quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ESCOLHA PROFISSIONAL NA VISÃO ESPÍRITA

1 – A vocação profissional é fruto da escolha do Espírito antes de reencarnar?
Pode ser. Há Espíritos que planejam cuidadosamente as atividades que pretendem desenvolver. Desde a infância revelam preferência por determinada profissão, envolvendo a opção feita. O menino que estima brincar de médico, bem como a menina que aprecia imitar a professora, oferecem pistas reveladoras dos compromissos que assumiram.
2 – Há escolas no plano espiritual?
Há escolas em todos os planos da Criação. A educação é o maior de todos os recursos evolutivos. Em cidades como Nosso Lar, segundo André Luiz, no livro homônimo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza-se o preparo dos Espíritos para a reencarnação, envolvendo, dentre outros aspectos, a atividade profissional.
3 – Existe uma adequação física para a profissão escolhida?
Isso é fundamental. O professor deve ter fluência, facilidade de expressão; o neurocirurgião, habilidade manual, sistema nervoso bem ajustado; ouvido afinado o músico; mãos fortes o trabalhador braçal; pernas ágeis o jogador de futebol. Tudo isso pode ser preparado na estrutura perispiritual e na combinação dos elementos hereditários, a partir da interferência de técnicos da espiritualidade, quando ocorre a fecundação do óvulo, dando início ao processo reencarnatório.
4 – A facilidade para determinada atividade sempre indica uma profissão escolhida na espiritualidade?
É indicativo de que a pessoa tem experiência no ramo. Encontramos excelentes profissionais em determinada área, que revelam vocação para atividades alheias à sua profissão: um médico muito hábil em lidar com marcenaria ou engenheiro que é excelente músico. Significa que já estiveram vinculados a essas atividades. Hoje, a própria dinâmica da evolução impõe que diversifiquem suas experiências, adquirindo novas aptidões.
5 – Por que a maior parte dos jovens encontra grande dificuldade para escolher uma profissão?
É que não chegaram a defini-la previamente, na Espiritualidade. Deverão vincular-se a determinada atividade que guarde compatibilidade com suas tendências, desejos e experiências anteriores.
6 – Quem reencarna com planejamento prévio não é um protegido?
Semelhante tendência é característica das sociedades humanas. Na espiritualidade prevalece sempre o merecimento. Se alguém tem a oportunidade de um melhor preparo para a reencarnação, deva-se aos seus méritos e à natureza da tarefa que pretende desempenhar. Considere-se, também, que sua responsabilidade será maior, já que, como ensina Jesus, mais será pedido àquele que mais recebeu.
7 – Os Espíritos que reencarnam com uma profissão definida não levam vantagem, não obterão maiores facilidades?
Digamos que é o corredor que sai na frente, mas a jornada é longa. O que pesa mesmo é a dedicação, o esforço, a vontade de vencer. Como diz Amado Nervo, nem sempre o que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança, mas o que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente.
8 – Como enfrentar essa fase de incertezas, em que o jovem deve optar por uma profissão que ainda não definiu?
Infelizmente essa opção tem que ser feita na faixa dos dezesseis aos dezoito anos, período de muitas incertezas para o Espírito reencarnado. Podem ajudá-lo os testes vocacionais, o contato com as atividades profissionais (sei de um jovem que descobriu sua vocação trabalhando como voluntário em grupo de assistência a hospitais; outro optou pelo magistério, a partir de uma experiência com evangelização infantil), o debate com professores e, sobretudo, a confiança em Deus e a oração. Quem ora contrito, consciente da presença divina, sempre colherá a orientação precisa do que deve fazer, que caminhos deve trilhar em relação a todas as atividades humanas. Isso inclui a profissão.


