baseando-se no livro “Colônias Espirituais”, de Lúcia Loureiro, Eurípedes levanta exemplos na história de referência a colônias espirituais – também chamadas cidades ou moradas espirituais,entre outras designações.

Os Egípcios (por volta do ano 2100 a.C.) consideravam que os mortos seriam julgados diante de Osíris (deus do mundo infernal e juiz dos mortos); daí, os bons iriam para locais venturosos e os maus, para lugares tenebrosos, sem luz e sem alimentos, para sempre. Os Persas (1500 a.C.) proclamavam mais ou menos as mesmas condições dos egípcios, com a diferença de que no fim até os maus se salvariam.

Para os Gregos (500 a 400 a.C.), os bons – os deuses – estavam no Olimpo; quanto aos demais, após a morte haveria um julgamento presidido por “Hades” (um dos 12 deuses do Olimpo, senhor das profundezas subterrâneas, os infernos); os bons iriam para os “Campos Elíseos”, mansão dos bem-aventurados; os ímpios eram atirados ao “Tártaro” (lugar de expiação).

Sócrates e Platão filosofavam (intuíam) que as almas, após permanecerem por algum tempo no Hades, retornariam à vida terrena (antecedentes da reencarnação). Jesus declarou sumariamente a existência de “muitas moradas na Casa do meu Pai”.

Dante Alighieri (1265–1321), de acordo com o pensamento da idade Média, afirmou, na “Divina Comédia”, que na semana Santa do ano de 1300, desdobrou-se espiritualmente e, após atravessar os nove círculos do inferno, viu como é a vida no mundo do Além.

Emmanuel Swedenborg (1688-1772), sueco de grande cultura, precursor do Espiritismo, narrou ter recebido revelações espirituais. Numa delas, descreveu a visão que teve do mundo espiritual, citando, entre tantos detalhes, a existência de cidades, palácios, casas, livros, etc.

Eurípedes também se referiu ao fato de Kardec ter tocado levemente no tema das colônias ou cidades espirituais. Allan Kardec, de fato, foi econômico quanto a citações referentes a cidades espirituais, diz Kuhl, no entanto, relacionando ainda outra questão de “O Livro dos Espíritos”, a de número 86, na qual os Espíritos informam claramente que “... é incessante a correlação entre o mundo espírita (espiritual) e o mundo material.

Segundo Kuhl, infere-se daí que no plano espiritual há cidades e tudo o mais que temos aqui. “Sem pieguismos, minha ilação é que lá tem muito mais do que aqui.”

Posteriormente, segundo nos explica Eurípedes, Kardec deixou pequenas notas sobre habitações espirituais. Por exemplo, na “Revista Espírita”, de agosto de 1868, refere-se a cidades na espiritualidade, com comentários sobre habitações em Júpiter, com moradas e edifícios para varias finalidades. E em “O Céu e o Inferno”, registra o depoimento do Espírito da condessa Paula, dando conta das moradas aéreas, iluminadas por cores sublimes.

Para Simonetti, ainda que não existam descrições detalhadas sobre colônias espirituais na obra de Kardec, ele não ignorava sua existência, já que a condição gregária, isto é, a necessidade de conviver para evoluir, é uma característica  do espírito imortal. Não teria sentido imaginá-lo a viver de forma solitária na espiritualidade. Marcel Mariano entende que Kardec preocupou-se mais com a situação do Espírito no além do que como o lugar em que ele estava situado.

O presidente da Funtarso (operadora da Rádio Rio de Janeiro), Gerson Simões Monteiro, lembra que as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade são graduais e, assim, em 1857 eles não poderiam falar de comunidades de Espíritos habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera terrestre.

Quando estive pessoalmente com Chico Xavier em sua casa em Uberaba, nos idos de 1980, diz Gerson, ele me contou que quando estava psicografando o livro “Nosso Lar” foi tachado de “médium fascinado”. Ele mesmo estava meio confuso com toda aquela situação.

Certa noite, o Espírito André Luiz levou-o em desprendimento num ponto bem acima da cidade de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima a cidade e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. E, nesse momento, esclareceu-me ainda que o que ele viu naquela noite está exatamente no mapa desenhado no livro “Cidade no Além, 1983” pela médium Heigorina Cunha.

Essa médium comprovou a existência da cidade em desdobramento espiritual durante o sono, explica Gerson Simões. Ao despertar no corpo, Heigorina desenhava o que via em suas visitas durante a emancipação de sua alma ao dormir, retratando jardins, avenidas, prédios e até a planta baixa da cidade, que abriga cerca de um milhão de espíritos desencarnados. Esses desenhos estão reunidos no livro “Cidade no Além”.

Com relação a essas colônias, lembra Eurípedes, deve-se considerar também que os Espíritos que habitam a espiritualidade são agrupados segundo o grau individual de evolução moral, sintonia, simpatias, objetivos, habilidades, tendências, hábitos, suas necessidades de aprendizado, de evolução moral. Assim, é de se imaginar que podem existir colônias espirituais que reúnam apenas determinados tipos de Espíritos. Podem existir até mesmo colônias “do mal”.

Espíritos trevosos, portanto infelizes, explica Kuhl, reunidos em falanges, constroem cidades no mundo espiritual, onde exercem tirania, subjugando incautos. Como por exemplo, citamos o capítulo II da obra “Libertação” (1949, FEB), do autor espiritual André Luiz, com psicografia de Chico Xavier.

Ainda, no capítulo XIV a impressionante descrição de uma cidade espiritual estranha, comandada por infortunado quanto poderoso governador: naquela cidade residem centenas de milhares de espíritos alienados e doentes. Construções no mundo espiritual, para o bem ou para o mal, obedecem ao manejo da vontade e do pensamento do espírito (O livro dos Médiuns, capítulo VIII e a Gênese, capítulo XIV, item 13).

Marcel Mariano segue pela mesma linha de raciocínio, lembrando a mesma obra “Libertação”, além de “Sexo e Obsessão” (Leal), de Manoel Miranda psicografado por Divaldo Franco:

“Entendemos, à luz dos ensinamentos espíritas, que os Espíritos formam colônias ou aglomerados de convivência no mais além, atraídos pela afinidade de propósitos, de sentimentos, o que nos leva a admitir a existência de colônias somente de suicidas, de sexólatras, de toxicômanos, e por aí vai. E, nessa linha de raciocínio, é igualmente admissível conceber cidades ou agrupamentos espirituais inteiramente dedicados ao mal”.

Gerson Simões Monteiro acredita que devam existir milhares de colônias em torno da Terra, cada uma reunindo Espíritos afins, de acordo com a raça, religião, cultura, progresso moral, etc. “Admitindo-se que em torno da Terra vivam cerca de 13 bilhões de Espíritos desencarnados, e dividindo por um milhão, tomando por base a população de “Nosso Lar”, teremos no mínimo 13 mil colônias espalhadas por toda a psicosfera terráquea”.

Um exemplo que fundamenta o ponto de vista de Gerson é o livro “Quando se pretende falar da vida” (1984, GEEM), citado por ele. Na obra, “o jovem de formação israelita Roberto Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, enviou 22 mensagens pelo médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, relatando para a mãe o seu desligamento do corpo, ele fala da ajuda de seu avô, Moszek Aron, o qual, ao pronunciar as palavras “leshaná habaá bi-Yerushalayim”, tranqüilizou-o, fazendo com que dormisse como uma criança”.

Ao acordar, seu avô levou-o ao encontro de outros espíritos amigos e, numa reunião, teve a oportunidade de fazer muitas perguntas. Foi assim que ficou sabendo que estava em “Erets Israel” (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, uma província do espaço terrestre onde se erguia uma cidade luminosa dos profetas. Ele explicou ainda que não queria dizer que estava numa cidade privilegiada, uma vez que outras nações também possuem essas cidades nas esferas que cercam o planeta.

Richard Simonetti também fala em números altos ao imaginar a quantidade de colônias que podem existir no planeta. Se considerarmos, diz ele, consoante informações do médium Chico Xavier, que a população global do planeta é perto de 25 bilhões de espíritos em evolução e que estão encarnados aproximadamente 6 bilhões e 700 milhões, será fácil concluir que há incontáveis colônias nos vários níveis espirituais do planeta.

