SIMPLICIDADE
Quando o Senhor nos exortou à pureza infantil, como sendo a condição
de entrada no plano superior, não nos convidava à insipiência ou à
incultura. Recomendava-nos a simplicidade do coração, que se revela
sempre disposto a aprender.
A rebeldia e a impermeabilidade são, quase sempre, escuros
característicos daqueles que pretendem haver encontrado a última palavra
em madureza espiritual.
Nossos excessos de raciocínio, em muitas ocasiões, não passam de
desvarios da nossa mente, dominada por incompreensíveis cristalizações
de vaidade ou de orgulho.
Criamos, em nossa invigilância, certos padrões convencionais de
conduta que nos impedem qualquer acesso à verdadeira luz e, dentro
deles, dormitamos à maneira de pássaros cativos que encarcerassem as
próprias asas em estreitas limitações.
Contudo, quando entendemos que a vida se renova, todos os dias, e
quando percebemos que todos os minutos constituem oportunidades de
corrigir e aprender, auxiliar e redimir, entramos na posse da
simplicidade real, suscetível de fixar em nosso íntimo, novos painéis de
amor e sabedoria, paz e luz.
Guardemos o espírito de surpresa, diante do mundo e, à frente da
estrada que o Alto nos destinou, convertamos a nossa ligação com o Pai
Celeste por laço essencial de nosso coração com a vida e forma,
estejamos convictos de que cada instante será para nós glorioso passo no
conhecimento superior ou na direção do céu.
Emmanuel
Do Livro: Trilha de Luz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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