Médium é uma palavra neutra e
serve para os dois gêneros. É de origem latina e significa medianeiro, o que
está no meio. O médium serve de intermediário entre o mundo físico e o
espiritual.
Deste modo podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que todos nós somos médiuns,
pois durante nossas vidas teremos alguns sintomas e que sabemos que não são de
ordem física. Afinal quem é que nunca viu um vulto diferente, um assobio
diferente, algumas pancadas, arrastamento de chinelos, vozes, pesadelos,
sonhos, premonições, etc, etc. Só não podemos afirmar que somos médiuns
ostensivos, aquele que tem contacto com os espíritos.
Que sinais são apresentados e que podemos saber que a pessoa é um médium
ostensivo?
Nenhum sinal físico existe que possa dizer que esta ou aquela pessoa é um
médium ostensivo. Ninguém veio marcado para isto. É um dom natural que vem com
a pessoa, pela escolha que esta pessoa fez na espiritualidade.
MÉDIUM - Mediunidade Sintomas
Alguns sintomas indicam que a pessoa pode ter mediunidade.
Os mais comuns são: suor excessivo nas mãos e axilas, maçãs do rosto muito
vermelhas e quentes, as orelhas ardem, depressão psíquica e instabilidade
emocional, melancolia, distúrbios de sono, ou em excesso, ou insônia; perda do
equilíbrio do corpo, sensação de desmaio iminente, súbita aceleração dos
batimentos cardíacos (taquicardia), fobia e medo de quase tudo, sensação de
insegurança. Mas tudo isso vai se estabilizando e desaparecendo conforme o
médium canaliza de forma mais adequada as suas faculdades psíquicas com muito
estudo, trabalho e disciplina.
Outros sinais podem surgir como: sensação de presenças invisíveis; sono
profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis; sensações ou idéias
estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro; Ballonement (sensação
de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado do
desdobramento perispiritual; adormecimento ou formigamento nos braços e pernas;
arrepios como os de frio, tremores, calor, palpitações.
Uma das tarefas mais complexas para o médium novato é conseguir discernir as
influências que atuam na sua psique. Não se questiona mais o fato de que o ser
humano sofre interferências de todos os elementos que compõem o universo, e
isso inclui as formas de pensamento de outros seres. De uma maneira ou de
outra, todos os seres humanos são, em maior ou menor grau de intensidade,
médiuns por natureza. Às vezes, a pessoa escreve uma mensagem e não sabe se
veio dela mesmo, do seu mentor ou de outro espírito. Não tem certeza se foi
inspiração ou psicografia. Às vezes pode até alterar o texto que está recebendo
de um espírito.
Algumas vezes, ao eclodir a mediunidade, a pessoa costuma dar sinais de
sofrimento, perturbação, desequilíbrio. Se a pessoa se perturba ante as
manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua
ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de espíritos
ignorantes, sofredores ou maus. A pessoa que possui tais problemas precisa ser
ajudada até se equilibrar psiquicamente através de passes, vibrações,
esclarecimentos doutrinários. Também deve fazer uma consulta médica. Só depois,
bem mais tarde, ir para uma mesa mediúnica.
Para o desenvolvimento mediúnico, somente deve ser encaminhado quem esteja
equilibrado e doutrinariamente esclarecido e conscientizado.
Médium Ostensivo
A mediunidade ostensiva pode ser percebida quando:
a) houver comprovada vidência ou audição no plano espiritual;
b) se dá o transe psicofônico (falante) ou psicográfico (escrevente);
c) há produção de efeitos físicos – sonoros, luminosos, deslocação de objetos,
desdobramentos, etc.
Mas na verdade, nenhum destes fenômenos, podem dizer claramente que a pessoa
pode ser um médium ostensivo.
Como descobrir então?
Somente com o estudo e a prática da mediunidade. Por este motivo temos os
desenvolvimentos mediúnicos em quase todos os centros espíritas.
Como se caracteriza esse desenvolvimento?
