sexta-feira, 11 de abril de 2014

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA



Chico Xavier fala sobre a transição planetária



A conversa abaixo foi feita no dia 5 de janeiro de 1954

Revista Boa Vontade, "LBV"Ano 1, n0 4 – Outubro de 1956.”
Desta forma, munidos do aparelho de gravação em fita, foram atendidos gentilmente pelo médium, que respondeu às perguntas feitas, repetindo as palavras da resposta, que eram ditadas por Emmanuel. A gravação foi feita no dia 05 de janeiro de 1954, e até hoje conservado o rolo gravado em poder da LBV e reproduzida na edição de outubro de 1956, ano I nº 4 da Revista da Boa Vontade.Passamos a estampar as perguntas e respectivas respostas:Pergunta: Poderíamos ter alguns informes a respeito [...]



Pergunta: – Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que se avizinha, segundo a predição de Ramatís? 



Chico Xavier: – Esclarece nosso orientador espiritual que o assunto alusivo à aproximação de um Planeta ou de Planetas, da zona – ou melhor da aura da Terra – deve, naturalmente, basear-se em estudos científicos, que possam saciar a curiosidade construtiva das novas gerações renascentes no mundo. (NIBIRU OU PLANETA X




O Nibiru é um planeta do nosso Sistema Solar descoberto pelos Sumérios e que ainda não foi aceito pelos astrônomos contemporâneos. Consiste em um grande planeta, cerca de 20 mil quilômetros de diâmetro equatorial em relação ao diâmetro de 12.103 km da Terra. Sua órbita é excêntrica e extremamente alongada, fazendo com que o Nibiru fique invisível por milênios. Seu perigeu poderá ocasionar a desestabilização da Terra, provocando uma inversão geomagnética devido à atração magnética entre o núcleo da Terra e o magnetismo desse planeta considerado intruso. 


O termo Nibiru (também traduzido como Neberu ou Nemesis) é um termo Acadiano que significa "cruzamento”. Segundo escritas cuneiformes Sumérias, o Nibiru se aproximaria da Terra a partir do ano de 2009, começando a ser visualizado inicialmente pelo hemisfério Sul. De fato, na data dessa postagem, no Hemisfério Sul já se pode observar um objeto cósmico como se fosse um segundo sol, a olho nu, conforme mostram as figuras dessa postagem.

Os “vídeos observados no YouTube” podem ensinar a localizar o Nibiru no Google Earth. No Google Sky (o Google Sky é uma extensão do Google Earth), na posição 5h 53m 27s –6 10′ 58, porém, existe um retângulo preto no local onde, supostamente, poderia ser avistado o planeta Nibiru. O Google Sky é composto por fotos tiradas por diferentes equipamentos, tanto em terra quanto no espaço, compondo os bancos de dados astronômicos compartilhados por diversas instituições de ensino e programas para computadores pessoais. Realmente, não dá para entender do por que desse retângulo sobre a região.

O Google alega que não escondeu o planeta Nibiru com esse retângulo negro. Segundo o Google, este vazio é só aparente ao observarmos os dados óticos. Se você alternar o conjunto de dados para o estudo de microondas realizado pela Sonda de Anisotropia de Microondas Wilkinson (WMAP) encontrará também este vazio preenchido com dados.

Existem especulações que esse segundo sol seja a estrela anã marrom, denominada nos textos apócrifos de Enoch como sendo o astro errante de Herculovos. O mesmo planeta Intruder (Planeta Intruso) identificado pelo IRAS (Infrared Astronomical Satellite), entre 1983 e 1984, como sendo o décimo planeta, descrevendo-o como tão grande quanto o planeta Júpiter e, possivelmente, tão perto da Terra que seria parte deste Sistema Solar.

Outra hipótese é que esse segundo Sol seja o Eris, um planeta anão semelhante a Plutão, que se encontra no Sistema Solar exterior, cuja órbita também é elíptica e semelhante à órbita de Nibiru.

Porém, até agora não houve pronunciamento nem de pesquisadores amadores e nem de observadores profissionais para nos dar uma explicação cabível. Aproveito essa postagem para pedir aos nossos cientistas do Observatório de Astrofísica do Pico dos Dias, em Brasópolis, para que, por obséquio, nos dê um parecer sobre isso.

Vocês não imaginam como estão os militares de nossos países vizinhos! Estão em polvorosa! Congressos e mais congressos internacionais estão acontecendo por lá. O meu amigo e chefe editor da Revista Ufos, Gevaerd, está acompanhando tudo para nos trazer maiores informações.

