Textos extraídos do livro
“INSTRUÇÕES PRÁTICAS SOBRE AS
MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS”
Obra
de Allan Kardec
QUADRO
SINÓTICO
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Espírito
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(Do lat. spiritus, de spirare, soprar). No sentido especial da doutrina espírita, os espíritos são
seres inteligentes da criação e povoam o Universo fora do mundo corpóreo.
A natureza íntima dos Espíritos nos é desconhecida; eles mesmos não a
podem definir, seja por ignorância, seja pela insuficiência da nossa
linguagem. Somos a este respeito como cegos de nascença em face da luz.
Segundo o que eles nos dizem, o Espírito não é material no sentido vulgar da
palavra; não é tampouco imaterial em sentido absoluto, porque o Espírito é
alguma coisa e a imaterialidade absoluta seria o nada. O Espírito é, pois,
formado de uma substância, mas da qual a matéria grosseira que impressiona
nossos sentidos não pode dar-nos uma idéia. Pode-se compará-lo a uma chama ou
centelha cujo brilho varia segundo o grau de purificação. Pode tomar todas as
espécies de formas por meio do perispírito de que está
envolvido.
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Natureza íntima
dos Espíritos
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ESPÍRITO
ELEMENTAR
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Espírito considerado em si mesmo e feita abstração de seu perispírito ou
invólucro material.
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PERISPÍRITO
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Embora de natureza etérea, a substância do perispírito é suscetível de
certas modificações que a tornam perceptível à nossa vista. É o que se dá nas
aparições. Ela pode até, por sua união com o fluido de certas pessoas,
torna-se temporariamente tangível, isto é, oferecer ao toque a resistência de
um corpo sólido, como se vê nas aparições estereológicas ou palpáveis.
A natureza íntima do perispírito não é ainda conhecida; mas poder-se-ia
supor que a matéria do corpo é composta de uma parte sólida e grosseira e de
uma parte sutil e etérea; ao passo que a segunda persiste e segue o espírito.
O espírito teria, assim, um duplo invólucro; a morte apenas o despojaria do
mais grosseiro; o segundo, que constitui o perispírito, conservaria o tipo a
forma da primeira, da qual ele é como a sombra; mas sua natureza
essencialmente vaporosa permite ao Espírito modificar esta forma à sua
vontade, torná-la visível, palpável ou impalpável.
O perispírito é, para o Espírito, o que o perisperma e para o germe do
fruto. A amêndoa, despojada do seu invólucro lenhoso, encerra o germe sob o
invólucro delicado do perisperma.
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Allan
Kardec no livro “O que é o Espiritismo”
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ERRATICIDADE
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PUREZA
ABSOLUTA
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2ª ordem
Bons Espíritos
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2ª classe Espíritos Superiores
3ª classe Espíritos Sensatos
4ª classe Espíritos Sábios
5ª classe Espíritos Benfazejos
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Espíritos
Imperfeitos
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7ª classe Espíritos neutros
8ª classe Espírito pseudo-sábios
9ª classe Espíritos levianos
10ª classe Espíritos impuros
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Allan
Kardec no livro “O que é o Espiritismo”
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Sonho
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Efeito da emancipação da alma durante o sono. Quando os sentidos ficam
entorpecidos os laços que unem o corpo e a alma se afrouxam. Esta tornando-se
mais livre, recupera em parte suas faculdades de Espírito e entra mais
facilmente em comunicação com os seres do mundo incorpóreo. A recordação que
ela conserva ao despertar, do que viu em outros lugares e em outros mundos,
ou em suas existências passadas, constitui o sonho propriamente dito. Sendo
esta recordação apenas parcial, quase sempre incompleta e entremeada com
recordações da vigília, resultam daí, a concatenação e produzem esses
conjuntos estranhos que parecem sem sentido, pouco mais ou menos como seria a
narração à qual sehouvessem truncado, aqui e ali, fragmentos de linhas ou de
frases.
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Soniloquia
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Do lat. somnus,
sono, loqui, falar.
Estado de emancipação da alma, intermediária ao sono e ao sonambulismo
natural. Aqueles que falam sonhando são soníloquos.
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Sonambulismo Natural
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O que é espontâneo e se produz sem provocação e sem influência de nenhum
agente exterior.
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Sonambulismo
Magnético
ou Artificial
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O que é provocado pela ação que uma pessoa exerce sobre outra por meio
do fluido magnético que esta derrama sobre aquela.
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Êxtase
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Do pr. ekstasis,
arrebatamento, arroubo de espírito; feito de existêmi, tomar de espanto;
paroxismo da emancipação da alma durante a vida corporal, de que resulta a
suspensão momentânea das faculdades perceptivas e sensitivas dos órgãos.
Neste estado a alma não se prende mais ao corpo senão por laços fracos, que
ela procura partir; pertence mais ao mundo dos Espíritos, que ela entrevê, do
que ao mundo material. O êxtase é, algumas vezes, natural e espontâneo; pode
também ser provocado pela ação magnética e, neste caso, é um grau superior do
sonambulismo.
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Segunda-Vista
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Efeito da emancipação da alma que se manifesta no estado de vigília.
Faculdade de ver as coisas ausentes como se estivessem presentes. Aqueles que
dela são dotados não vêem pelos olhos, mas pela alma, que percebe a imagem
dos objetos por toda parte onde ela se transporta, e como por uma espécie de
miragem. Esta faculdade não é permanente. Certas pessoas a possuem sem saber:
ela parece-lhes um efeito natural, e produz o que denominamos visões.