RICHARD SIMONETTI

terça-feira, 29 de novembro de 2016

LIÇÕES DO TEMPO


Todos nós, na terra, encarnados e  desencarnados, com vínculo no Planeta, estamos no educandário da evolução.
De um modo ou de outro, todos somos discípulos na escola do progresso.
Se te vês ao lado de companheiros ,em dificuldades maiores que as tuas, compadece-te deles e auxilia-os nas bases do entendimento e da abnegação.  Quase sempre no plano físico, semelhantes amigos se nos caracterizam na imagem de parentes ou companheiros outros , que as ligações do dia-a dia nos colocaram juntos nesta  existência. Entretanto, diante da Espiritualidade maior, são colegas de aprendizado, em aulas difíceis nas lições do tempo.
No passado próximo ou remoto, dilapidaram a própria forma, em atos conscientes de auto destruição e renasceram, mostrando no corpo que usufruem as marcas dos gestos lastimáveis, perpetrados por eles contra eles mesmos. Entregaram-se em existências outras, a traumas de ódio e delinquências , complicando os  caminhos dos semelhantes e retornaram ao berço terrestre, assinalados por enfermidades de longo curso, em que lhes sanam, gradativamente, as chagas mentais, adquiridas em processos  culposos, nos quais se viram incursos. Em estradas do pretérito abusaram de corações sensíveis , arrastando-os a calamidades passionais e agora, reaparecem no mundo, suportando conflitos psicológicos que exigem muito tempo para a eliminação necessária. Em climas sociais, de muito extintos, cultivaram hábitos perniciosos e ressurgem  agora, na arena terrestre, inclinados desde a juventude, para costumes infelizes que os impulsionam a perigos constantes. Renderam-se a tentações, em experiências que já se foram, instalados entre companhias lamentáveis, que os induziram a comprida vivência nas sombras da insanidade e reencarnam agora, seguidos por largos séqüitos de irmãos transviados na perturbação, que se lhe erigem, nas estradas humanas em adversários persistentes.
Se contas com bastante discernimento para ajuizar, quanto a situação dos companheiros em problemas e obstáculos maiores que os teus, nos bancos escolares da vida, compadece-te deles, ofertando-lhes o amparo de que disponhas.
E se trazes ao mundo um fardo  de provações tão grande de que não possam com teu apoio, atenuar o rigor do currículo, de provas em que se matricularam, auxilia-os como possas e, longe de reprova-los ante o sofrimento ou a perturbação em que se mergulharam, ora por eles e confia-os a Deus, e tenhas certeza de que Deus, velando por todos nós, saberá como, quando e onde fará por todos eles o mais e o melhor.
CHICO XAVIER. Pelo Espírito: “Emmanuel”

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

MORRER É VOLTAR PARA CASA

Quando a morte chega, com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações.
Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?
Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura.
E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora.
Somos seres imortais, criados por Deus, encarnados no Planeta terra, vivendo uma experiência humana. Esta vida é apenas a continuação de tantas outras vidas. Morrer não é o fim. Morrer é simplesmente voltar casa.
Prova disso? As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las.
Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali.
O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos. Elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as leis que prevalecem são as criadas por Deus.
Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?
Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza - restituiremos à Terra os elementos que recebemos - mas o Espírito jamais terá fim.
Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.
Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.
Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.
Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa.
Com       a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma.
Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda. Pais, irmãos, filhos ou avós - não importa.
Os parentes e amigos que morreram antes estarão lá, para abraços calorosos, beijos de saudade, sorrisos de reencontro.
Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz.
Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido. Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o amor de Deus.
Depois daquele momento em que os olhos se fecharam no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra.
E dirá, suave: Vem, sê bem-vindo de volta à tua casa.
A morte tem merecido considerações de toda ordem, ao longo da estada do homem sobre a Terra.
É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre.
A morte não é pois o fim, mas o momento do recomeço.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.

domingo, 27 de novembro de 2016

QUANTO TEMPO DEMORA UM ESPÍRITO PARA REENCARNAR?