Já há alguns anos, a NASA montou uma subestação de observatório no Hemisfério Sul, ativando telescópios na Argentina e no Chile; existem suposições que esses foram construídos para acompanhar a trajetória do Nibiru. Porém, o SPT é um radiotelescópio que não obtém imagens ópticas. Segundo a NASA, nosso planeta tem ido muito bem há quatro bilhões de anos e o que é fantástico: sem nenhuma ameaça preocupante! A NASA insiste em alegar que não existe a possibilidade de um planeta se chocar com a Terra. Porém, ficam aqui as questões: E se tivesse alguma possibilidade em que ninguém poderia fazer nada para evitar? Qual seria a conduta dela? Esconderia para não gerar pânico na população? Você, particularmente, se fosse chefe de uma grande organização astronômica, que conduta adotaria frente a uma situação como essa?



A questão sobre o Nibiru se define quando o assunto apela para as escritas Sumérias. Nas últimas décadas foram decifradas 400 tabuletas contendo escritas cuneiformes que contêm a história dos Sumérios. Em todas as escritas foram constatadas as mesmas informações sobre a aproximação de um planeta ainda não reconhecido pela nossa astronomia. As escritas sumérias são muito claras e reconhecem o décimo planeta no Sistema Solar, ou seja, o Nibiru e ainda descrevem suas características como tamanho e órbita.


Os cientistas contemporâneos começaram, então, a confrontar os dados da astronomia com as traduções de Zecharia Sitchin, em especial, a tradução do documento Enuma Elish, que contém a história da formação deste sistema solar e a passagem deste planeta a cada 3.600 anos nas proximidades da Terra produzindo catástrofes devida à mudança nos pólos da Terra, nos regimes das marés e nos padrões climáticos. Porém, Sitchin publicou em seu livro End of Days, que a última vez que o Nibiru passou pela Terra foi em 556 aC, o que significaria que de acordo com as suas órbitas, a próxima aproximação da Terra será por volta de 2900 d.C, o que não está de acordo com o aparecimento desse planeta no Hemisfério Sul.



Os escritos sumérios demonstraram um inexplicável conhecimento astronômico, afirmando a presença de planetas como o Plutão (hoje destituído de status planetário), cuja ciência contemporânea só descobriu em 1930. Os textos sumérios afirmam que sua órbita faz com que periodicamente ele passe pela nossa vizinhança; essa aproximação já provocou no passado terríveis danos como o Grande Dilúvio. Se os sumérios estavam corretos em relação aos nove planetas reconhecidos hoje pela astronomia contemporânea, porque não estavam igualmente corretos, em relação ao Nibiru?)



O problema, desse modo, envolve acurados exames, com a colaboração da ciência e da observação de nossos dias. Razão por que pede ele que não nos detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se vizinham, para marcar maiores acontecimentos – acontecimentos esses de natureza espetacular – na transformação do plano em que estamos estagiando, no presente século.



Afirma nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências matemáticas, serão portadoras, naturalmente, de ilações, conclusões da mais alta importância para os nossos destinos, no futuro próximo.



Pergunta: – Pode Emmanuel dizer-nos algo a respeito da (Os livros falam de mudanças no fim do século passado e início deste, mudança de eixo e guerras nucleares. O que pode me dizer sobre isso? 




Os espíritos vêm advertindo a humanidade, desde o início do Espiritismo, meados do século XIX - "que os tempos são chegados", conforme está no Evangelho. Contudo, sempre que os espíritos marcam datas ficam sujeitos a erros, pois o tempo no mundo dos espíritos não se conta como no nosso mundo. Além disso, temos muitos profetas apocalípticos, encarnados e desencarnados, que só prenunciam desgraças e 

acontecimentos dolorosos. Nós acreditamos em um Deus de amor que não se cansa de seus filhos, que multiplica as oportunidades nos caminhos humanos. Embora não sejamos cientistas, pensamos que a verticalização do eixo da Terra causará muito mais problemas do que soluções. Quanto às guerras nucleares, elas poderão acontecer por insanidade dos homens, mas isto dependerá também das pessoas equilibradas,que amam a paz, que trabalham pelo bem geral. Se acontecer, o que é uma hipótese, teremos de sofrer as conseqüências, contudo, devemos lembrar que serão destruídos apenas os corpos físicos, porque os espíritos imortais não serão atingidos a não ser nas suas emoções. Se o Planeta Terra vier a ser 
destruido, o que afetará todo o sistema solar, Deus nos dará outra moradia neste universo imenso. Entretanto, os que destruíram a sua morada não merecerão outra moradia igual. Certamente irão para mundos inferiores, onde a vida é primitiva, e terão que fazer novamente toda a sua jornada evoluti- 

