De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes,
sem contestação possível, são aquelas por meio das quais os Espíritos se tornam
visíveis.
Vamos apresentar as
respostas que os Espíritos deram
acerca do assunto:
· Os Espíritos podem tornar-se visíveis,
sobretudo, durante o sono.
Entretanto algumas pessoas os vêem quando acordadas,
porém, isso é mais raro.
· Os Espíritos que se manifestam
fazendo-se visíveis, podem pertencer a todas as classes. Mas,
nem sempre têm permissão para fazê-lo, ou o querem.
· Se permitido manifestar-se, quando para
mau fim, é para experimentar os a quem eles aparecem. Pode ser má a intenção do
Espírito e bom o resultado.
·
O fim que tem em vista o Espírito que
se torna visível com má intenção é o de amedrontar e muitas vezes vingar-se. Os
que vêm com boa intenção, visam consolar as pessoas que deles guardam saudades,
provar-lhes que existem e estão perto delas; dar conselhos e, algumas vezes,
pedir para si mesmos assistência.
·
Estando o homem constantemente cercado
de Espíritos, o vê-los a todos os instantes o perturbaria, embaraçar-lhe-ia os
atos e tirar-lhe-ia a iniciativa na maioria dos casos, ao passo que,
julgando-se só, ele age mais livremente.
NOTA. Tantos inconvenientes haveria em vermos
constantemente os Espíritos, como em vermos o ar que nos cerca e as miríades
de animais microscópicos que estão sobre nós e em torno de nós. Donde devemos
concluir que o que Deus faz é bem feito e que Ele sabe melhor do que nós o
que nos convém.
|
·
Em certos casos, é permitido ver os
Espíritos, para dar ao homem uma prova de que nem tudo morre com o corpo, que a alma conserva
a sua Individualidade após_a_morte. A visão passageira basta para essa
prova e para atestar a presença de amigos ao vosso lado e não oferece os
inconvenientes da visão constante.
·
Sabes muito bem existirem pessoas que
hão visto e que nem por isso crêem, pois dizem que são ilusões. Com esses não
te preocupes; deles se encarrega Deus.
·
Quanto mais o homem evolui e se
aproxima da natureza espiritual, tanto mais facilmente se põe em comunicação
com os Espíritos. A grosseria do vosso envoltório é
que dificulta e torna rara a percepção dos seres etéreos.
·
Quanto o nos assustarmos com a aparição
de um Espírito, quem refletir deverá compreender que um Espírito, qualquer que
seja, é menos perigoso do que um vivo. Demais, podendo os Espíritos, como
podem, ir a toda parte, não se faz preciso que uma pessoa os veja para saber
que alguns estão a seu lado. O Espírito que queira causar dano pode fazê-lo, e
até com mais segurança, sem se dar a ver. Ele não é perigoso pelo fato de ser
Espírito, mas, sim, pela influência que pode exercer sobre o homem,
desviando-o do bem e impelindo-o ao mal.
·
Aquele a quem um Espírito apareça poderá travar com ele conversação.
É o que se deve fazer em tal caso, perguntando ao Espírito quem ele é, o que
deseja e em que se lhe pode ser útil. Se se tratar de um Espírito infeliz e
sofredor, a comiseração que
se lhe testemunhar o aliviará. Se for um Espírito bondoso, pode acontecer que
traga a intenção de dar bons conselhos. Nesse caso o Espírito poderá responder,
algumas vezes o faz por meio de sons articulados, como o faria uma pessoa viva.
Na maioria dos casos, porém, pela transmissão dos pensamentos.
·
Uns aparecerão em trajes comuns, outros
envoltos em amplas roupagens, alguns com asas, como atributo da categoria espiritual a que
pertencem.
·
As pessoas que vemos em sonho são
quase sempre as que os vossos Espíritos buscam, ou que vêm ao encontro deles.
·
Os Espíritos_zombeteiros podem
tomar as aparências das pessoas que nos são caras, para se divertirem à vossa
custa, tomam eles aparências fantásticas. Há coisas, porém, com que não lhes é
lícito brincar.
·
Os Espíritos nem sempre podem
manifestar-se visivelmente, mesmo em sonho e mau grado ao desejo que tenhais de
vê-los. Pode dar-se que obstem a isso causas independentes da vontade deles.
Freqüentemente, é também uma prova, de que não
consegue triunfar o mais ardente desejo. Quanto às pessoas que vos são
indiferentes, se é certo que nelas não pensais, bem pode acontecer que elas em
vós pensem. Aliás, não podeis formar ideia das relações no mundo_dos_Espíritos. Lá
tendes uma multidão de conhecimentos íntimos, antigos ou recentes, de que não
suspeitais quando despertos.
