O pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma de processo mental ou faculdade do sistema mental. Pensar permite aos seres modularem o mundo
e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas
metas, planos e desejos. O pensamento é considerado a expressão mais
“palpável” do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste.
O principal veículo do processo de
conscientização é o pensamento. A atividade de pensar confere ao homem
“asas” para mover-se no mundo e “raízes” para aprofundar-se na realidade.
Segundo o filósofo Descartes (1596-1650), “a
essência do homem é pensar”. (Por isso dizia): “Sou uma coisa que
pensa, isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que
odeia, que quer e não quer, que também imagina e que sente”. (Logo quem
pensa é consciente de sua existência) “penso, logo existo”.
Toda criatura possui energia obediente à
sua vontade, que, ligada a seu potencial imaginativo, atua
exteriormente, influenciando outras criaturas e ambientes distantes. As
imagens servem, então, como matérias-primas de todas as criações
intelectuais.
Quem pensa é o Espírito;
o cérebro é apenas o instrumento. Os pensamentos são materializados no
mundo astral (espiritual) com elementos plásticos do corpo mental. Os
nossos sentimentos irão dar as propriedades a esses pensamentos, e a
nossa vontade, a direção, o destino deles. Pensamentos de amor terão uma
coloração e vibração diferente dos pensamentos de ódio.
Os nossos pensamentos formam um envelope
energético em torno de nós causando sensações agradáveis ou
desagradáveis, dependendo do teor desses pensamentos. Mesmo que
estejamos direcionando aos outros, o primeiro a receber é o próprio
emissor. Se estivermos pensando mal do nosso próximo, querendo o seu
mal, é como se tomássemos veneno e quiséssemos que o outro morresse…
- Liberdade de Pensar:
Liberdade: É a faculdade
que permite o indivíduo decidir ou agir conforme sua própria vontade.
Condição do ser que não vive em cativeiro. Independência, autonomia.
A liberdade pode ser dividida em:
- Liberdade Absoluta: Seria necessário que o homem vivesse isolado.
- Liberdade Relativa: Devendo ser adequada à liberdade do outro.
A compreensão da lei de liberdade nos faz
perceber que, para progredir, precisamos uns dos outros e que todos
temos direitos recíprocos, que precisam ser respeitados, uma vez que
qualquer prejuízo que provoquemos ao semelhante, em decorrência dos
nossos atos, não ficará impune perante a Lei de Deus. É por esta razão
que o ensinamento de Jesus de não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem (Mateus, 7:12).
Ensinamento conhecido como regra de ouro, estabelece os limites da
nossa liberdade e nos orienta como viver em sociedade, conforme os
direitos e os deveres que nos cabem.
“Desde que haja dois homens juntos, há direitos a respeitar e, portanto, não terão liberdade absoluta.” (LE 826)
A liberdade é bem compreendida quando aprendemos a fazer relação entre a liberdade de pensar e liberdade de consciência.
- Liberdade de Consciência:
É através do pensamento que o homem goza
de uma liberdade absoluta, sem limites. Pode-se impedir a sua
manifestação, mas não aniquilá-lo. (LE 833)
A consciência é não somente a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, agir, pensar, querer.
De acordo com a questão 837 do O Livro dos Espíritos, qual é o resultado dos entraves à liberdade de consciência?
- Constranger os homens a agir de maneira diversa ao seu modo de pensar, o que é torná-los hipócritas.
- A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do progresso.
Podemos considerar que toda crença é respeitável, ainda mesmo quando notoriamente falsa? (O Livro dos Espíritos, questão: 838)
Toda crença é respeitável quando é sincera e conduz à prática do bem. As crenças reprováveis são as que conduzem ao mal.
A medida que os espíritos evoluem, a consciência do bem e do mal esta mais bem definida neles.
Enquanto a liberdade de pensar é
ilimitada, a liberdade de consciência sofre restrições, já que depende
do nível evolutivo do espírito.
A consciência não esclarecida pode
alimentar ideias malsãs, gerar e provocar ações morais eticamente
abusivas, resultando em sofrimento e desarmonia para si e para o
próximo.
Referências Bibliográficas
- Moreira, Márcia – Lei de Liberdade e Lei de Igualdade – Agosto/2014.
- KARDEC, Allan — O Livro dos Espíritos — edição nº 86 — Editora FEB (Federação Espírita Brasileira) – Capítulo 10 – Da Lei de Liberdade (Questões: 833 até 850) – Rio de Janeiro/2005.
- CALIGARIS, Rodolfo – As Leis Morais – Edição nº 09 – Editora FEB (Federação Espírita Brasileira) – Página: 148 – Rio de Janeiro/2001.
- Site Wikipédia – Pensamento – 2016
- Site Espírita na Net – Reflexão sobre o Livre Arbítrio – 2011
Centro Espírita Trabalhadores de Jesus – Venda das Pedras – Itaboraí – RJ
Tema: DA LEI DE LIBERDADE (O LIVRO DOS ESPÍRITO
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