A fim de colimar êxito no
empreendimento das comunicações espirituais inteligentes, deve o médium
que se candidata ao ministério socorrista preencher, no mínimo, as
seguintes condições:
Equilíbrio –
Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente
conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo
Maior.
Conduta – Não
fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui
raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os
Mentores Elevados.
Concentração –
Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir
interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades
mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador honesto, registrá-la com
fidelidade.
Oração – Não
exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior,
ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares,
para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os Instrutores
da Vida Melhor.
Disposição –
Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o
ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de
resultados satisfatórios no intercâmbio medianímico.
Humildade –
Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium
disporá para uma completa assimilação do ditado espiritual, porquanto,
nos temperamentos rebeldes e irascíveis a supremacia da vontade do
próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres
desencarnadas.
Amor – Não
estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres
fraternos em nome do amor que desculpa, do amor que ajuda, do amor que
perdoa, do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de
Entidades perniciosas com as quais se compraz afinar.
O ministério do intercâmbio mediúnico é, sobretudo, um labor de auto-burilamento, no qual o encarnado mais se beneficia.
Quem não pretende domar-se, não consegue
ajudar os que se debatem na indocilidade, sob as vergastadas da
frustração e do equilíbrio.
Aquele que se recusa ascender por esta ou
aquela razão, na teimosia das paixões em que se demora, sincroniza
mentalmente com os Espíritos rebelados que o martirizam, e cuja
companhia se lhe torna habitual.
Mediunidade é faculdade psíquica que se
pode considerar meio, instrumento, ponte que faculta o intercâmbio
entre duas situações vibratórias.
Aquele que não prepara este meio convenientemente, jamais logra sair de si mesmo, tão vencido se encontra pela predominância da personalidade em desalinho.
Ofertemos as nossas disposições a Jesus
Cristo, o Amigo Operante, que soube transformar-se no excelente Médium
de Deus, deixando que a suprema vontade do Pai se lhe fizesse a própria
vontade, até o momento do holocausto por amor a todos nós.
Se não formos capazes de manter o nosso
concurso mediúnico em forma de testemunho de amor pelo nosso próximo,
na esfera física, não teremos condição de abrir a alma em flor ao sol
da misericórdia divina, em benefício dos nossos irmãos infelizes do
Mundo Espiritual, que esperam por nós.
Pelo Espírito de: João Cléofas
Psicografado por: Divaldo Pereira Franco
Livro: Intercâmbio Mediúnico – Salvador, BA: LEAL, 1986, cap. 12
Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan kardec
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