“Na dúvida, abstém-te, diz um dos
vossos velhos provérbios. Não admitais, portanto, senão o que seja para
vós de inegável evidência. Quando aparecer uma ideia nova, por menos
duvidosa que vos pareça, fazei-a passar pelo crivo da razão e da lógica e
rejeitai corajosamente o que a razão e o bom senso reprovarem. É melhor
repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria
errônea. Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar um sistema
completo, que desabaria ao primeiro sopro da verdade, como um
monumento edificado sobre areia movediça, ao passo que, se
rejeitardes hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas
clara e logicamente, mais tarde um fato brutal ou uma
demonstração irrefutável virá vos afirmar a sua autenticidade.”¹
A aptidão para avaliar algo com sensatez
e clareza é o que se denomina discernimento ou bom senso, tão bem
utilizado por Allan Kardec em toda sua vida e, especialmente, em
sua obra, daí o respeito, a segurança e a admiração que se nutre por
ele.
Nestes dias, em que a comunicação se faz
facilitada e célere, observa-se que as opiniões circulam o globo na
velocidade da luz, levando consigo os pontos de vista, as opiniões que,
por melhores que sejam, carregam consigo o subjetivismo e o
personalismo.
Imersos nesta onda de aproveitamento das
facilidades que a midiática proporciona, verifica-se que, diante de
tantas opiniões, se têm tido poucas, muito poucas reflexões.
Estes são dias que nos exigem atenção e
vigilância. No entanto, esquecidos do crivo da razão, do bom senso,
transmitem-se opiniões e informações nem sempre verdadeiras que exaltam,
muitas das vezes, a discórdia, a divisão, a dúvida, sem avaliar os
efeitos presentes e futuros.
Mais do que antes, olhai, vigiai e orai
são diretrizes para os que desejam colocar o Evangelho em suas vidas.
É no olhai que o discernimento se faz, para que a vigilância seja
praticada com garantia,
sem desvio do foco a vigiar. Temos o Espiritismo e, com ele, podemos proporcionar conforto, consolo, esclarecimento e orientação.
sem desvio do foco a vigiar. Temos o Espiritismo e, com ele, podemos proporcionar conforto, consolo, esclarecimento e orientação.
Em vez de opiniões, mais reflexões. O
espírita é portador da mensagem cristã e tem o dever de prestar o
testemunho vivido, falado ou escrito da Doutrina que abraçou. O momento
exige renúncia dos pontos de vista, das opiniões pessoais, mas requer
aplicação das ideias espíritas em nós mesmos, primeiramente, antes de
divulgarmos aos outros. Assim nos diz a razão, o bom senso, o
discernimento.
REFERÊNCIA:
1 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. 20, it. 230, Espírito Erasto.
1 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013. cap. 20, it. 230, Espírito Erasto.
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