sábado, 30 de abril de 2016

COMO VIVEM OS ESPÍRITOS 1 – ERRATICIDADE

1 – ERRATICIDADE

Dizemos que a alma ou Espírito reencarna várias vezes, na Terra e outros mundos, para atender às necessidades de aprendizado e evolução que o conduzirão ao pleno domínio de si mesmo e à perfeição relativa, uma vez que a absoluta só é encontrada em Deus. Enquanto estamos nesta condição, todos sabemos como vivemos. Mas e quando fora do corpo? Denominamos de erraticidade à situação do Espírito que, não estando encarnado, ainda possui necessidade de fazê-lo outras vezes para seguir seu aperfeiçoamento e de, intermissão, ao período de tempo em que permanece naquele estado.

Os Espíritos suficientemente evoluídos a ponto de dispensarem novos retornos à Terra ou mundos equivalentes, vivem permanentemente no mundo espiritual, mas não se considera que vivam na erraticidade. Podem voltar, porém, aos mundos inferiores em caráter de missões especiais. Quanto ao intervalo entre duas encarnações é variável para cada Espírito, desde poucos anos a muitos séculos. Raros os casos em que a reencarnação seja quase imediata, mas pode haver. Mas, então, onde ficamos, o que fazemos?

Antes de mais nada é preciso recorrer ao conceito de dimensões emprestado à Geometria e à Física. Infelizmente não podemos nos demorar nele, tendo que acatá-lo como fato consumado e recomendamos o seu exame em bibliografia adequada. Resumidamente temos que vivemos num mundo de três dimensões. Na primeira teríamos uma reta, na segunda acrescentaríamos a superfície e na terceira encontramos o volume. Cada uma destas contém as precedentes. Mas se falamos de existência de seres fora da matéria, devemos logo imaginar que tal situação deve ocorrer numa dimensão diferente.

De fato, o estudo atento das descrições dos Espíritos desencarnados mostram que eles atuam num mundo onde as dimensões tempo e espaço são irrelevantes. Não que não existam como realidade, mas a maneira como eles inserem-se nessa realidade é que difere da dos encarnados. É a partir destes estudos que poderemos começar a entender acontecimentos como o acesso a registros de fatos de vidas anteriores, os fenômenos mediúnicos das premonições (previsões do futuro), de transporte e materializações, de desdobramento (espécie de viagens astrais), bem como de certos atributos de Deus como a onipresença e onisciência.

Em suma: o chamado mundo espiritual é constituído de quatro ou mais dimensões. São universos paralelos que interpenetram, incluem e absorvem o mundo material. Embora, fundamentalmente energético – o nosso de certa forma também o é, mas de energia coagulada – ele é absolutamente real, tanto que, em verdade, ele é o primitivo e este em que vivemos é uma cópia imperfeita daquele, da mesma forma que o corpo físico é a condensação da matriz do perispírito.
Quando o Espírito desencarna, várias situações podem lhe ocorrer. É possível que, dependendo de sua ignorância completa sobre o estilo de vida que o aguardava e de seu pouco adiantamento moral, simplesmente permaneça imantado à crosta terrestre, fixado aos objetos que lhe eram caros ou constituíam seu foco de interesse, como o próprio lar ou, pior, nas proximidades do local em que seu corpo físico experimenta o natural processo de desintegração.

Ou perambula pelas ruas, bares e prostíbulos e mesmo locais de suas antigas atividades profissionais, isto tudo de acordo com suas preferências pessoais e diferentes graus de consciência ou, no caso, inconsciência. Não raro, nem se reconhece como morto, situação que pode durar alguns dias ou muitos anos até que algum tipo de socorro venha arrancá-lo deste estado de perturbação, permitindo que retome a vida normal e ambiente mais apropriado.
E que ambiente seria este? Colônias espirituais amplamente descritas por inúmeros autores desencarnados como André Luiz, por exemplo, através da psicografiado médium Chico Xavier e muitos outros e testemunhos de alguns médiuns que possuem a faculdade de, durante o sono natural ou sonambúlico, desprender-se do corpo físico e excursionar por esses lugares, fazendo relatos sobre o que lá puderam observar.

