O rapaz fora despedido e ficou muito magoado com o seu chefe. Pegou um papel e grafou sua ira com palavras agressivas e o enviou ao seu ex-gerente.
Quando esse leu o bilhete, assimilou o seu conteúdo venenoso e ficou muito irritado. Chegando em casa para almoçar, com aquela carga pestilenta, xingou a esposa porque seus sapatos não estavam bem lustros. Transferiu o veneno para a esposa, que sentiu necessidade de agredir alguém.
E a vez foi da auxiliar doméstica. A patroa descarregou toda sua ira na pobre moça, porque não havia deixado os sapatos do patrão com o brilho desejado.
A serviçal, no entanto, não tinha ninguém para descarregar sua raiva. Saiu esbravejando e viu logo à sua frente um velho cão que tirava um cochilo tranquilamente deitado no chão. Não teve dúvidas. Extravasou toda sua ira em um pontapé no pobre bicho.
O cão saiu em disparada e mordeu a primeira pessoa que encontrou no caminho. Era a vizinha.
Essa, com a mordida recebeu a carga que havia sido emitida pelo funcionário despedido. Tomada de dor e muito irada, acabou por agredir o rapaz que a atendeu na farmácia.
Esse, por sua vez, ao adentrar o lar, furioso, começou a esbravejar contra a mãezinha que o aguardava para o jantar.
Que vida miserável! A senhora é culpada por eu ter que trabalhar feito um condenado naquela farmácia. Não aguento mais tantos problemas!
A mãezinha, calmamente, o envolveu num abraço afetuoso e falou suavemente: É verdade, filho, você tem razão.
E passando a mão nos seus cabelos com carinho, amortizou a ira e fez com que se dissipasse ali, aquele veneno letal que já havia prejudicado a tantos.
A força do amor! Não há arma mais capaz do que o amor!
Ninguém resiste à força do amor. Se uma pessoa chega furiosa, agredindo-nos com palavras e lhe respondemos com calma, ela fica como que imobilizada e sem ação.
É como jogar água sobre o fogo. Enquanto o revide, a ira, são como o elemento inflamável jogado na fogueira.
Ghandi foi um exemplo vivo da força do amor. Enquanto os ingleses portavam armas pesadas, aparentemente invencíveis, ele, com a força do amor, logrou libertar seu povo do jugo da Inglaterra.
Se temos usado a tática do revide, tentemos agora a tática do amor. Basta que respondamos ao mal com o bem, à violência com a não violência, ao ódio com a paciência.
O ensino do Mestre de Nazaré é sábio quando recomenda que se alguém nos bater na face direita lhe apresentemos a outra. Pois bem, quando se nos apresente a ira, a revolta, mostremos a outra face, a face da paciência, da concórdia, da tolerância.
Agindo assim, com certeza, não seremos propagadores da revolta, da ira, da cólera, e de tantos outros males que poderiam ser aplacados com apenas algumas gotas de tolerância.
* * *
Quando ficamos irados, os batimentos cardíacos aceleram-se e o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear o inimigo.
Por isso, é que, às vezes, temos notícias de pessoas que agridem o semelhante por motivos irrelevantes. É que foram dominadas pela cólera.
Assim, é importante que treinemos diariamente para vencermos a ira a qualquer custo, para o nosso próprio bem.
Redação do Momento Espírita com base no cap. 26,
do livro Alvorada cristã, pelo Espírito Neio Lúcio,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.06.2010.
do livro Alvorada cristã, pelo Espírito Neio Lúcio,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.06.2010.
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