Como sempre, a nossa palavra de
incentivo é dirigida aos nossos irmãos médiuns, cujo trabalho é de suma
importância na solidificação da fé.
Não se trata, evidentemente, apenas do
consolo e do esclarecimento aos nossos irmãos despojados do corpo
físico. Uma reunião como esta extrapola em benefícios de muitos,
estejam no corpo ou fora dele.
A mediunidade, bem como o seu exercício,
não dever ser motivo de sofrimento para o medianeiro, motivo de
aflição, de perturbação; ao contrário, a faculdade mediúnica aflorada é fator de equilíbrio psicológico para o médium em busca de maior serenidade. Mediunidade deve ser sinônimo de alegria, de esperança, de possibilidade de ser feliz.
Evidentemente, a tarefa impõe
responsabilidade, pois nada se consegue sem disciplina. A vitória, em
qualquer setor de atividade humana, não se alicerça na desordem. O
médium carece de eleger prioridades e de cumprir com descontração o
dever a que é chamado… A possibilidade de atender aos nossos irmãos
enfermos fora do corpo, o ensejo da doutrinação, do diálogo
terapêutico em grupo, a mensagem que se propaga lá fora, alcançando
famílias e companheiro outros, incrédulos alguns, desalentados outros e
sem perspectiva para o futuro.
Vejamos a mediunidade como uma árvore
frondosa, de raízes fortes, árvore que oferece sombra acolhedora,
frutos sazonados e que garante a existência da fonte. Não entendamos a
mediunidade como sendo uma punição ou carma… A mediunidade é sempre uma benção, seja qual for a maneira pela qual se manifeste.
O medianeiro necessita de centrar-se, procurando o equilíbrio das
próprias emoções, direcionar os pensamentos para o Alto e entregar-se,
confiante, aos Benfeitores Espirituais que o assessoram.
O trabalho é imenso; estamos apenas no
começo, digamos assim, de nossos empreendimentos espirituais sobre a
Terra… Muito ainda há o que fazer. A mediunidade é cerceada pela falta
de conhecimento da maioria, pelo misticismo, pela crendice, pela
superstição; mas a mediunidade carece ser exercida de modo simples,
sem quaisquer empecilhos – empecilhos que, muitas vezes, são colocados
na mediunidade pelo próprio sensitivo, que não se liberta de suas
concepções equivocadas, de seu fanatismo e de seu preconceito, porque
não procura estudar e se esclarecer.
Nossos irmãos em humanidade permanecem
na expectativa das melhores notícias do Plano Espiritual, de uma luz
que se lhes acenda no caminho obscuro, de um gesto, de uma atitude de
esperança, de algo que lhes enseje reflexões e que lhes oportunize o
crescimento íntimo, com a conseqüente emancipação intelectual, para que
aprendam a racionar com clareza, a pensar por si mesmos e a se
devotarem à prática do bem aos semelhantes com espírito de
desprendimento.
Saneemos a mediunidade; que os
médiuns saneiem em si mesmos as suas faculdades mediúnicas,
escoimando-as de quaisquer interferências negativas, relacionadas com o
passado ou mesmo com os conflitos atuais e dificuldades de
relacionamento. A mediunidade assim exercida cooperará com o
médium, para que o médium conseqüentemente se conheça um tanto melhor
e, apensar da consciência de suas limitações, prossiga trabalhando com
alegria, ânimo e coragem.
Espírito: Odilon Fernandes.
Médium: Carlos A Baccelli.
Livro: Incentivo à Mediunidade. cap. 32. 2003.
Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espirita Allan Kardec
Nenhum comentário:
Postar um comentário