domingo, 13 de setembro de 2015

O Espiritismo na Arte, Evolução do Espírito, Revolução no Mercado

temática espírita vem ganhando mais espaço no mercado artístico nacional e internacional. Essa é uma tendência que aparece na mídia, mais do que a nossa percepção está atenta. Ocorre em todas as manifestações que envolvem a comunicação de massa, desde o cinema, TV,teatro, música, artes plásticas,enfim,percebe-se uma vontade, ou melhor, uma sensível necessidade de abandonar as amarras da materialidade para dar lugar à meditação ou a vivência sobre a libertação espiritual. A curiosidade abrange pesquisas do etéreo, do extra-terrestre, da meditação, e de tudo o que possa fugir ao domínio da matéria, do palpável. Não há como sofismar o que está nitidamente em crescimento.
A arte, com as suas antenas sensíveis, está sempre oferecendo ao público o espetáculo mais oportuno ou o que ele mais necessita. No momento, parece que a grande massa deseja mesmo aproximar-se de tudo que envolva a figura de Deus.
Esta é uma oportunidade especial para os espíritas, que podem divulgar a Doutrina codificada por Allan Kardec, usando as diferentes mídias que a arte oferece. É exatamente aqui, que precisamos parar para meditar. Qual a arte que devemos oferecer ao público tão carente da espiritualidade? Pensemos, por favor, em algo bem longe de uma quermesse de fundo de quintal. Fujamos de uma atividade artística menor, da que é feita em nome de uma ajuda misericordiosa ou de um voluntariado capenga e decadente, embora não se possa negar, de muita boa vontade é claro, principalmente quando não tem algo mais interessante a realizar. Descartemos esse tipo de voluntariado nocivo, que não está nada disposto a obedecer, mas que está sempre disposto a realizar o que lhe passa pela cabeça, ou o que lhe é oportuno, sem perguntar se é isso que se necessita. Esse tipo, para o qual o prioritário é como sempre, a satisfação do seu EU, sem pensar nos valores da comunidade. O famoso voluntário de restos de tempo, que costuma ser cheio de emoção, diga-se de passagem, excessiva, quase inoportuna e o que é pior, de uma religiosidade tão piegas que só consegue mesmo afugentar todas as pessoas de bom senso. Cuidado!
A hora que se apresenta é de uma ação artística significativa, profissional, algo que transmita credibilidade ao mercado, não uma ação paralela, de pouca expressão, e que só consegue comentários pouco animadores como:
“Coitados, eles fazem o que podem. Não deu mesmo muito tempo para ensaiar.
Tão difícil arrumar horário. Quando um pode o outro não pode.
Todo mundo trabalha, né! Se tivesse mais tempo, aí sim!
A esse tipo de acontecimento é que se chama de uma ação menor, medíocre e perigosa para a divulgação da Doutrina. Efetivamente, tal acontecimento artístico, está sem condições de competir com a produção artística vigente no mercado.
Não há dificuldades onde há vontade firme de realização, isso já está provado.
Meditemos, nós artistas, no assunto para poder melhor servir.
SACROSSANTA MEDIUNIDADE
A mediunidade, é um fato inerente ao homem, quer ele se confesse médium ou não. A inspiração Divina está para todos os seres humanos, quer sejam espíritas ou não. O uso da mediunidade atinge todas as nossas ações planetárias.
Quando trabalhamos e aqui estamos falando do trabalho considerado como material, unicamente porque provê as nossas necessidades básicas planetárias, como comer, vestir, morar, divertir-se etc. Então, quando trabalhamos pelo pão nosso de cada dia, usamos a nossa mediunidade intuitiva para orientar e resolver problemas da empresa a que servimos, sem que isso nos melindre de estarmos “vendendo a nossa mediunidade”. A inspiração e a intuição são um fato na vida humana, desde os acontecimentos mais comezinhos até os de maior relevância planetária. Todos estão sempre obedecendo ao comando Divino.
A nossa integração, encarnados e desencarnados é diuturna, não há trégua e isto também é um fato que temos que considerar.
Os espíritas mais descansados e nós diríamos, hipócritas, convencionaram e fizeram disso, voz corrente, para que acreditássemos que só somos médiuns nos centros espíritas, o que não passa de uma inverdade, um pseudo dogma, que só encobre a preguiça e a falta de vontade no investimento sério de crescimento pessoal e de promover de maneira participativa o avanço planetário.
Nós só avançamos, quando compreendemos e acreditamos. Se acreditarmos em uma “mediunidade sacrossanta”, disponível apenas a poucos privilegiados, por inércia, imediatamente recolhemos as nossas possibilidades de avanço, nossos talentos. No entanto, encontramos em (Mateus, X:8) Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,limpai os leprosos,expeli os demônios;daí de graça o que de graça recebestes. E ao que parece, isto é para todos. É esse o rol de atividades que devem ser oferecidas aos mais necessitados.
