sábado, 7 de junho de 2014

A Importância da Doutrina Espírita

         A todos os deserdados da Terra, a todos quantos marcham e que, nas suas quedas, regam com as suas lágrimas o pó da estrada, diremos sempre: leiam “O Livro dos Espíritos”, ele vos tornará mais fortes, mais resignados, mais plenos de esperanças. Também aos felizes, aos que pelo caminho só encontram as aclamações e os sorrisos da fortuna, diremos: estudai este livro e ele vos tornará melhores.

         O corpo da obra, diz Allan Kardec, deve ser atribuído inteiramente aos Espíritos que o ditaram. O livro está, do início ao fim, elaborado segundo o sistema de perguntas e respostas. Por vezes estas últimas são sublimes, o que não nos surpreende, porque foram dadas pelos Nobres Espíritos. Mas não é necessário um grande mérito a quem as soube fazer? Claro que sim. Desafiamos aos mais incrédulos a rir quando lerem esse livro em silêncio e na solidão e sobre seu conteúdo raciocinar. Todos honrarão àquele que lhe escreveu o prefácio – Allan Kardec.

         A moral aconselhada, sugerida pela Doutrina Espírita se resume em poucas palavras: “Não façais aos outros o que não quereis que vos façam”. Lamentamos que Allan Kardec não tivesse acrescentado o “Fazei aos outros como quereríeis que vos fizessem”. Aliás, o livro diz claramente tudo isto através de seu contexto, todo ele crístico, sem o que a doutrina não seria completa. Não basta não fazer o mal; é preciso que se faça o bem. Não fazer o bem já é uma das formas de se fazer o mal. Se formos apenas homem de bem, só teremos cumprido a metade do dever. Somos um átomo imperceptível desta grande máquina chamada mundo, na qual nada é inútil. Não nos digam que é possível ser útil sem fazer o bem; seríamos forçados a responder gastando muitas palavras que requisitariam um grosso volume para contê-las, todas.
         Lendo as admiráveis respostas dos Espíritos, na obra de Allan Kardec, dissemos a nós mesmos que realmente a humanidade necessitava de um belo livro como este. Quem procurar completá-lo, corrigi-lo, alterá-lo cometerá um verdadeiro sacrilégio, porque para os espíritas já conscientes de suas verdades, e com elas convivem bem aconchegados, tal livro é merecedor de máximo respeito e admiração.

         Se o leitor é homem estudioso, gosta de ler, aconselhamos estudá-lo; se tem aquela boa fé que apenas necessita instruir-se, busque-o urgente. Leia e estude “O Livro dos Espíritos”, surgido em 18 de abril de 1857.

         Se deseja saber, o mais possível, sobre a vida do espírito, aqui na carne e fora dela, leia e estude a 2a parte do livro.

         Se está na classe das criaturas que apenas se ocupam consigo mesmas e que conduzem seus negócios com muito lucro e muita tranqüilidade, nada mais enxergando além dos próprios interesses, leia e estude, com atenção desdobrada, as Leis Morais, contidas na sua 3a parte.

         Se a desgraça o persegue encarniçadamente e a dúvida o tortura, leia e estude Das Esperanças e Consolações, na 4ª parte do livro.

         Agora, todos quantos aninham pensamentos nobres no coração e acreditam no bem, leiam o livro e o estudem, com dedicação desdobrada, da primeira à última página.
         Se porventura encontrarem no livro motivo para zombaria, lamentamos profundamente, mas temos de salientar: você não o entendeu, com certeza.


Por ADÉSIO ALVES MACHADO

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