Depende da disponibilidade, vontade e da evolução de cada Espírito. O estágio na erraticidade, como denominava Kardec, a vida Espiritual, é variável. 
Podemos ficar um ano ou um milênio. Depende de nossas necessidades e opções.
Em média, ficamos mais tempo na Terra do que no Além.
Tendemos a ficar mais tempo no mundo espiritual, até por uma questão de disponibilidade reencarnatória. A população desencarnada é bem maior que a população encarnada.
Não estão equivocados os demais Espíritas que falam da necessidade de valorizarmos a experiência humana, considerando que há filas no Além, aguardando o mergulho na carne.
A evolução não está subordinada exclusivamente à vida Física. Ocorre nos dois planos. O Espírito evolui também no continente Espiritual, onde está nosso lar. (Isto também se fizer por onde, auxiliar os necessitados e não ficar na inércia).
Alguns Espíritos com graves comprometimentos Espirituais, em virtude de seus desatinos, necessitará retornar à carne em tempo breve. Um missionário, que costuma vir à Terra para sagradas tarefas em favor do bem comum, poderá permanecer séculos na Espiritualidade. (O caso do nosso saudoso Francisco Cândido Xavier). 
"Então em média, ficamos  mais tempo no mundo espiritual"?
Considerando-se não apenas a disponibilidade reencarnatória, mas também o fato de que a experiência humana funciona como um estágio escolar. O tempo que o aluno passa na escola é bem menor do que aquele que ocupa com outras atividades.
Espíritos mais amadurecidos, conscientes de suas responsabilidades, planejam a época do retorno. Espíritos imaturos são orientados e conduzidos por mentores Espirituais.
Mas e se o Espírito recusar-se a reencarnar?
Havendo necessidade premente, seus mentores providenciarão a reencarnação compulsória.
Então perguntamos? Onde fica o Livre Arbítrio? Sendo obrigado a reencarnar, não será natural que o Espírito venha a se rebelar, que não assuma suas responsabilidades"?
Provavelmente. Tanto quanto o sentenciado que não se conforma com a prisão em que foi confinado. Mas, assim como a penitenciária objetiva conter o comportamento criminoso, a reencarnação compulsória desbasta as imperfeições mais grosseiras do Espírito reencarnante. Entre "choro e ranger de dentes", segundo a expressão evangélica, ele amadurecerá; por amor ou pela dor. Enfim ele não ficará no "Bem Bom", só gozando de prazeres. Quanto ao Livre Arbítrio, está intrínseco nele suas Leis.


RuyLFreitas

sábado, 26 de novembro de 2016

EM QUE MOMENTO A ALMA SE UNE AO CORPO

— A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.
A união entre o Espírito e o corpo é definitiva desde o momento da concepção? Durante esse primeiro período, o Espírito poderia renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado?
— A união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.
Que acontece ao Espírito, se o corpo que ele escolheu morrer antes de nascer?
— Escolhe outro.
a) Qual pode ser a utilidade dessas mortes prematuras?
—As imperfeições da matéria, na maioria das vezes, são a causa dessas mortes.
Que utilidade pode ter para um Espírito a sua encarnação num corpo que morre poucos dias depois de nascer?
— O ser ainda não tem consciência bastante desenvolvida da sua existência; a importância da morte é quase nula; frequentemente, como já dissemos, trata-se de uma prova para os pais.
O Espírito sabe, com antecedência, que o corpo por ele escolhido não tem possibilidade de viver?
— Sabe, algumas vezes; mas, se o escolheu por esse motivo, é que recua ante a prova.
Quando falha uma encarnação para o Espírito, por uma causa qualquer, é ela suprida imediatamente por outra existência?
— Nem sempre imediatamente; o Espírito necessita de tempo para escolher de novo, a menos que a reencarnação instantânea decorra de uma determinação anterior.
O Espírito, uma vez unido ao corpo da criança, e não podendo mais retroceder, lamenta algumas vezes a escolha feita?
— Queres perguntar se, como homem, ele se queixa da vida que tem? Se desejaria outra? Sim. Se lamenta a escolha feita? Não, porque não sabe que a escolheu. O Espírito, uma vez encarnado, não pode lamentar uma escolha de que não tem consciência, mas pode achar muito pesada a carga. E, se a considera acima de suas forças, é então que recorre ao suicídio.
No intervalo da concepção ao nascimento, o Espírito goza de todas as suas faculdades?
— Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido, assim, de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo. A medida que o momento do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito.
No momento do nascimento, o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades?
— Não: elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos; as ideias lhe voltam pouco a pouco, como a um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir.
A união do Espírito com o corpo não estando completa e definidamente consumada, senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo uma alma?
— O Espírito que deve animar existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir.
Como se explica a vida intrauterina?
— E a da planta que vegeta. A criança vive a vida animal. O homem possui em si a vida animal e a vida vegetal, que completa, ao nascer, com a vida espiritual.
Há, como o indica a Ciência, crianças que desde o ventre da mãe não têm possibilidades de viver? E com que fim acontece isso?
— Isso acontece frequentemente, e Deus o permite como prova, seja 
para os pais, seja para o Espírito destinado a encarnar.
Há crianças natimortas que não foram destinadas à encarnação de um Espírito?
— Sim, há as que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: nada devia cumprir-se nela. É somente pelos pais que essa criança nasce.
a) Um ser dessa natureza pode chegar ao tempo norma! De nascimento?
— Sim, algumas vezes, mas então não vive.
b) Toda criança que sobrevive tem, portanto, necessariamente, um Espírito encarnado em si?
— Que seria ela, sem o Espírito? Não seria um ser humano.
Quais são, para o Espírito, as consequências do aborto?
— Uma existência nula e a recomeçar.
O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?
— Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.
No caso em que a vida da mãe estaria em perigo pelo nascimento da criança, há crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
—É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe. 
E racional ter pelos fetos o mesmo respeito que se tem pelo corpo de uma criança que tivesse vivido?
— Em tudo isto vede a vontade de Deus e a sua obra, e não trateis levianamente as coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, que, às vezes, são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.