va, até a liberação do átomo. Quem sabe com mais juízo para não destruir novamente a sua morada. Mas não pensemos em destruição. Devemos dar guarida aos pensamentos de amor e fraternidade.)  e das transformações que esta sofrerá, segundo Ramatís? 


Chico Xavier: – Afirma nosso Orientador espiritual que não podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física, propriamente considerada, possui os seus grandes períodos de atividade e de repouso.



Cada período de atividade e cada período de repouso da MATéRIA PLANETáRIA, que hoje representa o alicerce de nossa morada temporária, pode ser calculado, cada um, em duzentos e sessenta mil (260.000) anos. Atravessando o período de repouso da matéria terrestre, a vida se reorganiza, enxameando de novo, nos vários departamentos do Planeta, representando, assim, novos caminhos para a evolução das almas.



Assim sendo, os GRANDES INSTRUTORES da Humanidade, nos PLANOS SUPERIORES, consideram que, desses 260.000 anos de atividade, 60 a 64 mil anos são empregados na reorganização dos pródomos da vida organizada.



Logo em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças que, como grandes quadros, enfeixam assuntos e serviços, que dizem respeito à evolução do espírito domiciliado na Terra.



Assim, depois desses 60 a 64 mil anos de reorganização de nossa Casa Planetária, temos sempre grandes transformações, de 28 em 28 mil anos.



Depois do período dos 64 mil anos, tivemos duas raças na Terra, cujos traços se perderam, por causa de seu primitivismo.



Logo em seguida, podemos considerar a grande raça Lemuriana, como portadora de urna inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do espírito.



Após a raça Lemuriana – em seguida aos 28.000 anos de trabalho lemuriano propriamente considerado – chegamos ao grande período da raça Atlântida, era outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no qual a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável.



Achamo-nos, agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana.



Podemos considerar essas raças, como grandes ciclos de serviços, em que somos chamados de mil modos diferentes, em cada ano de nossa permanência na crosta do planeta, ou fora dela, ao aperfeiçoamento espiritual, que é o objetivo de nossas lutas, de nossos problemas, de nossas grandes questões, na esfera de relações, uns para com os outros.



Assim considerando, será mais significativo e mais acertado, para nós, venhamos a estudar a transformação atual da Terra sob um ponto de vida moral, para que o serviço espiritual, confiado às nossas mãos e aos nossos esforços, não se perca em considerações, que podem sofrer grandes alterações, grandes desvios; porque o serviço interpretativo da filosofia e da ciência está invariavelmente subordinado ao Pensamento Divino, cuja grandeza não podemos perscrutar.



Cabe-nos, então, sentir, e, mais ainda, reconhecer, que os fenômenos da vida moderna e as modificações que nosso “habitat” terreal vem apresentando nos indicam a vizinhança de atividades renovadoras, de considerável extensão.



Daí esse afluxo de revelações da vida extra-terrestre, incluindo sobre as cogitações dos homens; esses apelos reiterados, do mundo dos espíritos; essa manifestação ostensiva, daqueles que, supostamente mortos na Terra, são vivos na eternidade, companheiros dos homens em outras faixas vibratórias do campo em que a humanidade evolui.



Toda essa eclosão de notícias, de mensagens, de avisos da vida espiritual, devem significar para o homem, domiciliado na Terra do presente século, a urgência do aproveitamento das lições de JESUS. Elas devera ser apreciadas em si mesmas, e examinadas igualmente no exemplo e no ensinamento de todos aqueles que, em variados setores culturais, políticos e filosóficos do globo – lhe traduzem a vontade divina, que na essência é sempre a nossa jornada para o Supremo Bem.



Os termos da comunicação obtida em Curitiba (a “Conexão de Profecias”, de Ramatís) são de admirável conteúdo para a nossa inteligência, de vez que, realmente, todos os fatos alusivos à evolução da Terra, e referentes a todos os eventos, que se relacionam com a nossa peregrinação para a vida mais alta, estão naturalmente planificados, por aqueles MINISTROS de Nosso Senhor JESUS CRISTO; os quais, de acordo com Ele, estabelecem programas de ação para a COLETIVIDADE PLANETáRIA, de modo a facilitar-lhe os vôos para a divina ascensão.