Para Eurípedes Kuhl, são tantas as citações sobre essas colônias que imagino inviável quantificá-las. Numa comparação tosca, da qual me penitencio, cito que apenas no Brasil temos mais de cinco mil Municípios, além de uma infinidade de pequenos povoados, muitos deles sem registro nos mapas.

E no mundo? E quanto a localização dessas colônias, Eurípedes entende que só pode se saber por dedução. Considerando-se notícias vindas do Plano Maior, parece-me que, na maioria dos casos, a cada cidade terrena há uma correspondente espiritual, situada logo acima da respectiva psicosfera.

Já Marcel Mariano entende que “toda informação que indique o lugar onde uma colônia está situada, quantos habitantes possui, quantas são e como é sua estrutura político- administrativa, é matéria de fé. Pode ser rejeitada. Ninguém é obrigado a aceitar como verdade uma informação somente porque ela é de origem mediúnica. Sob hipótese alguma vou lançar fora o bom senso que deve presidir meu senso crítico, como nos recomendou Kardec.

Posso aceitar essa ou aquela informação, mas não posso prová-las materialmente. É o caso de “Nosso Lar”, que aceitamos genericamente em nosso movimento por estar lastreada pela idoneidade moral de Chico, calcada numa vida ímpar, de abnegação e desinteresse levados ao extremo em favor do próximo. Exercitemos a liberdade de pensamento acima de tudo.

Com relação às provas materiais, Eurípedes Kuhl segue pelo mesmo caminho que Marcel Mariano, entendendo que elas não existem, mas ao mesmo tempo salientando que as provas espirituais são infinitas, com lastro na fé raciocinada. Algo assim como um sofisma, ele diz, que me permito: “nunca fui ao Japão, no entanto tenho certeza absoluta de que a sua capital é Tóquio”.

Simonetti lembra que a prova está no que Kardec chamava de universalidade dos ensinos. Se, por intermédio de vários médiuns confiáveis, diz Simonetti, recebemos notícias idênticas sobre o assunto, temos aí a evidência de que existem colônias espirituais. Obviamente, é uma prova para quem a aceita. Até hoje há quem não aceite as evidências de que os americanos foram à Lua e, na Inglaterra, há uma sociedade cujos membros não acreditam que a Terra é redonda.

Marcel Mariano lembra que fotos obtidas pelo sistema VIDICOM já estão trazendo aspectos de residências e de abrigos no mundo espiritual. Essa palavra foi criada pelo pesquisador Klaus Schreiber, ao que se sabe em 1985, quando ele idealizou um sistema de comunicação com o mundo dos espíritos ou transcomunicação instrumental, com vídeo.

Consistia basicamente numa câmera em um tripé filmando a tela de uma televisão, sintonizada num canal sem imagens. Ou seja, filmava-se o “chuvisco” e, posteriormente, o filme era passado em velocidades menores; em alguns casos, são detectadas imagens.
Aguardemos, diz Marcel, que esta área da ciência experimental avance um pouco mais e nos traga confirmação desses informes de natureza mediúnica, sobretudo pela psicografia. Até lá, poderemos até acreditar, mas somente saberemos com o aval da ciência.

Gerson Simões Monteiro lembra que, se Allan Kardec precisasse da confirmação da ciência sobre a existência da alma ou da reencarnação para publicar “O Livro dos Espíritos”, estaríamos esperando o pronunciamento oficial até hoje. Não podemos perder de vista o aspecto revelador do Espiritismo, ele explica, que se antecipou ao conhecimento humano a respeito da existência da alma, da reencarnação, até mesmo a do perispírito.

Um exemplo dessa antecipação propiciada pelo aspecto revelador do Espiritismo, segundo apresenta Gerson, é ocaso da existência de água no solo de Marte. Desde de 1939, ele explica, o espírito “Humberto de Campos”, pelo médium Chico Xavier, no livro “Novas Mensagens”, fala dessa existência. No entanto, somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação da obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado.