Nessas colônias, como Nosso Lar, a mais conhecida e bem descrita na obra homônima, clássico da literatura espírita escrita em 1944, a vida transcorre como na Terra. Tudo lá é extremamente organizado e encontram-se construções como casas de moradia, hospitais, escolas, jardins e meios de transporte. As pessoas trabalham, estudam, divertem-se e repousam.

Aqui um detalhe: ao tomarmos contato com esse tipo de informação é importante notar que as experiências dos seres que lá trabalham estão condicionadas às suas necessidades e hábitos. Por exemplo, contam-nos que muitos de seus habitantes alimentam-se normalmente, bem como possuem outras necessidades fisiológicas. Em locais mais densos, digamos assim, onde é maior a inferioridade moral dos que lá estão, é comum se falar em orgias sexuais regadas a alcoólicos.

Em Nosso Lar, os Espíritos recém-recolhidos ficam em tratamento nos quais são medicados por magnetização, mas também por remédios “naturais” ou quando, já em situação melhor, levam uma vida normal como na Terra com afazeres diversos, mas dependentes de troca de vestuário, alimentos, sono, etc. Já os colaboradores mais antigos e, portanto, mais esclarecidos dispensam estas muletas psicológicas. Necessitam de energias para manter-se em atividade, mas as retiram diretamente da natureza pela respiração ou através de manipulações especiais, porém de modo automático e sem necessidade de receber a forma de alimento específico com relação aos da Terra como pão ou frutas. É energia em estado puro.

Diz-se que o Nosso Lar encontra-se localizado geograficamente a algumas dezenas de quilômetros acima da cidade do Rio de Janeiro, mas poderia ser diferente, como dissemos, e termos alguma colônia embutida no nosso globo, uma vez que para os Espíritos, também a depender da sua capacidade de dominar as forças naturais e os fluidos, não há barreiras materiais. Pela sua constituição atravessam paredes de qualquer espessura ou material e deslocam-se quase que instantaneamente de um ponto a outro.

Repetimos que tudo isso é relativo, pois temos descrições de Espíritos aos quais lhes é interdito uma coisa como outra. Usam portas para entrar ou sair e o deslocamento se faz por meio de veículos adequados e gastam tempo para isso, embora menores que aqui. Talvez com as novas tecnologias estejamos nos aproximando da construção de aparelhos voadores tão velozes que possam confirmar a tese de que tudo o que existe e é criado por aqui, na verdade já existia primeiro nas dimensões espirituais.

Enfim, o mundo espiritual é tão real como o nosso. Quando estivermos lá, nos reconheceremos por inteiro, com nossa identidade pessoal, com nossos atributos de conhecimento e sentimento, nossa memória preservada, um corpo idêntico quanto à morfologia ao de carne e que continuará nos servindo de instrumento de atuação sobre tal mundo, que sentiremos as mais das vezes tão sólido sob nossos pés como o temos aqui.

Portanto, não há motivo para nos inquietarmos com o que vamos encontrar do lado de lá. Tudo com que temos que nos preocupar é o preparo da bagagem. Vai depender o nosso bem estar nesse novo lar, ou melhor, o regresso ao nosso antigo lar, do que ajuntarmos de bom por aqui. Seremos atraídos inexoravelmente para segmentos dessa outra dimensão e para a companhia de outras individualidades, de acordo com os hábitos que cultivarmos durante o exílio na Terra. Pensamentos, emoções, palavras e atos formarão o conjunto de créditos ou débitos que determinarão o local mais justo e merecido a cada um de nós após o abandono do corpo físico.