LIVRO DOS ESPÍRITOS- ALLAN KARDEC

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ANJOS GUARDIÕES

Pelos caminhos da vida, um amigo invisível nos acompanha: nosso anjo guardião.
Designado por Deus para acompanhar nossos passos na longa jornada pela Terra, esse Espírito nos aconselha, auxilia e pacifica nos momentos de crise.
Também em nossas vitórias, quando sorrimos felizes, ao nosso lado está o divino emissário, em silenciosa prece de gratidão a Deus.
Devemos pensar nele como um irmão mais velho, um companheiro que nos dedica a amizade mais pura e desinteressada.
Estar em contato com esse bom companheiro é essencial. E podemos fazê-lo pela prece, em momentos de meditação.
Para escutá-lo, é preciso silenciar a mente, acalmar o tumulto interior. Afinal, quem consegue ouvir algo quando tudo em volta é ruído?
Assim, com a mente calma, ouviremos a voz do anjo amigo. Não será uma voz física, mas a voz interna, que ressoa apenas na alma.
Os conselhos desse amigo celeste se farão ouvir pela intuição. É que Deus não quer que o anjo guardião faça o nosso trabalho maior, que é nos tornarmos pessoas melhores.
 A nossa tarefa de auto aprimoramento é individual, intransferível. A figura do anjo guardião é um recurso que Deus utiliza para nos dar apoio. Mas a tarefa é nossa.
 E isso acontece para que cada um de nós tenha o mérito pelas boas obras e atitudes que pratica. É o nosso livre arbítrio, nossa liberdade de escolher o bem, o belo e o amor.
 Deus deseja a nossa felicidade. Ele nos dotou de força de vontade, inteligência e sensibilidade para que todos nós possamos progredir intelectual e moralmente.
 Se outra pessoa tomasse decisões por nós, qual seria o nosso mérito? Dessa forma, também não aprenderíamos as lições que a vida oferece.
O fogo da experiência nos engrandece: traz maturidade, compreensão, paciência.
Na imensa escola que é o Mundo, somos estudantes que têm deveres a cumprir, conteúdos a aprender.
Nesta escola, há outros mais adiantados, que ajudam os que estão iniciando. Esses são os anjos guardiães ou Espíritos protetores.
Eles não nos substituem, nem tomam as rédeas de nossa vida. Eles sugerem, aconselham, consolam.
E como fazem isso? Quando falamos com eles? Fazem isso por sugestão mental e pela intuição. Também nos aconselham quando estamos dormindo.
Sim, nessa hora em que estamos libertos do corpo, entramos em contato com o mundo espiritual. E nele vive nosso anjo guardião.
 Por isso os Espíritos protetores são sempre mais adiantados. É que precisamos de sua sabedoria para nos orientar. 
 São sábios, pois somente um sábio poderia respeitar o livre arbítrio quando seu protegido faz enormes tolices e sofre por causa delas.
É esse Espírito protetor que nos ouve nas horas calmas, quando aparentemente falamos para as paredes; quando lamentamos as oportunidades perdidas; quando admitimos a nossa imperfeição.
Há coisas que falamos apenas para nós mesmos. Mas Deus as ouve. E determina ao Espírito amigo que também as escute.
Nessas horas, quando a solidão nos alcança, a tristeza desaba sobre nossas cabeças e o desânimo se faz presente, o anjo de guarda nos abraça.
Enlaça a nossa alma cansada, embala o nosso sono. Suas lágrimas regam nossa estrada, seus sorrisos iluminam nossos dias. Porque a missão dessa alma generosa é seguir conosco e nos amar.
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A DOR E A EVOLUÇÃO DOS ANIMAIS