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Allan
Kardec no livro “O que é o Espiritismo”
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Ocultas
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Quando não tem nada de ostensivo e o Espírito se limita a agir sobre o
pensamento;
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Patentes
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Quando são apreciáveis pelos sentidos;;
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Físicas
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Quando se traduzem por fenômenos materiais, tais como ruídos, movimentos
e deslocamento de objetos;
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Inteligentes
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Quando revelam um pensamento (Comunicação Espírita).
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Espontâneas
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Quando são independentes da vontade e ocorrem sem que nenhum Espírito
seja chamado;
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Provocadas
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Quando são efeito da vontade, do desejo ou de uma evocação determinada;
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Aparentes
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Vaporosas ou etéreas
Quando é impalpável e
inatingível, e não oferece nenhuma resistência ao choque.
Quando é palpável e
apresenta a consistência de um corpo sólido.
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Comunicação frívola
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As que se referem a assuntos fúteis e sem importância;
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Comunicações
grosseiras
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As que se traduzem por expressões que ofendem a decência;
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Comunicações sérias
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As que excluem a frivolidade, qualquer que seja o assunto de que tratem;
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Comunicações
instrutivas
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As que têm por objeto principal um ensinamento dado pelos Espíritos
sobre as Ciências, a Moral, a Filosofia, etc.
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Allan
Kardec no livro “O que é o Espiritismo”
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Sematologia
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Do gr. sema, semato, sinal, e logos, discurso; transmissão
do pensamento dos Espíritos por meio de sinais, tais como pancadas, batidas,
movimentos de objetos, etc.
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Tiptologia
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Linguagem dos sinais por meio de pancadas, modo de comunicação dos
Espíritos.
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Tiptologia
alfabética.
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Batidas na madeira, na parede ou em qualquer outro lugar, seguindo um
código telegráfico ou convencionado na ocasião, pelas quais o Espírito
estabelece conversação com as pessoas. (Nota de J. Herculano Pires)
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Alfabética
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Psicografia Þ
Psicografia
imediata ou direta.
Quando o próprio
médium escreve pegando o lápis como para a escrita ordinária.
Quando o lápis é
adaptado a um objeto qualquer que serve, de certo modo, de apêndice à mão,
como uma cesta, prancheta, etc.
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Do gr. psuké, borboleta, alma e graphô, eu escrevo):
transmissão do pensamento dos Espíritos por meio da escrita, pela mão de um
médium. No médium escrevente a mão é o instrumento, mas sua alma, ou o espírito nele
encarnado é o intermediário ou intérprete do Espírito estranho que se
comunica; na pneumatografia, é o Espírito estranho mesmo quem escreve, sem o
intermediário.
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Pneumatografia
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Do gr. pneuma, ar, sôpro, vento,
espírito, e grafo, eu escrevo: escrita direta dos Espíritos sem auxílio da mão do médium.
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Psicofonia
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Do gr. psuké, alma e phonê, som ou voz: transmissão do pensamento dos Espíritos pela voz de um
médium falante.
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Pnematofonia
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De pneuma e de phoné, som ou voz:
comunicação verbal e direta dos Espíritos sem o auxílio dos órgãos da voz.
Som ou voz que eles fazem ouvir no vago do ar e que parece ressoar em nossos
ouvidos.
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Telegrafia humana
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Comunicação à distância entre duas pessoas vivas, que se evocam
reciprocamente. Esta evocação provoca a emancipação da alma, ou do Espírito
encarnado, que vem se manifestar e pode comunicar seu pensamento pela escrita
ou por qualquer outro meio. Os Espíritos dizem-nos que a telegrafia humana
será um dia um meio usual de comunicação, quando os homens forem mais
moralizados, menos egoístas e menos presos às coisas materiais. Até que esse
estado seja alcançado, a telegrafia humana será um privilégio das almas de
escol.
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Allan Kardec no livro “O que é o
Espiritismo”
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Médium
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Médiuns Naturais
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Facultativos
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Aqueles que tem o poder de provocá-los por ato da vontade.
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Médiuns
de influências físicas
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São aqueles que tem o poder de provocar manifestações ostensivas.
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Médiuns motores
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Os que provocam o movimento e o deslocamento dos objetos
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Médiuns tiptólogos
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Os que provocam ruídos, pancadas ou batidas.
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Médiuns de aparição
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Os que provocam aparições.
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Médiuns
de influênciasmorais
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Os que são mais especialmente aptos a receber e transmitir comunicações
inteligentes; distinguem-se, segundo sua aptidão especial.
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Médiuns Escreventes
ou Psicógrafos
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Os que tem a faculdade de escrever sobre sob a influência dos Espíritos.
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Médiuns
Pneumatógrafos
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Os que tem a faculdade de obter a escrita direta dos Espíritos.
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Médiuns Desenhadores
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Os que desenham sob a influência dos Espíritos.
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Médiuns Músicos
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Médiuns Falantes
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Os que transmitem pela palavra o que os médiuns escreventes transmitem
pela escrita.
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Médiuns Comunicadores
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Pessoas que tem o poder de desenvolver nos outros, por sua vontade, a
faculdade de escrever, sejam ou não, elas mesmas, médiuns escreventes.
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Médiuns Inspirados
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Médiuns
de Pressentimentos
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Pessoas que, em certas circunstâncias, tem uma vaga intuição do que vai
ocorrer no futuro.
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Médiuns Videntes
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Pessoas que tem a faculdade da segunda-vista ou a de ver os Espíritos.
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Médiuns Sensitivos
ou impressionáveis
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Allan
Kardec, no livro «A GÊNESE», item 50.
O Espiritismo, pois, não estabelece
como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que
ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia
social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre
todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam
assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o
que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu
fim providencial. Caminhando
de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se
novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer,
ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.
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