Enquanto uns permanecerão extraviados, perturbados e perturbando por aqui, outros já serão contemplados com atenções especiais que auxiliarão a se recuperar rapidamente da transição readaptando-se à nova ordem de coisas. Outros mais irão talvez diretamente até para ambientes mais purificados, enquanto para muitos o destino será as zonas umbralinas, onde experimentarão sofrimentos atrozes, decorrentes do seu livre-arbítrio e em completo desrespeito às leis divinas.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

COLÔNIAS ESPIRITUAIS Colônias Espirituais sobre o Brasil

Existem inúmeras colônias espirituais espalhadas sobre nosso País, em vários estados como : Minas Gerais – Goiás – Mato Grosso e parte de São Paulo, algumas são muito antigas e trazem na sua superfície o registro de milhões de anos atrás. Essas colônias ficam localizadas em sua grande maioria, dentro da Atmosfera terrestre e em muitas delas os habitantes ainda estão presos ao carma planetário. Necessitando pois, das nossas melhores vibrações para que o trabalho dentre delas, possa transcorrer de forma harmoniosa e eficiente.

O conhecimento da existência de cidades espirituais somente foi aceito, entendido amplamente – na nossa era e na sociedade ocidental – a partir dos gregos com a existência do Olimpo – a Morada dos Deuses – local onde seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam, conspiravam. Quem ainda não ouviu falar sobre a Colônia Nosso Lar? Com certeza o livro mais lido do espirito André Luiz. Nosso Lar, Cidade espiritual na Esfera Superior, consagrada à educação e ao reajustamento da alma. (…) Antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI.A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Há os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da Divina.

Os quatro primeiros estão próximos das esferas terrestres, os dois últimos próximos ao plano superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, os sublimes no da União Divina. As tarefas de Auxílio são laboriosas e complicadas, os deveres no Ministério da Regeneração constituem testemunhos pesadíssimos, os trabalhos na Comunicação exigem alta noção da responsabilidade individual, os campos do Esclarecimento requisitam grande capacidade de trabalho e valores intelectuais profundos, o Ministério da Elevação pede renúncia e iluminação, as atividades da União Divina requerem conhecimento justo e sincera aplicação do amor universal.

A Governadoria, por sua vez, é sede movimentada de todos os assuntos administrativos, numerosos serviços de controle direto, como por exemplo, o de alimentação, distribuição de energias elétricas, trânsito, transporte e outros. Nela, em verdade, a lei do descanso é rigorosamente observada, para que determinados servidores não fiquem mais sobrecarregados que outros; mas a lei trabalho é também rigorosamente cumprida. No que concerne ao repouso, a única exceção é o próprio Governador, que nunca aproveita o que lhe toca nesse terreno.

A verdade é que existem milhares de colônias em torno da Terra em determinada faixa de vibração e em torno de todo o planeta. Cada uma numa faixa vibratória, tanto que nem todas as colônias podem servir de hospitais, ou escolas de ensino, algumas há, que foram construídas por espíritos inferiores, lembrando sempre que o espirito pode ter inclinação má e nem por isso deixar de ser inteligente e que tudo é feito com a permissão de Deus, que construíram verdadeiros monumentos em torno de suas inclinações ao mal, como é o Caso da conhecida cidade de A Cruzada, relatada no livro Francisco de Assis, Miramez (João Nunes Maia).

a porta da vida
A Cruzada, é uma cidade espiritual diferente. Para que o Cristo descesse à Terra, era necessário que engenheiros siderais limpassem a atmosfera do planeta, para que os atentados contra a Boa Nova do Reino de Deus não viessem a gerar alterações. Uma falange de Anjos assomou à Terra, tirando dela dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia até as raias do impossível.
As Cruzadas e depois a Inquisição, foram instituídas no planeta por esses Espíritos. A Cidade era assim chamada porque sua planta era em forma de cruz, que se quebrava nas suas quatro hastes, sendo que, em cada uma delas foi criado um reino, cada qual comandado por um príncipe e um imediato.