Agora, em 31 de julho de 2008, com a sonda Phoenix, o cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou que eles tinham evidência de gelo. Se para “tocar” em coisas materiais, a ciência humana levou mais de 60 anos, o que dirá para “tocar” coisas da dimensão espiritual, no caso, as colônias espirituais, como também chegar à conclusão de que a alma existe e que ela reencarna várias vezes?.

É preciso lembrar que Allan Kardec, em “A Gênese”, ao tratar dos Caracteres da Revelação Espírita, esclarece: “A revelação Espírita, por sua natureza, tem uma dupla característica: é ao mesmo tempo uma revelação Divina e uma revelação científica”.Portanto, o ônus da prova das revelações feitas pelos Espiritismo cabe à ciência humana, e não ao Espiritismo”.

sábado, 27 de setembro de 2014

Colônias Espirituais no Brasil


Falaremos hoje sobre as colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mas antes de falar sobre elas nós iremos explicar um pouco sobre o que é uma colônia espiritual.

Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.

Vamos citar nessa postagem algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mostraremos sua localidade e sua função como colônia espiritual, vamos a elas:

- Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

- Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.

- Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

- Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e conhecidos como “filhos do arco-íris”.

Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.

- Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.

- Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

- Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

- Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos.

- Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, Sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no períspirito.

- Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.

- Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte centra de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspirito.

- Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista. Entre elas destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.

- Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

- Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

- Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta Comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.

- Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

- Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.

- Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, esta Comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.

Além destas temos outras, como:
Nosso Lar
Colônia Socorrista Moradia
Colônia Campo da Paz
Casa Transitória de Fabiano
Colônia Redenção
Colônia da Música
Colônia Espiritual de Eurípedes Barsanulfo
Colônia Alvorada Nova
Colônia Casa do Escritor
Colônia Triângulo, Rosa e Cruz
Sanatório Esperança
Moradias
Colônia Porto da Paz
Instituto de Confraternização
Espírito Meimei
Colônia A Cruzada
Colônia Gordemônio

Espero que tenham gostado dessa portagem, para entenderem melhor o que é uma colônia espiritual, recomendamos que assistam ao filme Nosso Lar, ou se preferirem leiam o livro Nosso Lar, ambos são excelentes. Fiquem com Deus! Deixem Comentários!
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É bom lembrar...
Que as cidades espirituais que se localizam mais próximas a terra, normalmente são planos transitórios. Existem outros planos superiores e também inferiores.
Nas colônias os espíritos aprendem a se desligar da matéria, alguns lentamente, outros com uma adaptação mais depressa. Cada espírito é um espírito, e seu tempo em determinada colônia, em um plano inferior ou em até mesmo quando reencarnado é relativo.
Nas colônias existem animais, pois eles são princípios espirituais que estão a caminho da evolução, da mesma forma que nós procuramos progredir. Eles também reencarnam e são bem utilizados, cuidados e amados no mundo espiritual. ]
No Brasil existem mais colônias do que as mostradas aqui. Este é um trabalho que pretende mostrar uma pequena noção do que é e como se localizam as colônias e moradas. Como disse nosso mestre Jesus: "Há várias moradas na casa do meu pai."
Além das colônias que foram criadas recentemente, existem colônias Indígenas. Apesar disso não existe colônias para católicos, separados dos espíritas, assim como não se separam celebridades e fãs, todos somos iguais, apenas diferenciados pelo nosso pensamento, não pela cor ou pelo credo. Mas devemos lembrar que os espíritos mantém sintonia, seja com o bem ou com o mal, isso é que definirá onde irá se encontrar.
Lembrando que existem colônias especializadas em desenvolvimento tecnológico, existem as que preparam trabalhadores para trabalharem nos Grupos Espíritas e em outros núcleos também que trabalham com amor e para o amor, como as casas de Umbanda. Tem colônias que trabalham como pronto-socorro e outras como grandes editoras, espíritos que trabalham para trazerem obras magníficas para nós encarnados.
Espero ter ajudado e não confundido.
Abraços irmãos, fiquem com Deus."