quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

AMOR – PARTÍCULA DIVINA



Desde que Leucipo, na Grécia antiga, em torno do ano 430 a.C., criou a teoria dos átomos e Demócrito lhe deu continuidade, a busca pela partícula inicial da matéria se tornou uma das principais atividades da ciência.

No afã de desvendar esse segredo, muitas descobertas foram feitas, mostrando que o caminho continuava aberto às pesquisas em direção à causa da existência do universo, da matéria e do ser humano.

Pesquisando o ar, o químico francês Antoine Lavoisier, em 1780, descobriu o oxigênio, e no ano de 1810, em Londres, Henry Cavendish descobriu o hidrogênio, provando que a água, até então tida como elemento simples, era produto da combustão do hidrogênio no ar e composta dos dois elementos químicos: hidrogênio e oxigênio.

Isaac Newton, no ano de 1687, observou a existência de uma força fundamental de atração que age em todos os objetos por causa de suas massas, e lhe deu o nome de lei da gravitação universal. Com essa descoberta, a teoria do átomo voltou a ser aceita, quando o inglês John Dalton demonstrou experimentalmente sua realidade.

No ano de 1905, Albert Einstein propôs a teoria da relatividade restrita, com a fórmula matemática: E=mc² – energia é igual à massa vezes o quadrado da velocidade da luz –, colocando-nos na era atômica, mostrando que o átomo não era indivisível como até então se pensava, ele podia ser destruído e transformado em energia, assim como a massa é a energia coagulada.

Agora já era real a Teoria da Relatividade, mas a demonstração de que toda massa pode ser transformada em energia pela equação E=mc² deveria aguardar um pouco mais. Foi somente no inverno de 1938 que surgiu a revelação dos mecanismos profundos da matéria, permitindo que a energia prometida para E=mc² emergisse por intermédio de uma solitária judia austríaca, de 60 anos, Lise Meitner, a que ela chamou de fissão nuclear.

No ano de 1936, o físico Wolfgang Pauli concebeu um elemento sem massa, destituído de carga elétrica e de campo magnético, e lhe deu o nome mindons, porque seria uma partícula da mente humana. O físico inglês V. A. Firsoff, no ano de 1957, conseguiu comprovar sua existência, com o nome de neutrino. A partir dessa descoberta, em 1970, a física do neutrino se tornou uma cadeira nas universidades, porque somente ele poderia explicar a coesão gravitacional das galáxias.

No ano de 1947, um cientista brasileiro, Cesar Lattes, junto com outros cientistas, descobriu uma substância cuja massa é 280 vezes a do elétron: o mésonpi. Por intermédio dos aceleradores de partículas, em 1948, muitos mésonspi foram produzidos por meio de alta energia entre partículas nucleares. Os mésons são uma espécie de cola entre os prótons e os nêutrons.

No ano de 1964, o britânico Peter Higgs e o belga François Englert conceberam uma partícula responsável por conferir massa a tudo o que existe no mundo. Somente em julho de 2012, com experimentos no LHC (Large Hadron Collider) Grande Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas construído – com 27 quilômetros de circunferência, a 175 metros abaixo do nível do solo, na fronteira franco-suíça, próximo a Genebra, demorou 25 anos para ficar pronto e funcionando desde 2008 –, foi comprovada a existência da partícula.

Essa partícula, apelidada de “partícula de Deus”, nada tem que ver com a visão dos cientistas. Surgiu de uma decisão comercial dos editores do livro do cientista Leon Lederman, que resolveu escrever sobre ela. A intenção de Lederman não era a de enaltecer a partícula, muito pelo contrário. O título que Lederman propôs para o livro foi The Goddamn Particle (A Partícula Amaldiçoada). Os editores acharam melhor transformar a revolta de Lederman, com a dificuldade de encontrar a partícula em algo mais comercial. O livro saiu como The God Particle (A Partícula de Deus). E o apelido pegou. Foi o suficiente para que os céticos propagassem que Deus não existe e que o enigma da criação do universo já estava resolvido.

Afirma a ciência que o Universo é comandado por quatro forças: força eletromagnética, força forte, força fraca e força gravitacional.

Mas quem criou a força e o movimento? Quem criou a matéria inicial? Quem criou o princípio inteligente do universo?

Os Espíritos Superiores responderam a Allan Kardec, nas questões de números 1 e 27: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. ”Existe uma trindade universal: Deus, espírito e matéria, e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas”.

O sábio e amoroso espírito Emmanuel assim se refere sobre a profunda beleza da lei divina, nas questões de números 21, 322 e 333, do livro O Consolador, editado no ano de 1940:

“Ao sopro inteligente da vontade divina, condensa-se a matéria cósmica no organismo do Universo. Surgem as grandes massas das nebulosas e, em seguida, a família dos mundos, regendo-se em seus movimentos pelas leis do equilíbrio, dentro da atração, no corpo infinito do cosmo.”

“O ciclo da evolução apresenta aí um dos seus aspectos mais belos. Sob a diretriz divina, a matéria produz a força, a força gera o movimento, o movimento faz surgir o equilíbrio da atração e a atração se transforma em amor, identificando-se todos os planos da vida na mesma lei de unidade estabelecida no Universo pela sabedoria divina.”

“A lei divina é uma só, isto é, a do amor que abrange todas as coisas e todas as criaturas do Universo ilimitado.”

“O amor é a lei própria da vida e, sob o seu domínio sagrado, todas as criaturas e todas as coisas se reúnem ao Criador, dentro do plano grandioso da unidade universal.”

“Desde as manifestações mais humildes dos reinos inferiores da Natureza, observamos a exteriorização do amor em sua feição divina. Na poeira cósmica, síntese da vida, temos as atrações magnéticas profundas; nos corpos simples, vemos as chamadas “precipitações” da química; nos reinos mineral e vegetal verificamos o problema das combinações indispensáveis. Nas expressões da vida animal observamos o amor em tudo, em gradações infinitas, da violência à ternura, nas manifestações do irracional.”

“No caminho dos homens é ainda o amor que preside a todas as atividades da existência em família e em sociedade.”

“Reconhecida a sua luz divina em todos os ambientes, observaremos a união dos seres como um ponto sagrado de referência dessa lei única que dirige o Universo.”

A lei do amor é a única que dirige o universo. João Evangelista, o grande médium e discípulo de Jesus, inspirado, escreveu em sua primeira epístola, no versículo 8, do capítulo 4: Deus é amor. E nós todos, sem exceção, temos essa partícula divina, como afirmou Jesus, referindo-se ao livro de Salmos, capítulo 82, versículo 6: Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do altíssimo.

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