O saudoso escritor Carmo Bernardes considerava muito importante a presença de animais domésticos numa casa, em contato com as crianças.
Assim, elas crescem amando e respeitando os bichos, porque aprendem que eles sofrem tanto quanto nós mesmos - dizia o sábio regionalista.
Por que sofrem os animais? Eis aí um tema a exigir muitos e profundos estudos, aos quais a Doutrina Espírita oferece os primeiros fundamentos.
Agora mesmo, com o mal da vaca louca nas manchetes da imprensa, ficamos nos perguntando o motivo dessas epidemias que dizimam milhares e até milhões de bovinos.
A chave para a explicação pode estar no abate desenfreado de gado para alimentação humana. Ainda sem livre arbítrio, a alma animal tem necessidade do aprimoramento, num processo reencarnatório estabelecido pela Natureza. O homem o interrompe violentamente e a resposta é a doença coletiva, porque o equilíbrio natural foi abruptamente partido.
A alma animal já possui, em maior ou menor quantidade, uma relativa liberdade, e mantém a individualidade depois da morte. Ainda sem livre arbítrio, contudo, ela não dispõe da faculdade de escolha desta ou daquela espécie para renascer. Seu espírito progride, reencarnando em corpos cada vez mais capazes de lhe favorecerem condições para as primícias do raciocínio acima do instinto.
Entre o espírito do homem e os espíritos dos animais, todavia, a distância é quase do tamanho da existente entre Deus e o homem. É um mistério que a mente humana só muito lentamente aclarará.
A alma animal, que já passou pelo reino mineral, onde a individualidade não existe, evoluiu através do reino vegetal e um dia iniciará a longa caminhada da espécie humana em direção à angelitude.
Mas é muito difícil raciocinar nesses termos devido ao ranço das religiões sectárias, ao orgulho, pretensão, vaidade e egoísmo próprios da espécie humana. O egocentrismo persiste até hoje e é ele quem impede à esmagadora maioria das pessoas aceitar a existência do vida em outros planetas, embora Jesus tenha afirmado, há dois mil anos, que a casa do Pai tem muitas moradas. 
Discípulo de Herbert Spencer, Ernesto Bozzano trouxe da escola positivista o hábito de se apoiar no fato para dele tirar conclusões. Seu audacioso livro 'Os animais têm alma?' Produzido na primeira metade do século XX, é fruto de pesquisas sérias realizadas em 130 casos de aparições e outros fenômenos supranormais com animais.
No prefácio da edição brasileira de sua obra, Francisco Klors Werneck lamenta que, geralmente preocupados com outros problemas, os homens não dêem atenção a seus irmãos inferiores, aos grandes e pequenos seres da criação como cavalos, cães, gatos e outros, “como se eles também não tivessem alma, não possuíssem sentimentos afetivos e mesmo faculdades surpreendentes.”
Ele cita que alguns animais percebem a morte próxima, como cavalos e bois que se recusam a entrar no matadouro, advertidos, ninguém sabe como, do que os espera lá dentro. Animais, como os cães, se deixam morrer depois da morte de seus donos, tal a desesperada saudade que sentem deles. Um famoso cavalo de corrida se tornou de tal afeição por uma cabra que não aceitava se separar dela.
'Os animais têm alma?' Dá a entender que os cães podem ser a espécie mais evoluída na escala animal. Relata o fato surpreendente do cão que avançou ferozmente contra outro e parou sem o agredir, ao verificar que era cego. Outro, mais extraordinário ainda, do cirurgião que tratou, em sua própria casa, de um cachorro que tivera a pata esmagada. Passados doze meses, o médico ouviu estranhos arranhões na porta da rua, abriu-a e espantou-se. O cão que curara um ano antes lhe trazia um companheiro com a pata esmagada.
Fato parecido é comum na Cavalaria da Polícia Militar do Estado de Goiás, em Goiânia, onde cavalos com dor de barriga procuram por conta própria o consultório do veterinário, segundo nos contou o doutor Francisco Godinho, que ali trabalha há muitos anos.
Há uma página admirável de Emmanuel, intitulada Animais em sofrimento, na qual ele analisa o que parece injustiça: os animais, isentos da lei de causa e efeito, sem culpas a expiar por serem irracionais, padecerem sacrifícios e dores neste mundo.
O notável instrutor espiritual de Francisco Cândido Xavier considera, em primeiro lugar, ser necessário interpretar o sofrimento por mais altos padrões de entendimento. Ninguém sofre tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando recursos preciosos para a obter. Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para se instruir.
Nenhum espírito obtém elevação ou cultura por osmose, mas unicamente através do trabalho paciente e intransferível.
O animal, igualmente, para chegar à auréola da razão, deve conhecer benemérita e cumprida fieira de experiências que terminarão por lhe conferir a posse definitiva do raciocínio. Sem sofrimento, não há progresso.
Todo ser, criado por Deus simples e ignorante, é compelido a lutar pela conquista da razão, para em seguida a burilar. Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução. Dor física no homem, acrescida de dor moral, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Toda criatura caminha para ser anjo: investida na posição de espírito sublime, livra-se da dor, porque o amor lhe será sol no coração, dissipando as sombras ao toque da sua própria luz. 
Jávier Godinho