Ele não se refere a alguns eleitos, designados por Deus, para exercer o fato mediúnico. A mediunidade humana, que se volta para o ego ou para as vantagens elitistas, que fomentam o grande trânsito para o orgulho, a vaidade, a prepotência e coisas bem piores que deveriam estar alijadas das casas espíritas. Esta decisão tão arbitrária, é que decide com uma autoridade suspeita, que alguns indivíduos são médiuns, e outros não. Materializando assim, mais uma vez, o desejo egoísta das conveniências de alguns dirigentes de casas espíritas, pouco disponíveis a favorecer o crescimento dos médiuns.Talvez porque eles mesmos se negam a enfrentar o trabalho de crescer.
Somos todos médiuns assim, e o tempo todo. O período inteiro de nossas vidas. O que se propõe aqui, para meditar é “médiuns de quem? E a serviço de quem?”
Deus sabe da necessidade de auto- sustentação dos seus filhos, pois todos somos encaminhados a isso : ganharás o pão com o suor do teu rosto, e os que, momentaneamente, se vêem privados dessa auto- sustentação, por qualquer razão, devem contar com a simpatia e a solidariedade dos que estão em melhores condições. Mais uma prova de que, somos todos irmãos perante o Pai Creador de nossos espíritos e que pertencemos a uma mesma família.
A arte, como qualquer investimento humano, necessita de auto- sustentação. Os médiuns mais ligados à sensibilidade artística podem realizar um grande auxilio planetário, deixando fluir essa mediunidade, sem preconceitos tolos e fora de propósito, que impeçam o avanço de todos. Os médiuns, atores, cantores, poetas, pintores, instrumentistas e quantas outras manifestações artísticas, que possam ainda advir, são parte importante, imprescindível mesmo, para dar seqüência ao entendimento e glória de Deus, para dar auxilio a toda a humanidade na sua maior tarefa, no investimento do seu crescimento espiritual. É, portanto lícito, trabalhar no”ganha pão” e servir a Deus ao mesmo tempo, principalmente quando isso é feito com honradez e lisura.Os médiuns artistas, podem sim, unir-se em ONG’s (Organizações Não Governamentais), instrumentos auto -sustentáveis, para dar seqüência e sustento das suas manifestações artísticas, tão necessárias à transmissão das boas novas Divinas.
Quantos espíritos rebeldes podem ser envolvidos pela magia da arte, sendo assim conduzidos ao entendimento de Deus? Vamos deixar de servir, apenas por mero preconceito? Pelo que vão dizer? A nossa fé é raciocinada ou não?
A nossa proposta é de que isso ocorra dentro do bom senso, do equilíbrio, do viver dentro do nosso tempo, como nos recomenda o Evangelho.
Uma ONG assemelha –se a uma empresa moderna que prevê o seu produto, incorpora os seus funcionários e rateia os seus lucros com estes, e com o social.
Os médiuns artistas reúnem-se, fundam uma ONG e escoam para o social a sua arte. Amealham fundos de sobrevivência pessoal e coletiva, valorizando ainda ,o Pai Creador, falando da Doutrina Crística, revelando Kardec e a reencarnação.
Os lucros podem ser assim ser orientados:
O todo é repartido em 3(três) partes assim distribuídas:
1/3 para a sustentação da ONG e dos novos projetos,
1/3 para investimento no social ou caridade,
1/3 para sustentação dos participantes, em rateio em partes iguais ou como for acordado pelos estatutos da instituição e dos seus objetivos.
Este é o modelo de uma empresa moderna possibilitando a muitos espíritas trabalharem em semelhante modelo empresarial. As coisas de Deus são para os seus filhos, e os mais atentos e obedientes realizam a vontade do Pai.
Se os espíritas estão cheios de orgulho, preconceitos e criando dogmas absurdos e incompatíveis com a própria Doutrina é um problema pertinente aos que desejam interar os seus talentos.Mas nós outros, compromissados com o Cristo, com o Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, não temos que dar ouvidos a tais espíritos que vivem ainda numa Idade Média perdida, favorável aos seus desejos obscuros de comando insano, doente e totalmente fora de época, local e oportunidade.
Quando se fala em mediunidade gratuita fala-se sim, e com bastante clareza, em não mercadejar o passe e o Evangelho do Senhor.
Mas não se fala em impedir o avanço da humanidade com a omissão do nosso trabalho.
Mozart foi um grande médium e nem por isso deixou de vender as suas obras.
Einstein foi um grande cientista e nem por isso deixou de viver honradamente com o fruto do seu trabalho.