Eles mesmos se organizaram, por haver no meio daquela multidão seres de alta envergadura intelectual, grandes magos, desenhistas habilidosos, artistas consagrados, muitos deles dados à lavoura, à pecuária e a outras atividades. Foi edificada na linha do Equador, para que o Sol cooperasse com eles.
Hitler, foi talvez um dos últimos príncipes que ajudaram a governar a grande cidade das almas nos céus do Equador, foi uma das feras enjauladas por mil anos que, ao assumir o controle do Estado Germânico, tinha uma tarefa odienta com a sua consciência e os seus comandados preguiçosos, reencarnados como judeus, objetivando eliminar toda a raça. E ele, como símbolo, traz a grande cruz aberta nas hastes, planta da cidade das sombras, chamada A Cruzada, cuja quarta parte comandara com rigidez e orgulho.

Nosso Lar tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
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NOSSO LAR(PLANO PILOTO)


Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de “bônus-horas” e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade.

A cidade tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que desdobra a administração pública, representadas, como já se disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.Assim, a cidade está dividida em seis módulos, cada um deles partindo da Governadoria, junto à qual se eleva a torre de cada ministério, configurando-se como um centro administrativo.

À frente deles está a grande praça que os circunda e que, para que se avalie o seu tamanho, está apta para receber, comodamente, um milhão de pessoas. A médium (Heigorina Cunha) descreve-a como belíssima, como piso semelhante ao alabastro, com muitos bancos ao seu redor, sendo que, nos espaços em que se vê o encontro dos vários vértices das bases dos triângulos, por detrás dos bancos, existem fontes luminosas multicoloridas, e em torno delas, flores graciosas e delicadas.

Além da praça temos os núcleos residenciais em forma de triângulo e que, como já se disse, se destinam aos trabalhadores de cada Ministério, sendo que os mais graduados residem mais próximos às praças e, portanto, ao centro administrativo. Essas casas pertencem à comunidade e se um trabalhador se transfere para outro Ministério, deve mudar-se também para residir junto ao seu local de trabalho.

Os quadros que se vêem desenhados dentro do triângulo, e junto à muralha, são quadras onde se erguem as residências.Nos espaços que medeiam entre um núcleo habitacional e outro, seja e, direção à muralha, seja em direção ao núcleo correspondente ao Ministério vizinho, existem grandes parques arborizados onde se erguem outras construções que foram detalhadas na planta, destinados ao lazer ou serviços aos habitantes.

Vê-se, por exemplo, no parque do Ministério da Regeneração, a locação do seu Parque Hospitalar; no Ministério da União Divina. o Bosque das Águas e, no Ministério da Elevação, o Campo da Música, todos referidos no livro Nosso Lar.Cada núcleo residencial é cortado, no centro, por ampla avenida arborizada que o liga à praça principal e à Governadoria, e que se inicia junto à muralha.Entre os núcleos em forma de triângulo e a muralha, estão os núcleos residenciais destinados aos Espíritos que, por seus méritos, podem adquirir suas casa mediante pagamento em bonus-hora, que é a unidade monetária padrão, correspondente a uma hora de trabalho prestado à comunidade. Estas casas, pertencendo aos que as adquiriram podem ser objeto de herança.

Na planta aparecem umas poucas quadras, mas na verdade são muitas quadras, a perderem-se de vista e que se alongam até a muralha.Circundando toda a cidade, está a grande muralha protetora, onde se acham assestadas as baterias de proteção magnética, para defesa contra as arremetidas dos Espíritos inferiores, o que não deve estranhar porque, como sabemos, a cidade está situada numa esfera espiritual de transição, abrigando espíritos que ainda devem reencarnar.Por fora da muralha estão os campos de cultivo de vegetais destinados à alimentação pública.
A planta da cidade, no entanto, carece de medidas que nos propiciem uma exata compreensão de seu tamanho.Mas podemos imaginar sua magnitude pelas referências que André Luiz nos faz.É uma cidade amplamente disposta, para um milhão de habitantes.O “aeróbus”, correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta.
Em síntese, é o que nos mostra o plano piloto da cidade, configurado na planta que nos veio ao conhecimento por intermediação de nossa irmã Heigorina Cunha.
Do livro “CIDADE NO ALÉM”Pelos Espíritos Lúcius e André Luiz,Médiuns: HEIGORINA CUNHA (desenhos da cidade via desdobramento) e FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER Editora: IDE

nosso lar

Observações de André Luiz sobre “NOSSO LAR”

1 – O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito.Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.
2 – Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos?Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e idéias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.

