quinta-feira, 24 de julho de 2014

Comportamento e Participação Octávio Caúmo Serrano

O que é uma reunião espírita? O que aprendemos e o que recebemos enquanto estamos no Centro?

Resumidamente, podemos dizer que uma reunião espírita é o momento em que sintonizamos com os Espíritos. Nasce uma ligação entre eles e nós pela afinidade que criamos nesse contato.

Sendo assim, podemos escolher o que desejamos obter quando vamos ao Centro Espírita: sair dali fortalecidos, serenados, dar nossa contribuição para que o ambiente fique em harmonia, ou ser agente de perturbação, propositada ou involuntariamente.

Contribuímos para que o ambiente fique tenso quando nos recusamos a seguir a disciplina, que é sempre produto de muito estudo dos dirigentes. Não respeitamos horários, não nos comportamos conforme as normas da casa, queremos regalias e externamos gestos para sobressair, sem cultivar a modéstia e a humildade.

Mas não é só quando o fazemos propositadamente que perturbamos o ambiente espiritual do Centro Espírita. Há muitas atitudes, aparentemente sem importância, que contribuem para desviar a atenção das pessoas.

Vejam algumas:

Dirigimo-nos ao centro em trajes impróprios para o ambiente. Os homens de regata, de short, de chinelo, por exemplo. As mulheres de curtíssimas minissaias, decotes, barriga e costas de fora. Com tal comportamento, despertamos nas pessoas suas paixões inferiores. 

Nada, nem o calor,  é desculpa para ir à reunião nessas condições. 

A espiritualidade que se reúne no centro é formada por espíritos e pessoas com certo equilíbrio, mas também por perturbados espirituais; encarnados e desencarnados. Uns querem ajudar e outros vão lá para buscar socorro ou criar problemas.

Se em vez de concentrar na prece,  na leitura, na aula ou na palestra, para estabelecer ligação com o plano espiritual do Bem, ficamos ligados às pessoas e aos seus trajes insólitos, desviaremos a atenção do principal. Em tais circunstâncias, nossa sintonia será com espíritos igualmente sensuais e atrasados, o que pode produzir um processo de obsessão.

O mesmo se dá quando bocejamos, conversamos, olhamos no relógio, dormimos, tiramos o sapato, chacoalhamos a perna, batemos o pé, mexemos no cabelo, roemos as unhas...  São manias e inquietações que nos afastam do objetivo da reunião, além de desconcentrar os outros. Ninguém sai ganhando. Estivemos ali fisicamente, mas não aproveitamos nem o tempo gasto com a ida ao Centro.
Numa reunião evangélica é importante fazer silêncio: físico, mental e espiritual fiscalizando até os pensamentos. Se assim não for, a finalidade não se cumpre; a presença física, simplesmente, nada acrescentará ao espírito.  

Pense nisso, mas pense com muita seriedade!


Artigo publicado na Tribuna Espírita, Paraíba, edição de Janeiro/Fevereiro de 2005 e reproduzido com autorização do autor

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