Embora, porém, esta mensagem, por isso mesmo, seja digna de nosso melhor apreço, contudo, na experiência de companheiro mais velho, recomenda-nos nosso Orientador Espiritual (Emmanuel) um interesse mais efetivo, para a fixação de valores morais em nossa personalidade terrena, de conformidade com os padrões estabelecidos no Evangelho de nosso Divino Mestre. Porque, para nossa inteligência, os fenômenos renovadores da existência que nos cercam têm qualquer coisa sensacional, de surpreendente, nosso coração de inclinar-se, humilde, diante da Majestade do Senhor, que nos concede tantas oportunidades de trabalho, em nós mesmos, a revelação dos grandes acontecimentos porvindouros; novo soerguimento íntimo, novo modo de ser, a fim de que estejamos realmente habilitados a enfrentar valorosamente as lutas que se avizinham de nós, e preparados para desfrutar a Nova Era que, qual bonança depois da tempestade, facilitará nossos círculos evolutivos.



Será, todavia, muito importante encarecer, que não devemos reclamar, do TERCEIRO MILêNIO, uma transformação absolutamente radical, nos processos que caracterizam, por enquanto, a nossa vida terrestre.



O prazo de 47 anos é diminuto, para sanar os desequilíbrios morais, de tantos séculos, em que o nosso campo coletivo e individual adquiriu tantos débitos, diante da sabedoria e diante do amor, que incessantemente apelam para nossa alma, no sentido de nos levantarmos, para uma clima mais aprimorado da existência.



Não podemos esquecer, que grandes imensidades territoriais, na América, na áfrica e na ásia, nos desafiam a capacidade de trabalho. Não podemos olvidar, também, que a Europa, superalfabetizada, se encontra num Karma de débitos clamorosos, à frente da LEI, em doloroso expectação, para o reajuste moral, que Ihe é necessário.



Aqui mesmo, no Brasil, numa nação com capacidade de asilar novecentos (900) milhões de habitantes, em quatrocentos e alguns anos de evolução, mal estamos – os espíritos, encarnados na Terra em que temos a bênção de aprender ou recapitular a lição do Evangelho – mal estamos passando das faixas litorâneas.



Serviços imensos esperam por nossas almas no futuro próximo.



E, se é verdade que devemos aguardar, em nome de Nosso Senhor JESUS CRISTO, condições mais favoráveis para a estabilização da saúde humana, para o acesso mais fácil às fontes da ciência; se nos compete a obrigação de esperar o melhor para o dia de amanhã cabe-nos, igualmente, o dever de não olvidar que, junto desses direitos, responsabilidades constringentes contam conosco, para que o Mundo possa, efetivamente, atender ao programa Divino, através, não somente da superestrutura do pensamento científico – que é hoje um teto brilhante para os serviços de inteligência do mundo – mas também, através de nossos corações, chamados a plasmar uma vida, que seja realmente digna de ser vivida por aqueles que nos sucederão nos tempos duros; entre os quais, naturalmente, milhões de nós os reencarnados de agora, formaremos, de novo, como trabalhadores que voltam para o prosseguimento da tarefa de auto acrisolamento, para a ascensão sublime, que o Senhor nos reserva.



Considerando, assim, a questão sob este prisma, cabe-nos contar com o concurso da ciência, no setor das observações de ordem material; com a evolução dos instrumentos de óptica; com o avanço dos processos de exame, na esfera da QUíMICA PLANETáRIA, na qual os mundos podem ser analisados, como áTOMOS DA AMPLIDãO DE UNIVERSOS, que se sucedem uns aos outros, no infinito da Vida.



Será lícito, então, esperar que certas afirmativas, referentes a vida material, se positivem satisfatoriamente, para mais altas concepções da MENTE PLANETáRIA; de vez que, muito breve, o homem estará ligado à glória da RELIGIãO CóSMICA, da Religião do Amor e da Sabedoria, que o CRISTIANISMO RENASCENTE, no Espiritismo de hoje, edificará para a Humanidade, ajustando-a ao concerto de bênçãos, que o grande porvir nos reserva. (Ver: Planeta X)



Pergunta: – Foi, de fato, há 37.000 anos que submergiu a Atlântida? 