3 – Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América.Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.

4 – Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico. Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.

5 – Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.

ANDRÉ LUIZ, Uberaba, 17 de junho de 1983. (Anotações recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, Minas Gerais)

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A MORTE

A morte não é o fim de tudo. Ao contrário, é a continuação da vida. É um recomeço.
A morte não existe. Suas dores são as dores de um “parto”.
Parece incrível? Mas assim é que é.
O homem sempre teve a intuição da vida após a morte.  Mas na verdade não é uma intuição, é uma lembrança. Porque nascemos e morremos muitas vezes, vezes incontáveis.
Então por que o medo da morte? No fundo, não tememos a morte, mas as dores. Tememos ainda o seu mistério. Intuímos que a morte não é o fim.
O processo de morrer é indolor. O corpo sofre dores, sem dúvida, mas as dores são provocadas pela doença, ou pelo choque do acidente, por exemplo. Não pela morte.
Seja qual for a causa da morte, conforme ela se aproxima o organismo sofre alterações químicas irreversíveis. Mesmo nas mortes causadas por acidente, mas muito mais quando é uma doença fatal que ataca o corpo.
O organismo sofre toda espécie de reflexos físicos, mas a mente já está anestesiada.
As doenças causam as dores, ou os ferimentos, mas não a morte.
Morte não é doença, não é ferimento, é a separação do espírito do corpo físico.
As funções do corpo se extinguem, mas não as da alma.
Quando se aproxima o momento da morte, a pessoa já não sente dor. Ela já começa a penetrar no outro mundo.
Há a agonia, mas essa agonia nada mais é que um movimento involuntário dos músculos; a alma certamente já iniciou sua subida.
Nesse momento, a pessoa sente uma grande paz. E uma sensação de retorno.
Cessam as dores agudas, há um torpor, sente-se uma grande alegria interior.
Aos poucos, o mundo material torna-se enevoado e o mundo espiritual começa a emergir das sombras. A pessoa ainda está viva, mas já está vendo com os olhos do espírito; divisa o novo mundo, começa a abandonar esse plano para se fixar no outro.
Tudo que é vivo e material torna-se vago, como sombras, as cores ficam menos brilhantes. Se ela olhar para o céu nesse momento, poderá ver uma leve coloração vermelha ou dourada; a visão material começa a se desfazer, cintilando o mundo espiritual.
As pessoas desencarnadas, espíritos, tornam-se visíveis ao redor do moribundo.
Elas já estão ali, vieram em seu auxílio. Toda uma equipe é posta em ação para cada pessoa que desencarna. São familiares, amigos e, principalmente, os socorristas do plano espiritual. Eles vêm auxiliar a desfazer os laços do espírito com o corpo físico.
Há uma verdadeira recepção para o espírito, seja ele qual for.
Você deve estar se perguntando: mas mesmo um criminoso, um suicida?
Também eles recebem auxílio da espiritualidade no momento da morte? Sim, todos recebem. O que acontece, e logo será mais detalhadamente explicado, é que certas almas não podem, por sua baixa vibração, fruir do contato com a espiritualidade imediatamente. Isso se aplica, naturalmente, aos suicidas e àqueles que viveram no mal, lesando seu períspirito. Mas isso é outro assunto.
Normalmente, a pessoa já está em contato com a espiritualidade. Falta pouco. E, quando cessam as atividades do coração e dos pulmões, então o corpo está morto.
Tudo isso não se dá num instante. O cérebro é o último a morrer, mas a mente não morre, ela pertence à alma.
No instante da morte, o períspirito desprende-se totalmente do corpo; sai pelo umbigo ou pela cabeça e desfaz-se o cordão de prata que o ligava ao corpo. O períspirito aparece como uma névoa acima do corpo físico.
Não raro, o desligamento do corpo espiritual é lento, progressivo. Em doenças muito longas, os laços podem se desfazer muito lentamente, durante dias e até semanas. Quando o cordão de prata se rompe é que a morte foi concluída.
Sobre o cadáver, a nuvem de energia do períspirito pode pairar por uns três dias. Depois se dissipa.
O períspirito ainda sente, por um certo tempo, a energia do seu antigo corpo. Isso se dá pela atração magnética e significa que ainda permanece ligado a ele.
O períspirito costuma estar presente, flutuando sobre o corpo, no seu próprio velório e enterro, e ainda flutua sobre a laje do cemitério.  O espírito vê e ouve, embora confusamente, nesse período; é tocado pelas impressões dos que o choram. Sente as dores dos familiares, sofre, quer voltar e não pode.
A menos que se trate de espírito muito evoluído e, portanto, mais fluídico, que então poderá partir imediatamente ao plano espiritual. Mas na maioria das vezes não é isso que acontece. O espírito costuma sentir, por um prazo de três dias, tudo o que acontece ao seu corpo morto. Sente o encaixotamento do corpo, sente faltar-lhe o ar, sente intenso calor no caso de cremação. Mas só por três dias.
O ideal seria que, nesse período, o cadáver permanecesse intocado, apenas repousando. E que os funerais só acontecessem depois.
Após a morte, a alma pode adormecer por horas, dias, semanas, meses e até anos. Mas depois voltará à atividade.
Se a pessoa não crê em vida após a morte, pode ficar envolta em densa neblina.
Os auxiliares espirituais não terão acesso a ela. Sentirá então que está vivendo um pesadelo.
O espírito precisa “reconhecer” que penetrou na esfera espiritual para a luz penetrar na névoa.
Após todo esse processo, o espírito segue para os hospitais, câmaras de reparo, ou fica aprisionado nas regiões de baixa vibração da crosta terrestre, como o Umbral. Há os que ficam na Terra mesmo, como veremos mais adiante.
Como se pode ver, a morte não dói e ainda pode ser aprazível.
Morrer é como retornar ao lar depois de uma aventura perigosa; tomar um bom banho, vestir roupas limpas e cheirosas e sair para um passeio seguro.
Brisa e frescor, alegria e liberdade.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O ESPÍRITO DESENCARNADO