Revista Espírita Allan Kardec – nº48

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O UMBRAL


"O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos."
Narra André Luiz: "Após receber tão valiosas elucidações, aguçava-me o desejo de intensificar a aquisição de conhecimentos relativos a diversos problemas que a palavra de Lísias sugeria. As referências a espíritos do Umbral mordiam-me a curiosidade. A ausência de preparação religiosa, no mundo, dá motivo a dolorosas perturbações. Que seria o Umbral? Conhecia, apenas, a ideia do inferno e do purgatório, através dos sermões ouvidos nas cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias.
Ao primeiro encontro com o generoso visitador, minhas perguntas não se fizeram esperar. Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou:
- Ora, ora, pois você andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?
Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios de horror.
- O Umbral - continuou ele, solícito - começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Quando o espírito reencarna, promete cumprir o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa, tenha essa bênção indefinidamente adiada.
Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios espirituais, Lísias procurou tornar a lição mais clara:
- Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores. Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.
A imagem não podia ser mais clara, mais convincente. Não havia como disfarçar minha justa admiração. Compreendendo o efeito benéfico que me traziam aqueles esclarecimentos, Lísias continuou:
- O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais. Muita gente da Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece? Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível dos que trabalham com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram em mesquinhas edificações. "Nosso Lar" tem uma sociedade espiritual, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores e vagabundos de várias categorias. É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.
Valendo-me da pausa, que se fizera espontânea, exclamei, impressionado:
- Como explicar? Então não há por lá defesa, organização?
Sorriu o interlocutor, esclarecendo:
- Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você? A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe: - não obstante as sombras e angústias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. Para isso, meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual.
- Creio, então - observei -, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens.
- Sim - confirmou o dedicado amigo -, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si. O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade invisível, que se segue à humanidade visível. As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas e ondas de fumo que os defrontam, os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.
Interrompera-se Lísias. Sumamente impressionado, exclamei:
- Ah! como desejo trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão espiritual do esclarecimento!
O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente, e, depois de meditar em silêncio, por largos instantes, acentuou, ao despedir-se:
- Será que você se sente com o preparo indispensável a semelhante serviço?"

(Nosso Lar, cap. 12, André Luiz/Chico Xavier.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