Chico Xavier: – Diz nosso Amigo (Emmanuel) que o cálculo é, aproximadamente, certo, considerando-se que as últimas ilhas, que guardavam os remanescentes da civilização atlântida, submergiram, mais ou menos, 9 a 10 mil anos, antes da Grécia de Sócrates.



Pergunta: * – Acha nosso irmão que a Mensagem de Ramatís deva ser divulgada com amplitude? 


Chico Xavier: – Diz nosso Orientador que a Mensagem é de elevado teor… E todo trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos quais essa Mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos, que devemos permutar as nossas experiências e as nossas conclusões para a assimilação do progresso, com mais facilidade em favor de nós mesmos. 



Pergunta — Mas essa emigração de espíritos terrícolas para um mundo inferior e muito aquém do que já usufruíram na Terra, parece-nos mais punitiva do que mesmo reeducativa! Estamos certos?






Ramatís — As vidas nas faces dos orbes físicos são apenas ensejos ou recursos educativos, no sentido de se plasmarem as consciências individuais dos espíritos recém-saídos da energia psíquica cósmica! Através das inúmeras situações e “testes” pedagógícos dos mundos materiais, as centelhas espirituais promovem a sua própria conscientização, adquirindo a noção de “existir”, e o “saber” pelo pensar! Ademais, as próprias forças sublimadas da vivência animal, acasalando-se com as energias sutilíssimas atraídas dos planos superiores, constituem-se na substância fundamental da estrutura e configuração do perispírito do homem encarnado! Em conseqüência, o perispírito se organiza no limiar das forças refinadas da animalidade, e, também, pelas energias “descidas” da fonte sidérea divina!

Mas durante esse intercâmbio ou ativação entre o espírito e a matéria, no sentido de se desenvolver a consciência espiritual do homem, o seu perispírito também se imanta do residual inferior produzido pelo campo vigoroso e instintivo da contribuição animal. Tratando-se de um veículo definitivo e que opera normalmente nos planos superiores da angelitude, o perispírito então precisa submeter-se a uma terapia ou saneamento energético, a fim de o espírito desencarnado conseguir alcançar os campos de forças mais sutis da vida espiritual. Mas o processo que sublima e purifica o períspírito, e o liberta do residual inferior conseqüente às suas experiências vividas na matéria, que o diafaniza para a espiritualidade, atua à semelhança de um “lixamento” em todos os interstícios perispirituais, cujo atrito então repercute no campo nervoso do encarnado, causando-lhe a reação conceptual da “dor” ou do “sofrimento” tão indesejáveis. Trata-se de algo semelhante a um circuito no campo físico, mas que atinge de modo aflitivo e desagradável o campo psíquico! É, enfim, a cota de sacrifício, que resulta durante a elaboração da consciência espiritual do “novo indivíduo”, modelado no seio de Deus!

Em conseqüência, os mundos físicos funcionam como verdadeiras “lixas” de áspera granulação, que extirpam compulsoriamente da veste perispiritual a crosta dos resíduos e das paixões da animalidade instintiva. E quando os espíritos matriculados no curso primário dos mundos físicos são reprovados no exame escolar ou de “juízo final”, porque ainda lhes predomina a instintividade animal sobre a freqüência sidérea perispiritual, então só resta à Administração Sideral despejar os “maus inquilinos” para outra moradia agreste, mas eletiva para eles recapitularem as lições negligenciadas. Não se trata de nenhuma punição ou castigo de Deus, mas simplesmente uma operação retificadora, cuja finalidade essencial é promover a ventura do ser!

Pergunta — Ainda sob o tema do “Festim de Bodas”, que são as imagens ou configurações alusivas, que nos indica especificamente o acontecimento dos espíritos reprovados serem alijados para outro mundo inferior?

Ramatís — Na parábola do “Festim de Bodas”, é muito significativo, quando o rei assim indaga ao “intruso”, que se encontra em situação ilegal no banquete divino: “meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial?” Sem dúvida, o Senhor ali figurado como o rei refere-se ao fato de o convidado apresentar-se sem a túnica nupcial, ou conforme já vo-lo dissemos, sem o perispírito devidamente higienizado ou “imaculado”!