1-    DESENCARNE
A sensação de voltar ao lar é o que o espírito sente, assim que chega ao plano espiritual. Quanto mais espiritualizado ele tiver sido em vida, mais forte é essa sensação. Porque a morte é uma grande evolução, o desencarnado não encontrará uma vida feita de “milagres”, de fatos surpreendentes. O espírito continua evoluindo, ainda tem necessidades físicas, descobre que não pode voar, como fazem os pássaros.
Tudo é aprendizado e ele tem muito o que aprender.
Por enquanto, e talvez até o fim dessa estada na vida espiritual, ele viverá numa colônia. Mas as regiões espirituais são múltiplas.
O espírito não alcança, imediatamente, essas regiões. Talvez ainda precise encarnar e desencarnar muitas vezes para se alçar além das colônias espirituais.
Mas, ora, a vida ali é linda, prazerosa. Isso saberemos mais adiante.
Para a pessoa espiritualizada, o desencarne deixa de ser doloroso. Ela não vê a morte como o fim da vida, sabe que é uma passagem, um despir-se das vestes físicas. Sente saudade da Terra, mas essa compreensão ameniza sua dor.
Assim, o espírito retornou ao lar. Mas nem sempre imediatamente. Quem é bom, mesmo não tendo educação espiritual, é atraído para bons lugares no plano etéreo. Quem tem conhecimento adapta-se mais facilmente.
2-    O PERISPÍRITO
O espírito desencarna e então permanece como espírito revestido de períspirito.
O períspirito, seu corpo, tem matéria fluídica. Torna-se um fluido nos espíritos mais adiantados; os espíritos puros não têm mais períspirito.
Geralmente, o períspirito tem a forma de seu corpo terrestre. Reveste-se da matéria do planeta onde está. Pode mudar sua constituição continuamente, tornar-se mais ou menos fluídico, mudar de aparência.
Nos espíritos mais atrasados, a aparência pode se tornar horrenda, segundo as lesões sofridas pelo períspirito ainda no envoltório carnal.
Por que isso acontece? O períspirito é atingido por todo o mal que uma mente perversa acumular. Isso provoca constantes lesões nesse corpo fluídico, frágil, alterando, assim, a sua aparência, visível no mundo espiritual.
Em cada globo, a substância do períspirito é diferente. Em alguns é mais eterizada. O espírito, conforme o globo em que está, se reveste da matéria própria desse mundo, de forma imediata. É uma coisa natural.
Sua constituição é feita de corpúsculos fluídicos; tem todas as formas dos órgãos materiais, porém de matéria sutil. Assim, o desencarnado respira, seu coração pulsa, o seu sangue corre em suas veias.
O períspirito é cópia exata do corpo carnal. No início tem necessidades “físicas”, até entendê-las e superá-las.
Como já disse, espíritos puros não têm mais períspirito, são energia pura. Todos nos tornaremos espíritos puros, em mais ou menos tempo.