OS BONS MORREM CEDO

Quando morre alguém, cuja reputação é de bondade e desprendimento, ouve-se muitos lamentos.
Frases como: Que pena, era tão bom!, somam-se a outras do tipo: Os bons vão primeiro. Os bons Deus deseja para si. Os maus ficam por aqui mesmo.
Se morre um vizinho a quem estimamos, exclamamos: Por que ele? Antes fosse Fulano, que é tão perverso.
Quando uma personalidade, cujo conceito é de maldade, até crueldade, escapa de um perigo, de um atentado, logo falamos: Se fosse um homem de bem teria morrido.
Reflexionemos a respeito dessas nossas reações. Será possível que Deus se engane em Suas deliberações?
Será verdadeiro que os bons morrem antes, permanecendo os maus para prosseguirem sua escalada de desatinos?
Basta uma breve observação e logo descobriremos que isso não é real. Se assim fosse, convenhamos, o Mundo estaria bem pior.
Ademais, todos os dias morrem pessoas jovens, que se permitiram abraçar pela droga ou se acumpliciaram com a imprudência, desaparecendo em acidentes diversos.
Quantas vezes já ouvimos as notícias da morte de astros e estrelas, no auge da juventude, da madureza e da fama?
Ao lado deles morrem sim, todos os dias, seres anônimos, bons e maus.
Estudiosos, dedicados, arrimos de família ou simplesmente criaturas que nada contribuíram para a felicidade de quem quer que seja, antes pela infelicidade.
Em verdade, salvo os casos de suicídio direto ou indireto, ninguém morre antes do tempo programado.
Aquele que parte concluiu a sua tarefa, enquanto o que permanece, por vezes, mal a iniciou.
É coerente que o primeiro se liberte e o segundo prossiga na carne.
Se um prisioneiro cumpriu toda sua pena, justo que possa gozar da liberdade. 
E para o Espírito, a verdadeira liberdade consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo.
Quando são pessoas do nosso convívio afetivo, normalmente, as vemos como as melhores do Mundo, sem defeito algum.
Por isso, quando se vão para o outro lado da vida, achamos que foram antes do tempo.
Entretanto, a Justiça de Deus jamais falha e tudo está correto.
É assim que temos sempre entre nós Espíritos dedicados. Lembramos do médium mineiro Francisco Cândido Xavier.
Serviu a Humanidade, sendo o medianeiro dos Espíritos. Corações de pais, esposos, irmãos, amigos, namorados foram consolados pelas mensagens dos seus amores. 
Mensagens vindas através das mãos da sua mediunidade.
Madre Teresa de Calcutá morreu aos 87 anos de idade. Desde a juventude dedicou-se aos pobres mais pobres, espalhando suas Casas de Caridade pelo Mundo afora.
Como eles, outras tantas vidas envelhecem no Mundo servindo ao semelhante.
Habituemo-nos a não censurar o que não podemos compreender. Muitas vezes, o que nos parece um mal é um bem.
E somente as nossas faculdades limitadas não nos permitem perceber.
Francisco Cândido Xavier psicografou mais de quatro centenas de livros.
Esses livros, publicados e republicados, em vários idiomas, continuam consolando, esclarecendo, alevantando vidas.
Madre Teresa de Calcutá deixou um legado de amor, no Mundo, com suas Casas de Caridade espalhadas por quase todos os países.
Tiveram longos anos na Terra. Mensageiros de Deus, espalharam o bem que vivenciaram todos os dias.
Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

TEMOS DATA E HORA CERTA PARA DESENCARNAR?


Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida) !
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui.André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.
Baseado na  palestra de José Raul Teixeira e de Richard Simonetti

Grupo de estudo Allan Kardec

domingo, 20 de novembro de 2016

DURANTE UMA BATALHA, HÁ ESPÍRITOS ASSISTINDO AOS COMBATES E AMPARANDO CADA UM DOS EXÉRCITOS?

541 - Durante uma batalha, há Espíritos assistindo aos combates e amparando cada um dos exércitos?
"Sim e a lhes estimular a coragem."
Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias.
542 - Estando numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta?
"Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa."
543 - Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?
"Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções."
544 - Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota?
"Podem; mas, não tem ele o livre arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma ideia falsa, sofrerá as consequências e melhor faria se obedecesse em vez de comandar."
545 - Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?
"Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama de inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que ele é dotado."
546 - No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha? 
"Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam."
Dá-se nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar moto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco se inteira da realidade.
547 - Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros?
"Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie ao seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas ideias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter."
- Continua a ouvir o rumor da batalha?
"Perfeitamente."
548 - O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação?
"Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui-lo a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhes causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida toda concentrada no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações." 
Autor

