domingo, 22 de fevereiro de 2015

II INTUIÇÃO DAS PENAS E DOS GOZOS FUTUROS

Em O Livro dos Espíritos
Livro quatro – cap II

A crença, que se encontra em todos os povos, sobre as penas e recompensas futuras procede do pressentimento da realidade, dado ao homem pelo seu Espírito. Porque não é à toa que uma voz interior nos fala, mas o nosso mal é não escutá-la sempre. Se observássemos bem isso, com a devida freqüência, nos tornaríamos melhores. (LE - 960)

O sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte é

·    a dúvida para os céticos endurecidos;
·    o medo, para os culpados;
·    a esperança para os homens de bem. (LE - 961)

Apesar do pressentimento da vida futura e das coisas espirituais que o homem trás em si, há céticos, mas são em menor número do que supomos. Muitos se fazem de espírito forte durante esta vida por orgulho, mas no momento da morte não se conservam tão fanfarrões.  (LE - 962)

NOTA DE ALLAN KARDEC - A conseqüência da vida futura decorre da responsabilidade dos nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na distribuição da felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não poderiam ser confundidos. Deus não pode querer que uns gozem dos bens sem trabalho e outros só o alcancem com esforço e perseverança.

A idéia que Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela sabedoria de suas leis, não nos permite crer que o justo e o mau estejam aos seus olhos no mesmo plano, nem duvidar de que não recebam algum dia, um a recompensa e outro o castigo pelo bem e pelo mal que tiverem feito. É por isso que o sentimento inato da justiça nos dá a intuição das penas e das recompensas futuras.


O homem de uma certa maneira fez idéias muito grosseiras e absurdas das penas e dos gozos da vida futura, porque a inteligência ainda não lhe foi suficientemente desenvolvida. Assim é também a criança, não compreende da mesma maneira que o adulto. Aliás, isso depende também do que se tenha ensinado: é nesse ponto que há necessidade de uma reforma. Nossa linguagem é muito imperfeita para exprimir o que existe além do nosso alcance. Por isso foi necessário fazer comparações, sendo essas imagens e figuras tomadas como a própria realidade. Mas à medida que o homem se esclarece, seu pensamento compreende as coisas que a sua linguagem não pode traduzir. (LE - 966)

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