3-    PERTURBAÇÃO DO ESPÍRITO
Com a morte, o organismo espiritual se desgasta, necessitando de terapias de reconstrução. Inicialmente o espírito se perturba, trazendo ainda os fluidos pesados da Terra.
A perturbação do espírito após a morte pode durar horas, meses ou anos. Depende de sua lucidez, imediata ou não.
Frequentemente, os espíritos ficam adormecidos nos primeiros tempos de hospital ou colônia, isso para passar sem traumas pelo período de adaptação, em que os encarnados sentem a perda do ente querido.
Ele adormece para se proteger da dor dos que ficam. Porque pode sentir intensamente as vibrações mentais dos que ficaram na Terra, e isso o perturba. Ele também tem de se recuperar da doença que lhe causou a morte.
As doenças deixam reflexos no períspirito exatamente na região na qual se desenvolveram. Isso parece cruel, mas o períspirito é invadido pela doença do corpo ao qual está colado. Assim, as doenças pelas quais uma pessoa morre sempre são tratadas nos hospitais espirituais. A chance de recuperação é sempre de 100%. Após o tratamento, poucos ainda podem permanecer doentes. São casos isolados. São pessoas que não acreditam ter perdido o corpo físico; na verdade, continuam com a impressão da doença, não com a doença em si.
Outros, geralmente os que vivem no Umbral, lesionaram seu períspirito com atitudes negativas, como remorso, ódio, rancor. A mente tem influência maléfica ou benéfica sobre o períspirito.
Certas doenças, em especial o câncer, podem derivar de sentimentos destrutivos. A pessoa, no caso, cultiva a cólera, o rancor, a inveja, o desprezo, e então o tumor se forma primeiro no períspirito, bem como a úlcera. Só depois se reflete no corpo, através dos canais fluídicos de ligação entre períspirito e corpo.
Isso parece cruel demais? Quer dizer que as crianças com câncer tiveram sentimentos destrutivos, ódio, mágoa? Certamente não, crianças são inocentes, mas se levarmos em conta que são espíritos que já nascem com sua carga de experiências e provas na Terra, então entenderemos que talvez já tenham vindo para essa vida com um períspirito lesionado, frágil, e que agora precisem pagar sua dívida.
Espíritos que chegam mutilados, geralmente gastaram sua vida no mal. Assim, muitos criminosos sexuais chegam loucos à esfera espiritual, assassinos têm as mãos dilaceradas, as pernas paralíticas ou decepadas. Muitos dos que cultivam ódios profundos chegam cegos ou surdos.
Não eram assim no plano físico, mas o abuso de certos órgãos pode ocasionar lesões tão sérias no períspirito, que chegam sem eles.
Um fígado maltratado, mesmo que não tenha sido a causa da morte, pode causar o fato de o períspirito aparecer sem o fígado.
Uma mão usada para matar pode aniquilar a mão espiritual, daí tantos aleijados nas regiões do Umbral e Trevas.
Tudo isso se refaz depois, o corpo ganha uma nova mão e um novo fígado, mas essa reconstrução pode levar anos. E só depois de o espírito se adiantar.
O espírito é livre e são. As doenças mentais são, de verdade, males cerebrais.
São doenças do físico. Quando o espírito deixa o corpo, por meio da morte, ele está livre da loucura, ele está são. Mas não imediatamente. A pessoa que foi louca, em qualquer grau, o foi por algum motivo. Teve de nascer nesse cérebro defeituoso por alguma razão. E leva, imediatamente à morte, a impressão da loucura.