É fácil de aperceber-se que o “intruso” não oferece as condições autênticas exigíveis para poder-se ajustar em equilíbrio com o ambiente superior, e, conseqüentemente, deve ser dali “expulso”! Ele vivia satisfatoriamente condicionado num ambiente inferior, e, por lei vibratória, então até deve sentir dificuldade em mudar-se para um nível superior! É de lei; no mundo físico, que o sapo viva no pântano nauseabundo, que lhe é o ambiente apropriado, enquanto o colibri esvoaça entre os odores das flores. Cada ser vive de acordo com a sua eletividade ambiental, por cujo motivo o colibri sucumbe asfixiado no mesmo lodo onde o sapo canta eufórico.

O tema dessa parábola, portanto, presta-se muitíssimo para também explicar e comprovar o exílio dos espíritos reprovados na seleção de “juízo final” da Terra. A figura do “convidado intruso” do “Festim de Bodas” simboliza o conjunto de espíritos que devem ser alijados da face da Terra, porque eles não conseguiram aprender o ABC do Amor, e, portanto, não possuem as condições necessárias, para se reencarnarem no próximo milênio no orbe em prosseguimento ao seu desenvolvimento consciencial. Isso porque a Terra, já devidamente reformada e ajustada geologicamente, será um planeta sem ódios e sem guerras, onde há de predominar a busca da sabedoria e das atividades criativas através da arte e da ciência sublimadas pela fraternidade.

A parábola do “Festim de Bodas” não só identifica o tipo espiritual terrícola reprovado no “juízo final”, e simbolizado na figura do hóspede intruso, como ainda assinala o exílio dos “esquerdistas” do Cristo para as “trevas exteriores”, onde há “prantos e ranger de dentes”. Essa figura ajusta-se perfeitamente ao simbolismo de um mundo físico primário, ainda povoado por uma vida animal selvática e feroz. Só num mundo físico de natureza agreste é que realmente pode existir “ranger de dentes e prantos”, como símbolo da animalidade, e onde ainda grassa a violência, guerra e ferocidade na luta pela sobrevivência, tão comuns à maioria dos atuais terrícolas.

Qualquer discípulo de filosofia espiritualista, baseado no pensamento oriental, sabe que, ao buscar o “reino dos céus”, o candidato deve trilhar a “senda interna” do espírito, apurar a sua sensibilidade psíquica e aperceber-se do que é divino. Deste modo, as “trevas exteriores”, mencionadas por Jesus, nada mais são do que o “caminho exterior”, transitado pela alma encarnada através do seu invólucro físico. Em conseqüência, os espíritos que negligenciarem o seu aprimoramento espiritual, desprezando a “senda interna”, deverão recuperar o tempo perdido e recapitular suas lições ao longo do “caminho externo”, numa vida física ainda mais dificultosa e mais dolorosa, porque se trata de uma verdadeira restauração para o nível que decaíram na Terra.

Pergunta — Que dizeis quanto à referência mencionada no “Festim de Bodas” de que “muitos serão os chamados e poucos os escolhidos”?

Ramatís — Até o fim do século atual, período em que se processa o profético “Juízo Final”, e época dos “Tempos Chegados”, provavelmente devem ser convocados à reencarnação mais de 5 bilhões de espíritos na erraticidade, para aí no mundo físico darem o testemunho da evolução espiritual. Antigos magos-negros serão chamados a militar na magia branca de Umbanda, e muitos retornarão às antigas práticas em prejuízo do próximo, ainda estimulados pela sua deficiência espiritual. Entre antigos inquisidores, líderes sombrios da Idade Média, polemistas de dissensões religiosas e mesmo políticas, serão convidados a participar da renovação espiritual do mundo, embora muitos deles ainda devam prosseguir preferindo as discussões estéreis à ação crístíca. Mas, conforme as estatísticas da “Administração Sideral”, apenas um terço da vossa humanidade deverá ser escolhido à direita do Cristo e gozar da concessão de voltar a encarnar-se na Terra, no próximo milênio, Os dois terços restantes compreendem os “feixes” de joio, que “atados de pés e mãos”, e devido à sua irresponsabilidade espiritual, serão classificados à “esquerda” do Cristo e obrigados a emigrar para um mundo primitivo, onde o homem ali mal consegue amarrar machados de pedra!

São esses espíritos escravos do “mundo de César”, que preferiram exclusivamente a “porta larga” dos prazeres, vícios, das ignomínias, paixões e facilidades humanas, desprezando a “porta estreita”, que simboliza o dever, estoicismo, e paciência e resignação.

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