Allan Kardec   Livro dos Espíritos  

sábado, 19 de novembro de 2016

O ÚLTIMO SUSPIRO

O Último Suspiro - Desprendimento do Corpo Após a Morte
Pergunta: Quando uma pessoa morre, o espírito sai do corpo, no mesmo instante do último suspiro? Ou demora para sair? Pergunto isso, porque meu pai, quando morreu, quase no mesmo instante, foi visto por minha tia na casa dela em outra cidade. Isso é possível? 
RESPOSTA DE HERCULANO PIRES:
“Sim. Isso é possível. É possível, porque o espírito, ao se desprender do corpo, o faz de acordo com sua situação espiritual.
As pessoas que demoram a se desprender do corpo, que ficam muito tempo apegadas ao cadáver, são aquelas que viveram uma vida intensamente material. O pensamento voltado sempre para as coisas materiais, pouco se preocupando com os problemas espirituais. Então elas se sentem, naturalmente apegadas aquilo, ao que seu pensamento esteve sempre voltado. É uma questão de hábito. E têm dificuldades em se retirar do cadáver.
Mas pessoas já mais espiritualizadas, que não passaram a vida apenas para viver materialmente e que souberam elevar o seu pensamento, souberam pensar em Deus, pensar que existe outra vida e que souberam ser úteis ao próximo, dar-se a si mesmo em beneficio dos outros, ao invés de querer tudo para si, essas pessoas geralmente saem com muita rapidez.
Mal o corpo começou a perder sua vitalidade, o espírito vai abandonando-o, sai com rapidez. E pode, conforme o grau evolutivo que a pessoa atingiu no plano moral, imediatamente comunicar-se com pessoas distantes.
No caso dessa sua tia, por exemplo, poderia ter sido. Não sei se foi. Poderia ter sido um aviso de morte. Porque geralmente os espíritos fazem isso. É um dos casos, que levou a parapsicologia atual a incluir no seu esquema fenomênico, um novo tipo de fenômeno, chamado de fenômeno Teta.
Teta, quer dizer fenômenos relacionados com a morte. Porque Teta é a oitava letra do alfabeto grego, com a qual se escreve morte em grego. Então os cientistas tomaram essa letra, como designativas desses tipos de fenômenos. Os fenômenos principalmente de aviso de morte. Porque esses fenômenos foram comprovados exaustivamente pelas pesquisas para psicológicas
Hoje, cientificamente o aviso de morte é uma verdade. É uma realidade. Então nós vemos que as pessoas que morrem, podem comunicar-se com outras à distância, mostrando a elas que morreram, dando um sinal. E esse sinal consiste em aparecerem ou em provocarem um fenômeno qualquer como sendo a derrubada de seu retrato que está na parede ou outro sinal qualquer que desperta na pessoa a ideia daquela pessoa que morreu e ao mesmo tempo a relaciona com um problema que ela vai ter que solucionar. Ela vai saber o que aconteceu com a pessoa e aí descobre que morreu. De maneira que a manifestação de seu pai a essa sua tia é perfeitamente viável. ”

(PROGRAMA DE RÁDIO “NO LIMIAR DO AMANHÔ DATADO DE 22.06.1974)
Texto retirado do blog “ Espiritismo, por José Herculano Pires ”

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PORQUE OS DOENTES GRAVES AS VEZES MELHORAM E LOGO DEPOIS DESENCARNAM?

Por que as pessoas doentes as vezes melhoram e logo depois desencarnam?

Em caso de doença, o processo de Desligamento do doente ocorre mais lentamente. Por vezes acontece que as equipes socorristas iniciam o processo de desligamento, mas os parentes estão junto ao doente e vibram tão intensamente para que este fique bom, que dificultam muito o seu processo de desligamento. Para resolver esta situação, os socorristas fazem com que o doente tenha uma repentina melhora. Desta forma os familiares ficam aliviados e afastam-se, continuando as suas tarefas diárias. Neste momento, os socorristas podem retomar o processo de desligamento e o doente vem a falecer em pouco tempo. 
Num velório costuma haver uma nuvem cinzenta de tanta tristeza que paira no local. Às vezes o espírito está ausente, já desligado da matéria. Outras vezes o espírito está confuso no local e por vezes está a dormir junto ao corpo. O que dificulta nestes lugares é a tristeza e a choradeira das pessoas. 
Seria tão maravilhoso se todos compreendessem a desencarnação como ela verdadeiramente é, e aceitassem a ausência física, ajudando o desencarnado com pensamentos de amor e carinho, rezando por ele com fé, ajudando-o no seu desligamento e na sua ida a sua nova jornada no plano espiritual. 
O melhor desencarne é de uma pessoa que foi Espiritualizada em Vida, pois desencarna de uma maneira completamente tranquila, como que dormindo e acordando num belo local, entre amigos!!! É um regressar tranquilo à verdadeira casa!!! 
Autor desconhecido