Mas no plano espiritual, em mais ou menos tempo, se refaz, o corpo astral é regenerado e ela volta à lucidez, que é uma propriedade do espírito.
A loucura tem um significado: é o pagamento de uma dívida contraída pelo espírito, ela só tem sentido no plano terreno. Se até um assassino tem a oportunidade de se recuperar, por que um louco teria de sofrer mais?
Muitos espíritos vagam pela Terra e se afeiçoam a um lugar.
São espíritos de vibração baixa, que não conseguem subir. Podem passar anos nessa vida, sempre nos mesmos lugares. São as “Almas Penadas”, os que assombram casas, geralmente, e não fazem mal a ninguém.
Os socorristas só podem se aproximar e leva-los aos hospitais ou postos de socorro quando voltam seu pensamento a Deus, porque então vibram mais alto e seu períspirito se torna mais fluídico.
Muitos espíritos podem ficar presos numa espécie de cadeia energética, ouvindo os lamentos e vendo o desespero dos que ficaram. Não podem enxergar e ouvir a espiritualidade, estão profundamente ligados aos encarnados que sofrem, atrasando, assim, o seu socorro e sua recuperação.
Outros ficam presos aos cemitérios, por suas baixas vibrações; vivem ali, junto ao corpo em decomposição. Não podem ou não conseguem abandonar o corpo físico. Há muitos espíritos que ficam vagando nos cemitérios, sem saber que já estão mortos.
Isso parece muito triste? Pois é mesmo.
Nos cemitérios há muitos espíritos arruaceiros, presos às vibrações da crosta e Umbral. Ficam ali, assustando os que ficaram presos aos corpos enterrados, aos sepulcros, induzindo-os à loucura, aparecendo para eles sob a forma de terríveis monstros.
Tudo isso é uma pena, pois esses espíritos ficam presos à matéria, transitando na crosta e nos cemitérios, vivendo nos umbrais, sem poder ver os socorristas, de matéria muito mais sutil.
A “prisão” do espírito se localiza no Umbral e suas regiões, muito próximas da crosta terrestre. Não há grades. O espírito fica preso ali devido às suas vibrações densas.
Quando sua mente se limpa, finalmente sua vibração se torna mais sutil, mais alta, estando pronto para ser atendido nas colônias. Então é que o espírito se liberta. Sua mente se elevou.
Pode agora abandonar o Umbral e suas regiões. Isso é uma lei espiritual. Não há tribunais de torturas ou abismos do inferno no mundo espiritual.
O espírito é visto no seu todo; ele está impregnado do bem e do mal que fez a si mesmo e aos outros. Isso está refletido amplamente no seu períspirito, tornando-o forte ou fraco, saudável ou doente.
Uma vida de miséria, em que o corpo físico sofreu muito, torna o períspirito doente. Mas é infinitamente mais fácil curar essa doença provocada pela miséria física do que a doença provocada pela miséria moral.
As mazelas causadas por uma personalidade cruel, egoísta, narcisista, ambiciosa, deixam sequelas no períspirito muito mais consideráveis.
Às vezes, leva-se até muitos anos para curar totalmente o corpo fluídico, pois também se faz necessária a predisposição mental em mudar. Os médicos têm muito mais trabalho com um egoísta do que com um miserável.
Certamente, certos transtornos da personalidade, certas tendências ao crime e à crueldade, não se curam na espiritualidade. A pessoa deverá reencarnar, viver uma nova vida, “aprender na carne” uma vez mais. Moldar seu espírito na carne, e também expiar na carne, ter novas oportunidades, novas provas.