NOTA. Quando nenhum meio tenhamos de verificar a
realidade das visões ou aparições, podemos sem dúvida lançá-las à conta da alucinação. Quando,
porém, os sucessos as confirmam, ninguém tem o direito de atribuí-las à
imaginação. Tais, por exemplo, as
aparições, que temos em sonho ou em estado de
vigília (acordado), de pessoas em quem absolutamente não pensávamos e que,
produzindo-as no momento em que morrem, vem, por meio de sinais diversos,
revelar as circunstâncias totalmente ignoradas em que faleceram. Têm-se visto
cavalos empinarem e recusarem caminhar para a frente, por motivo de aparições
que assustam os cavaleiros que os montam. Embora se admita que a
imaginação desempenhe aí algum papel, quando o fato se passa com os homens, ninguém,
certamente, negará que ela nada tem que ver com o caso, quando este se dá com
os animais. Acresce que, se fosse exato que as imagens que vemos em sonho são
sempre efeito das nossas preocupações quando acordados, não haveria como
explicar que nunca sonhemos, conforme se verifica freqüentemente, com aquilo
em que mais pensamos.
|
·
Certas visões ocorrem com mais
freqüência quando se está doente, simplesmente, porque no estado de doença, os
laços materiais se afrouxam; a fraqueza do corpo permite maior liberdade ao
Espírito, que, então, se põe mais facilmente em comunicação com os outros
Espíritos.
·
As aparições se
dão de preferência à noite, pela mesma razão por que vedes, durante a noite, as
estrelas e não as divisais em pleno dia. A grande claridade pode apagar uma
aparição ligeira; mas, errôneo é supor-se que a noite tenha qualquer coisa com
isso. Inquiri os que têm tido visões e verificareis que são em maior número os
que as tiveram de dia.
·
A visão dos Espíritos se produz no
estado normal ou estando o vidente num
estado extático. Entretanto,
as pessoas que os vêem se encontram muito amiúde num estado próximo do de êxtase, estado que lhes faculta uma espécie de dupla vista.
·
Os que vêem os Espíritos julgam ver com
os olhas, mas, na realidade, é a alma quem vê e o que o prova e que os podem
ver com os olhos fechados.
· O Espírito pode fazer-se visível pelo princípio
de todas as manifestações, reside naspropriedades_do_perispírito, que pode sofrer
diversas modificações, ao sabor do Espírito.
· No estado material em que vos achais,
só com o auxílio de seus invólucros_semimateriais podem
os Espíritos manifestar-se. Esse invólucro é o intermediário por meio do qual
eles atuam sobre os vossos sentidos. Sob esse envoltório é que aparecem, às
vezes, com uma forma humana, ou com outra qualquer, seja nos sonhos, seja no
estado de vigília (acordado), assim em plena luz, como na obscuridade.
·
Pela combinação dos fluidos, o perispírito toma
uma disposição especial, sem analogia para vós outros, disposição que o torna
perceptível.
·
Em seu estado normal, os Espíritos são
inapreensíveis, como num sonho. Entretanto, podem tornar-se capazes de produzir
impressão ao tato, de deixar vestígios de sua presença e até, em certos casos,
detornar-se momentaneamente tangíveis, o que prova haver matéria entre vós e
eles.
· Durante o sono, todos têm aptidão para ver os Espíritos; em
estado de vigília (acordado), não. Durante o sono, a alma vê sem intermediário;
no estado de vigília, acha-se sempre mais ou menos influenciada pelos órgãos.
Daí vem não serem totalmente idênticas as condições nos dois casos.
·
O homem, em estado de vigília
(acordado), depende da organização física. Reside na maior ou menor facilidade
que tem o fluido_do_vidente para
se combinar com o do Espírito. Assim, não basta que o Espírito queira
mostrar-se, é preciso também que encontre a necessária aptidão na pessoa a quem
deseje fazer-se visível. Essa faculdade pode desenvolver-se pelo exercício, como todas as outras faculdades; mas, pertence ao
número daquelas com relação às quais é melhor que se espere o desenvolvimento
natural, do que provocá-lo, para não sobreexcitar a imaginação. Afaculdade_de_ver_os_Espíritos, em geral e
permanentemente, constitui uma faculdade excepcional e não está nas condições
normais do homem.
·
Algumas vezes é possível provocar a aparição
dos Espíritos, porém, muito raramente. A aparição é
quase sempre espontânea. Para que alguém veja os Espíritos, precisa ser dotado
de uma faculdade especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário