segunda-feira, 2 de junho de 2014

A missão do espiritismo




Na maioria das vezes, a curiosidade das pessoas sobre o espiritismo se resume na possibilidade de comunicação com os desencarnados (mortos). Pensam que o centro espírita é um lugar onde as pessoas se reúnem com a única finalidade de especular sobre o passado e sobre o futuro, em uma espécie de reunião onde se fazem previsões sobre todas as questões que forem de interesse dos encarnados (que estão no corpo físico).


Nada mais enganoso!


Apesar de a comunicabilidade com os espíritos ser perfeitamente possível, não é essa a intenção primordial da doutrina espírita. O fenômeno da comunicação mediúnica, como o próprio nome diz, não passa de um fenômeno. O que é importante, realmente, é a reforma íntima, que o Cristo há 2 mil anos está nos convidando a fazer e nós não temos tempo para iniciá-la por nossa própria vontade.


Há duas maneiras de evoluir. A primeira é estudando e empregando força para domar as más tendências que nos são inerentes, devido ao nosso estado evolutivo. A segunda é através da dor. Os imortais nos advertem, há tempos, que a dor é uma grande conselheira. Na maioria das vezes, apenas após passarmos por uma situação dolorosa (dor física e/ou moral) é que a nossa mente se abre para a necessidade da reforma íntima. A dor nos faz ver a puerilidade das coisas materiais e a essencialidade das coisas espirituais.


Por isso, devemos bendizer a doença, a separação dos entes queridos, os desastres ambientais, os infortúnios financeiros. São eles que nos conduzirão a um estado de alma onde estaremos aptos para iniciar a reforma íntima. Só os grandes desastres fazem com que enxerguemos os nossos semelhantes como nossos irmãos. Nas calamidades é que nos auxiliamos mutuamente, independente de raça, cor e religião.


Por esse motivo, a grande missão do espiritismo não é demonstrar a realidade da comunicabilidade com os espíritos. Isso é um fato. Se a pessoa acredita ou deixa de acreditar nesse fato é um problema essencialmente dela. Mas a reforma íntima é um problema de todos os habitantes da Terra. É uma responsabilidade que todos temos de compartilhar. Sendo assim, quando tivermos a possibilidade de alavancar com direção ao início do trabalho de reforma íntima, nem que seja um só dos nossos irmãos, não percamos tempo. A evolução do planeta (e dos seus habitantes) é uma lei divina. A única fatalidade que existe é que iremos evoluir. Se nos esforçarmos essa evolução se dará de forma mais rápida e amena. Se não nos esforçarmos, a força das circunstâncias nos levará a perfeição.



Portanto, caro leitor, quando puder comparecer a um centro espírita ou quando tiver contato com uma obra espírita, dispa-se de todos os preconceitos e deixe que a espiritualidade lhe toque a alma e inicie de imediato a reforma íntima. Você poderá nunca ver, ouvir ou conversar com um espírito, mas, com certeza, irá construir os alicerces para uma vida plena, nesta encarnação e nas futuras, através da mudança interior que a todos conduzirá a condição de homens e mulheres de bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário