quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Anjos da Guarda Segundo o Espiritismo

Autor: Jeferson Souza 


Quem são os nossos anjos da guarda? Como interagir com eles? Você sabe quem são os seus protetores espirituais?


Na primeira obra da codificação espírita encontramos uma abordagem sobre o tema "Anjo da guarda" (VI - Anjos da Guarda, Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos) que na doutrina espírita denominamos de "Espírito Protetor", pois no Espiritismo, estudamos que os nossos Espíritos protetores são de uma ordem mais elevada que o seu protegido, portanto, não pode ser um Espírito Puro e nenhum Espírito de Santos.

490. Que se deve entender por anjo da guarda?

— O Espírito protetor de uma ordem elevada. 

Os Espíritos protetores têm por missão auxiliar o encarnado, no qual guarda, através da intuição e da inspiração para que este cumpra seus deveres e a missão no qual se voluntariou, para que possa, dessa forma, evoluir e aprimorar-se como Espírito.

A doutrina espírita nos explica que eles se comportam como o pai que quer ajudar a seu filho, educando-o para que seja um bom filho e um cidadão de Bem, conduzindo com conselhos e consolações diante de situações difíceis e de aflição, que deve guardá-lo do nascimento até o desencarne do seu protegido.

491. Qual a missão do Espírito protetor?

— A de um pai para com os filhos: conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições sustentar sua coragem nas provas da vida.

492. O Espírito protetor é ligado ao indivíduo desde o seu nascimento?

— Desde o nascimento até a morte, e freqüentemente o segue depois da morte, na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas porque essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida do Espírito.

Muitos de nós, nos perguntamos, como podemos nos comunicar com eles, e a resposta é simples, através do exercício do pensamento. O pensamento é o meio pelo qual podemos conversar com eles e receber inspiração ou intuição.

A oração é outra forma que temos para entrar em contato com os nossos guardiões, e eles estão sempre conosco, mas isso não quer dizer que estejam de prontidão ao nosso lado o tempo todo, pois cumprem tarefas espirituais que devem fazer, dessa forma, mesmo que se afastem do ambiente onde estivermos, mesmo assim, onde estiverem estarão conectados conosco, por pensamento.

Quando somos muito rebeldes e quando não queremos os seus Bons conselhos, estes se afastam de nós, temporariamente, mas não nos abandonam, apenas observam os fatos que vão se desenrolando, para que o seu protegido possa agir por conta própria e desta forma, entender que no Universo não agimos sozinho.

Pois assim como no trabalho, cada funcionário possui o seu papel, e que se todos se completam na missão da empresa, o mesmo funciona com cada Espírito no Universo, seja ele encarnado ou não.

495. O Espírito protetor abandona, às vezes, o protegido, quando este se mostra rebelde às suas advertências?

— Afasta-se quando vê que os seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É o homem quem lhe fecha os ouvidos. Ele volta, logo que chamado...

Normalmente os nossos Espíritos protetores são nossos conhecidos de outras encarnações, podem terem sido amigos, familiares ou simpáticos conosco, porém, vale lembrar e reforçar, não é possível que um parente, amigo ou familiar que tenha desencarnado enquanto estávamos em vida física, venha ser o nosso Espírito protetor, pois estes são Espíritos simpáticos ou familiares.

506. Quando estivermos na vida espírita reconheceremos nosso Espírito protetor?

— Sim, pois freqüentemente o conhecestes antes da vossa encarnação.

É dúvida comum de todos nós, quando se trata de uma obsessão ou assédio espiritual, onde questionamos, "Onde está o nosso Espírito protetor nessas horas?", a resposta é muito simples, eles estão nos observando tentando nos ajudar como podem, mas quando a obsessão ou o assédio espiritual ocorre, é por que o encarnado não deseja ouvir seus protetores, mas gosta das vantagens fornecidas pelos Espíritos inferiores.

Diante desta situação, convém, que eles se afastem de nós e fiquem nos observando, até que o nosso delírio termine ou que recuperemos a lucidez, pois assim como, nós falamos para um filho, não coloque dedo na tomada, não faça isso ou não faça aquilo e este não nos ouve, não podemos fazer mais nada, até que ele experimente o erro e veja o seu equivoco.

497. O Espírito protetor pode deixar o seu protegido à mercê de um Espírito que o quisesse mal?

— Existe a união dos maus Espíritos para neutralizar a ação dos bons, mas, se o protegido quiser, dará toda força ao seu bom Espírito. Esse talvez encontre, em algum lugar, uma boa vontade a ser ajudada, e a aproveita, esperando o momento de voltar junto ao seu protegido.

498. Quando o Espírito protetor deixa o seu protegido se extraviar na vida, é por impotência para enfrentar os Espíritos maléficos?

— Não é por impotência, mas porque ele não o quer: seu protegido sai das provas mais perfeito e instruído, e ele o assiste com os seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas que infelizmente nem sempre são ouvidos. Não é senão a fraqueza, o desleixo ou o orgulho do homem que dão força aos maus Espíritos. Seu poder sobre vós só provém do fato de não lhes opordes resistência.

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