A arte tem um papel importantíssimo na divulgação do Evangelho do Cristo, na conscientização do papel que cabe ao Brasil como o celeiro do Mundo e a cada um de nós, os participantes da Pátria Planetária ,onde o Coração do Mundo palpita em nome do Cristo.
Porque vamos enterrar esses talentos, essa missão tão bela, essa diretriz? Para atender preconceitos mesquinhos e de fundamentação teórica insustentável?
Estudemos mais, muito mais, para poder escapar do jugo medieval que se instala em muitos centros Espíritas, completamente fechados em si mesmos e que se negam a acompanhar os rumos e diretrizes que Deus oferece à humanidade em crescimento.
Para que a arte, como temática Evangélica, possa realmente cumprir os seus designos e ser um setor auxiliar da grande tarefa de Ismael, deve ter em mente, que uma ação realizada em restos de tempo, não pode mesmo ser algo que se possa levar a sério.
Efetivamente, não estamos defendendo aqui qualquer impulso artístico menor ou inconseqüente. Defendemos, sim algo muito mais sério para o avanço da humanidade neste momento difícil que se apresenta para a humanidade, que é a divulgação do Evangelho do Cristo pelo canal da Arte. Isso requer uma preparação mediúnica muito boa e uma prática Evangélica atuante, com excelência, para impedir a intromissão das trevas. Requer com absoluta certeza a pureza de um preparo artístico sem mácula para produzir e dar ao mercado artístico, produtos da mais alta qualidade, capazes de competir no mercado sem receio ou rubores, cumprindo com dignidade a sua tarefa artística e mediúnica.
Falamos aqui de concorrer a prêmios artísticos nacionais e internacionais, assim como a subvenções governamentais e tudo que um setor artístico pode e deve realizar.
Requer um pensamento profissional amplo, um treinamento profissional e um marketing adequado à divulgação da manifestação artística a que se propõe.
Muitos pensarão que é difícil, mas não há dificuldade para quem quer realizar verdadeiramente. Afinal, qualquer artista do mercado está sujeito a tais dificuldades, porque com o artista espírita deve ser diferente?Só porque é espírita?
O sucesso está disponível a todos que queiram pagar o preço da dedicação ao trabalho, com todos os envolvimentos da renuncia e do sacrifício que a arte exige.
Vamos lembrar aqui uma experiência de um grupo de teatro francês que conheci em um festival internacional, não me lembro o local e muito menos o nome do grupo, lembro-me sim do fato que mais me impressionou — a organização do grupo. Compunha-se de um certo número de pessoas, que de acordo entre si, alugaram uma gleba de terra em uma cidadezinha da França. Cuidavam de um rebanho de cabras e comercializavam os seus produtos. Todos sabiam pastorear, ordenhar e fabricar produtos procedentes dessa atividade pecuarista. Vendiam esses produtos para sustento do grupo.
Organizavam-se da seguinte maneira: uma parte do grupo produzia um espetáculo teatral e saiam pela França e pelo mundo mostrando a sua criação artística. A outra parte do grupo cuidava do seu negocio rural durante o dia e ensaiava um novo produto artístico ao entardecer e à noite.
Quando o primeiro grupo voltava da sua turnê, o outro já estava perfeitamente pronto para sair, trocando-se assim de atividades.
Viviam todos da empresa rural e os lucros eram divididos mais ou menos nas proporções relatadas anteriormente.Assim realizavam o seu anseio artístico livremente, sem a menor preocupação com temas oportunos, ou do desejo da mídia. Apresentavam simplesmente o que era da sua vontade, da sua crença e da arte em que acreditavam.
Não estamos propondo, de forma alguma, a criação de cabras como única possibilidade de auto- sustentação dos grupos artísticos , principalmente ,os que pretendem divulgar o Evangelho do Senhor. Há sim, inúmeras atividades que podem ser empreendidas por grupos que desejam produzir a arte para a qual foram instrumentalizados pela providencia Divina. Podem começar, organizando-se em cooperativas ou empresas que produzam algo diferente da arte comercial, algo de boa qualidade que possa contribuir para auto-patrocinar a arte que se faz necessária ao povo de Deus.E isso sem ter que abrir um caminho tão difícil na mídia do momento, ao que parece, pouco disposta a cooperar com qualquer espaço que não lhe seja de interesse próprio.
Empresariando-se, os artistas médiuns podem ser úteis ao avanço planetário realizando na sua cidade o melhor da mais nobre arte, a que acreditam, a da sua mais ampla paixão, ajudando assim a conduzir o povo de Deus para os caminhos do amor, da paz, da caridade, cooperando com a espinhosa missão de Ismael que trás na sua bandeira fincada em solo brasileiro a insígnia “Deus Cristo e Caridade”.

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