Pelo estudo das obras de Kardec e outras similares e da prática. A pessoa deve
ir praticando as diversas modalidades de mediunidade: Psicofonia, psicografia,
vidência, transporte, desdobramentos, sempre acompanhado de pessoas experientes
nestas áreas. A pessoa pode desenvolver uma destas modalidades com facilidade,
algumas, apenas pequenos vestígios de uma ou de outra e outras pessoas nada
conseguem.
O seu trabalho ficará perdido?
Claro que não. Ele não imagina a ajuda que deu aos espíritos inferiores que
vieram receber as energias de que precisam para se melhorar. Ser médium é fazer
a maior das caridades: a pessoa está doando o seu próprio corpo em auxilio de
muitos necessitados.
Se a pessoa descobrir que é um médium escrevente – deve praticar esta
modalidade com mais afinco, pois este é o seu tipo, assim como os que se
desenvolverem mais para a psicofonia, a vidência, etc.
O primeiro sintoma da mediunidade é a facilidade em captar energias negativas
no local. O médium começa a abrir a boca, sente dores de cabeça quando está em
um lugar com grande aglomeração de pessoas, torna-se irritadiço por qualquer
motivo e tem dificuldades no convívio com a família, chegando a pensar que
ninguém o entende.
Por ser mais sensível do que as outras pessoas, sente com mais frequência as
flutuações de humor, além de vivenciar situações estranhas e aflitivas.
O maior estudioso deste tema foi o fundador do Espiritismo, Allan Kardec (1804
- 1869) que assim definiu a mediunidade: "todo aquele que sente em um grau
qualquer influência dos espíritos, é, por esse fato, médium".
O médium é capaz de produzir um fenômeno de atração magnética e, assim como um
imã, consegue captar o campo áurico de uma pessoa ou de alguém que já morreu.
Ele é uma ponte entre vivos e espíritos e experimenta fenômenos que desafiam
até a ciência.
Para os cépticos, o médium é considerado um "portador de algum distúrbio
psiquiátrico", o que não é verdade. O DSM (Diagnostic and Statistical
Manual of Mental Disorders) -- a bíblia da psiquiatria, orienta que os médicos
devem tomar cuidado para não diagnosticar os médiuns como pessoas portadoras de
alguma psicopatia. A ciência é resistente aos fenômenos mediúnicos e, para
entender porque isto ocorre, devemos lembrar que até o final do século XIX a
mediunidade era chamada de "histeria de múltipla personalidade".
Os médiuns são porta-vozes de um mundo que as pessoas desejam que exista; isto
corre porque a ciência deixa de satisfazer ou atender a uma necessidade
emocional. Eles são, portanto, canais de alívio para muitas aflições, sendo
encontrados na religião espírita, no catolicismo e não raro em outras religiões
que seguem normas mais rígidas.
A mediunidade não escolhe credo, raça ou condição social, ela é divina e
universal.
Tipos de médiuns
Cura: realizam a cura através da imposição das mãos no doente; fazem orações e
cirurgias espirituais.
Desobsessores: capazes de orientar os espíritos que não são evoluídos,
contribuindo para sua elevação (geralmente na primeira sessão, a pessoa
sente-se mal, chegando a dar trabalho para os médiuns mais velhos do centro
espírita).
Intuitivos: considerados os mais elevados; eles ouvem, sentem, recebem o
pensamento dos desencarnados, de modo consciente.
Psicografia: escrevem mensagens provenientes do plano espiritual, auxiliados
por seus mentores (como o caso do maior médium brasileiro já falecido, Chico
Xavier).
Psicopictógrafos: incorporam pintores desencarnados desenhando nas telas obras
fantásticas (como o médium Gasparetto, conhecido internacionalmente).
Videntes: podem voltar-se para o futuro, tendo visões de algo que poderá
ocorrer a uma longa distância. Muitos recorrem à telepatia (quando é possível
ouvir a voz, ou subvoz no seu interior), ou a clarividência (enxergar o
desencarnado ou cenas distantes). Em algumas sessões podem ocorrer a psicofonia
(o médium fala como se fosse outra pessoa) ou a xenoglossia (falar ou escrever
em outro idioma).
O que acontece numa manifestação mediúnica?
O médium fecha os olhos, deixando a mente quieta (meditação) para que depois de
alguns minutos, ocorram os arrepios, a sensação de calor, a aceleração dos
batimentos cardíacos, alguns movimentos involuntários e a sensação de uma outra
energia ao seu redor. Assim, inicia-se o funcionamento cerebral nas regiões da
glândula pineal (centro do cérebro), lobo temporal e o sistema límbico
(responsável pelas emoções).
A atividade na respiração celular pode fazer com que se produza o ectoplasma,
ou seja, a energia humana que possibilita o corpo contatar com o espírito.
A glândula pineal é definida como uma espécie de "antena" que capta
as vibrações dos espíritos. Também é responsável por regular a produção
hormonal e funciona no desenvolvimento do corpo. Esta glândula produz
melatonina (que tem um efeito sedativo) sendo responsável pela percepção da
passagem do tempo - isto explica o fato de o médium não ter noção do tempo em
que ficou no transe.
Depois do término dos trabalhos, o médium precisa refazer o seu ectoplasma, a
substância semi-espiritual que se renova posteriormente, devendo ingerir
proteínas para retornar ao seu estado normal.
Ciência e a
Mediunidade
O físico francês Patrick Druot, pesquisador do Instituto Monroe dos Estados
Unidos, afirmou que: "a mediunidade existe. A ciência sabe como o cérebro
funciona quimicamente, mas ainda não sabe o que faz o cérebro funcionar nos
casos mediúnicos".
Conclui-se que a mediunidade não pode ser vista apenas como algo religioso, mas
como um atributo biológico. O aumento do interesse pelos assuntos relacionados
à mediunidade é explicado pelo desejo de se ter certeza de que a morte não é o
fim, e que é possível contatar com os que já partiram (e que se encontrarão
posteriormente). Quanto maior for o espírito de luz que está auxiliando o
trabalho do médium, maior é o seu nível de consciência. A incorporação deve
ocorrer de maneira suave, harmônica, sendo o médium um portador de palavras de
amor. O ponto em comum de todos os médiuns é o sentimento de ajuda ao próximo.
Fazem parte fundamental do currículo do médium, que entende a sua missão, os
seguintes requisitos voluntários:
HUMILDADE
OBEDIÊNCIA
FÉ
DESPRENDIMENTO
DISCERNIMENTO
PROPÓSITO
FIM
O Fim é o aprimoramento que o médium procura em todos os outros requisitos, e é
vislumbrado quando o Ser percebe que o uso condigno e confiante da Mediunidade,
tem valia em algo de bem e de bom para alguém. Todo o Ser é um iniciado em
potencial, ignorando de início o Modus Operanti, utilizando-se do seu Livre
Arbítrio, estudando o fenômeno, progredirá de acordo com a intensidade das suas
qualidades essenciais. Por esta razão, nem todos os médiuns têm progresso
idêntico. Ser médium é em síntese, ser um pesquisador constante, que inicia por
conhecer-se a si próprio, descobrindo e equilibrando as suas forças positivas e
negativas, para depois então, e só então, partir para o estudo do Universo que o
rodeia.
A honestidade é o mais importante aspecto das suas vidas.
O desenvolvimento da mediunidade significa estar presente no mundo e não
desligar-se dele. O médium possui uma responsabilidade maior do que uma pessoa
comum. Não existe sinal de santificação, ao contrário; é uma vida com muitas
experiências difíceis que acabam por proporcionar o seu amadurecimento.
O dever de todo médium é amar, respeitar o próximo, doar seus ouvidos e
consolar os que necessitam. Deve ter sua moral sempre aperfeiçoada e lembrar
que todos nós estamos sujeitos a lei do karma (causa e efeito). É importante
aplicar-se ao serviço do bem, convertendo-se em um instrumento de luz para si
próprio e para todos os que o rodeiam. A mediunidade é uma dádiva.
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