sábado, 5 de abril de 2014

PASSE – Sobre o modo e técnicas de aplicação do passe



Quais são os tipos de passes?
Kardec, diz superficialmente sobre a simplicidade na aplicação do passe (apenas imposição de mão)
e Herculano Pires reforça essa afirmativa. Mas em todos os cursos que se faz de passes fala-se nas
técnicas (longitudinal, transversal, circular etc), e André em seus livros menciona algumas dessas técnicas.

Eis a minha pergunta: Essas técnicas são corretas ou apenas com a simples imposição de mãos no chacra coronário é suficiente?
Na nossa Casa Espírita houve uma certa divergência quanto aos procedimentos para se aplicar o passe. A maioria dos trabalhadores vieram da Federação Espírita do Estado de S.P. onde se segue as orientações de Edgard Armond. Aqueles que são filiados à USE tem outro procedimento. Então decidiu-se pela simplificação do passe, com a simples imposição de mãos, seguindo a linha que parece estar sendo utilizada pela maioria atualmente.
Com a finalidade de nos mantermos atualizados, gostaria de saber quais os tipos de passe que estão sendo utilizados hoje em dia, nas Casas Espíritas.
É indispensável a gesticulação das mãos, nos passes dentro do Centro Espírita?
Que dizer das práticas que recorrem a gestos dos mais variados, impondo uma espécie de “mecânica” do passe? Não seria mais eficaz a simples e fraterna imposição de mãos?

Algumas instituições Espíritas fazem campanha contrária ao uso de técnicas na aplicação de passes em algumas Casas Espíritas (técnicas que foram estudadas por diversos magnetizadores) afirmando que Jesus apenas utilizava da imposição das mãos.
Qual seria a postura correta diante desta questão?
Qual a importância das técnicas utilizadas na aplicação do passe e que foram desenvolvidas após anos de estudos por antigos magnetizadores como Mesmer, Puysegur e outros?

Os amigos espirituais nos dizem que se pode recorrer à fórmula que mais nos inspire confiança. Convém, apenas, não criarmos polêmicas inúteis entre nós nem exagerarmos na gesticulação.
As técnicas utilizadas pelos antigos magnetizadores têm a importância que lhe atribuam os seus estudiosos e praticantes, não sendo, porém, prática indicada para a casa espírita, em que os passes não são feitos apenas com o magnetismo humano mas com a ajuda dos bons espíritos.
No C.E.A.K., em Campinas, costumamos orientar os passistas a procederem como está em nosso livro “Fluidos e Passes”:
1) Procurar estabelecer o contato mental e fluídico com o assistido.
2) Breve imposição das mãos sobre a cabeça do assistido, para “carregar” de fluidos a serem transmitidos.
3) Aplicar, então, o passe longitudinal, algumas vezes; se houver intuição a respeito ou notar necessidade, aplicar, também, passes rotatórios ou transversais.
4) Encerrar com uma imposição.
Como dirigente do grupo de passes, fico em dúvida se durante a aplicação do passe, o dirigente deve dizer alguma coisa. Por exemplo, direcionar o pensamento das pessoas ao envolvimento magnético,aos fluidos do plano espiritual superior que estão sendo jorrados, etc. ou não.
Na casa espírita, geralmente temos vários passistas aplicando passe em várias pessoas ao mesmo tempo e cada qual tem relativa autonomia no procedimento (uns são mais rápidos que outros; alguns sentem necessidade de variar no tipo de passe aplicado, etc.). Portanto, não comporta que o dirigente fique tentando orientar nesse momento a aplicação dos passes.
Previamente, as pessoas foram instruídas sobre o que é o passe e como se comportarem durante ele para se tornarem receptivos aos fluidos ministrados. E, em cada turma, antes de se aplicar o passe e ao final dele, é feita pequena prece. Mas a aplicação do passe é feita em silêncio respeitoso e com muito fervor nos assistidos e nos passistas.

Que relação existe entre os chakras e o passe?
É que a emissão e recepção das energias transmitidas no passe se faz através dos centros de força (chakras).
O cruzar as pernas ou braços prejudica em alguma coisa no passe?
Os magnetizadores falariam de impedimento às correntes centrípetas ou centrífugas mas, do ponto de vista espírita, não há qualquer inconveniente, pois os fluidos são absorvidos pelos centros de força. Porém, o inconveniente está em que, às vezes, os membros cruzados podem ficar dormentes ou requerem movimentação, exigindo a atenção do assistido que, no momento do passe, deveria ficar concentrado e receptivo.
De acordo com O Livro dos Médiuns toda ação por parte do homem seria secundadapor espíritos afins com o objetivo do ato. Se pensarmos assim podemos afirmar que não há o chamado “passe magnético”, como classifica Kardec,
e sim apenas o “humano-espiritual”?

Geralmente, costuma haver, mesmo sobre os magnetizadores, a assistência de bons espíritos sendo, portanto, o passe humano-espiritual; o que não quer dizer que o magnetizador não possa agir de si mesmo e, neste caso, seu passe é magnético.
Quais são e de onde são tirados os fluidos envolvidos no processo do passe? R: Como vimos na resposta anterior, costumam ser originados do próprio passista ou do plano
espiritual. Também podem estar sendo trabalhados, no passe, derivados do fluido universal.

Quanto tempo deve durar o passe?
Não há um tempo determinado para que a transmissão de energias entre passista e assistido se conclua. Na casa espírita, como o passe é feito com assistência dos espíritos, costuma ser de 40 segundos, mais ou menos.
Você acha que os passes dispersivos são sempre necessários?
Sempre, rotineiramente, não, mas costumam preparar melhor o assistido para a recepção das novas energias.

Em um ataque epiléptico qual tipo de passe devemos utilizar?
O ataque epiléptico resulta de uma disritmia cerebral. Durante ele, são necessários alguns cuidados físicos: não mexer na pessoa senão o necessário para colocar sua cabeça em posição favorável e procurar evitar que ela “engula” a própria língua. Espiritualmente, ficar em oração, rogando o auxílio do plano espiritual. Quando a pessoa retornar ao normal, reconfortá-la fraternalmente e aplicar um passe de refazimento.
E nos casos de possessão?
Passes dispersivos são os mais aconselháveis, num primeiro momento, para retirar fluidos dos quais o obsessor se está utilizando para agir sobre o obsidiado. Quando este já estiver liberado (ainda que momentaneamente) do assédio do obsessor, aplicar, então, passes de refazimento, de transmissão de energias boas, das quais ficou desgastado.
O passe só pode ser dado no centro espírita?
De preferência, sim, porque o centro espírita conta com especial assistência de espíritos e recursos fluídicos de que outros locais não dispõem, porque visa ao atendimento do público em geral e precisa estar devidamente aparelhado para isso. O passe também poderá ser aplicado em outros locais, como socorro de emergência ou quando os assistidos não possam se dirigir ao centro espírita. (por exemplo: enfermos acamados, em seus lares ou nos hospitais) mas, nesses casos, convém observar certos cuidados, como é orientado em nosso livro “Fluidos e Passes”.
Se alguém nos pedir para irmos à sua casa dar um passe em alguém obsediado, devemos ir?
Como os lares não costumam apresentar condições ideais para esse trabalho, é preferível começar a ajuda pela assistência à distância, até que haja condições do obsidiado ser trazido ao centro espírita para um atendimento mais direto.

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